Meus caros, domingo dia 8 de novembro de 2009 as 14h 30 estarei relançando meu mais recente livro, Gaúcha Nature Expedition, na Feira do Livro de Porto Alegre, com uma sessão de autógrafos. O evento será na Praça de autógrafos da Feira, na bela Praça XV, no centro da cidade, rodeado pelos jacarandás em flor. Estão todos convidados, assim como os amigos e os amigos dos amigos…
Expedição NATUREZA GAÚCHA Livro fotográfica Autor: Zé Paiva Lançamento: 8 de novembro, domingo, a partir das 14h30min Local: Praça de autógrafos da Feira do Livro de Porto Alegre Endereço: Praça XV – Porto Alegre/RS Editora: Meta Livros – 144 páginas
Português-inglês
Patrocínio: Eletrobrás
Banrisul
Ministério da Cultura – Lei Rouanet Apoio: Governo do Estado – RS
Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Fundação Zoobotânica
Ibama
Ceibo (corticeira do banhado), Rincón de Perez, Paysandu, Uruguay (foto de Zé Paiva/Vista Imagens)
O Uruguai faz alguns anos está estruturando um sistema nacional de áreas protegidas SNAP, sob a tutela da Dirección Nacional de Medio Ambiente. Até então era o único pais da América do Sul sem um sistema semelhante. Entre 25 de setembro e 3 de outubro de 2009 fui a Guichon, uma pequena cidade do departamento de Paysandu no Uruguai, fazer um ensaio fotográfico sobre a região. Montes del Queguay é como será chamada a área protegida que está em estudo para ser implementada.
Señor Rodriguez, Montes del Queguay, Guichon, Paysandu, Uruguay (foto de Ze Paiva, Vista Imagens)
Fui contratado por uma ONG chamada CEUTA, Centro Uruguayo de Tecnologías Apropiadas, com sede em Montevidéu. Eles estão fazendo um estudo sobre a área para fundamentar um futuro plano de manejo da mesma, resultado este que será publicado na forma de um livro.
Montes del Queguay tem uma área de aproxidamente 41 mil hectares e fica na bacia do Rio Queguay, um afluente do Rio Uruguai. Queguay em guarani significa “onde confluem os sonhos”. O meu guia nas incursões foi Carlos Urruty, um nativo de Guichon. Ele é professor de uma escola técnica da cidade, mas desde jovem pesca e caça na região. Há alguns anos começou a colaborar com a CEUTA e simultaneamente a desenvolver roteiros ecoturísticos. Além disso é um dos diretores do Club de Canoas Queguay (canoagem é uma das especialidades dos uruguaios).
Cerro del Ingles, Rio Queguay, Guichon, Paysandu, Uruguay, foto de Ze Paiva, Vista Imagens.
Muitas pessoas, inclusive os próprios uruguaios, tem o costume de classificar a paisagem uruguaia com o clichê: uma planície suavemente ondulada. Na verdade isto é uma simplificação grosseira. Montes del Queguay, por exemplo, apresenta montes ribereños (florestas que acompanham o rio); banhados e “pajonales”, onde encontramos uma enorme quantidade de aves residentes e migratórias; serras basálticas e matas associadas; chircais (agrupamentos arbustivos); montes parque (uma floresta mais aberta) e pradarias. Além disso a região foi morada dos últimos índios charruas do Uruguai.
Monte parque, Rio Queguay, Guichon, Paysandu, Uruguay, foto de Ze Paiva, Vista Imagens.
Fizemos diversos trajetos em camionete 4×4, percorremos alguns trechos do rio em canoa e me embrenhei em alguns banhados com meu macacão impermeável em busca de fotos de aves. Foram dias de muito trabalho, acordando as 6 da manhã para captar a luz do amanhecer, trabalhando até o pôr-do-sol, carregando os cartões e limpando equipamento a noite. Valeu a pena, o lugar tem uma beleza sutil só perceptível para quem está disposto a entranhar-se nesta paisagem.
Pecho-amarillo, Humedal Rincon de Perez, Guichon, Paysandu, Uruguay, foto de Ze Paiva, Vista Imagens.
Num dos dias voei sobre a pampa deserta, verde mas deserta. Sem limites visíveis, grandes coxilhas invadidas por eucaliptos pediam socorro, pequenas matas cercadas por lavouras gritavam encurraladas. Porque destruímos a perfeição da natureza? Porque tanta ganância em toda parte do mundo? Porque tamanho descaso com os frutos de nossos atos? Rios com lixo pendurados pelos ramos, latas de veneno na beira da estrada, máquinas borrifando pesticidas que recendiam seu cheiro até as alturas de minha aeronave. A destruição de cima fica mais visível. A natureza está encurralada por todos os lados, em todos os paises. A beleza está moribunda. A perfeição desmorona.
Plantação de eucaliptus, Paysandu, Uruguay, foto de Ze Paiva, Vista Imagens.
Parece que o pessoal da revista “Viagem e Turismo” da Editora Abril gostou mesmo da matéria “A casa vai junto”, publicada no especial “Austrália e Nova Zelândia” mês passado, pois este mês está nas bancas uma versão ampliada da mesma matéria, com direito a mini-guia e tudo, na revista mãe. O nome agora é” Tem canguru na estrada…”
Pra matar a curiosidade, dessa vez vou publicar uma foto que saiu na matéria, lógicamente é a que mais gosto (o Farol de Sugarloaf Point), e uma outra que foi escolhida a melhor foto do especial “Austrália e Nova Zelândia”, numa seção chamada de Click, que fica na última página da revista. Essa as meninas vão achar uma foto “fofa” (um filhote de canguru). De lambuja mais duas color que não sairam e nem sairão. Carpe diem!
Farol em Sugarloaf Point, Myall Lakes National Park, New South Wales, Australia. Canguru filhote em Diamond Head, Crowdy Bay National Park, New South Wales, Australia. Seal Rocks, Myall Lakes National Park, New South Wales, AustraliaDiamond Head, Crowdy Bay National Park, New South Wales, Australia
O grande mestre Walter Firmo deu o ar da graça ontem a noite em Florianópolis. Veio lançar seu último livro: Brasil – imagens da terra e do povo, uma obra de 340 páginas que celebra os seus setenta anos cumpridos em 2007. O livro é uma coleção das melhores imagens dos mais de cinquenta anos de carreira deste que é uma dos maiores fotógrafos brasileiros em atividade. O livro foi organizado por Emanoel Araújo, diretor-curador do Museu Afro Brasil, que também assina a apresentação. Para o “fotógrafo-mascate” Walter Firmo, “a imagem não pode ser neutra e o poder do olhar deve influenciar as pessoas porque o ato de fotografar tem que ser político e não um mero acaso instantâneo”.
Capa do livro de Firmo.
“Walter Firmo é um desses gênios da fotografia brasileira. Seu olhar iluminado, magnético, tem a rapidez do repórter e o refinamento do artista. Seu clique sempre alcança a magnitude da cena e os diferentes temas abordados por ele aparecem como obras antológicas neste álbum que festeja seus setenta anos de vida”, revela Emanoel Araújo.
O evento aconteceu estúdio do fotógrafo Claudio Brandão e foi organizado pelas meninas do Duoarte, Lucila e Lu Renata. Abaixo alguns instantâneos da noite.(fotos de Lu Renata)
Zé Paiva, Firmo e Francine Canto (poeta e fotógrafa)Zé e Walter num troca-troca de livros.
Este é o nome da exposição idealizada e executada pela ONG ambientalista Instituto Serrano com patrocínio da Fundação Boticário. A coordenação geral é de Jordan Wallauer e a direção de arte é do meu amigo Juan Rivas, designer e fotógrafo uruguaio radicado há muitos anos no Brasil e dono do fantástico Refúgio de Montanha Rio Canoas em Urubici, onde também é a sede do Instituto. Cedi algumas imagens para este trabalho e ainda não vi pessoalmente mas pelas fotos o resultado ficou excelente.
A proposta é mostrar os ecossistemas da região serrana do sul do Brasil de uma forma multimídia, integrando imagens, textos, vídeos e instalações. Uma prova de que arte e ciência juntas podem proporcionar uma experiência sensorial mais completa e sensibilizar o público de outras formas que as convencionais. Abaixo algumas fotos e um texto extraído do site do Instituto.
“O acervo da Exposição Natureza Serrana é constituído por fotografias de paisagens, de formações geológicas, da vegetação e da fauna dos ambientes serranos do Sul do Brasil. Também são expostas amostras de rochas, de fósseis, de plantas e de animais, em especial uma secção de tronco de araucária preparado para possibilitar a identificação da idade da árvore e algumas peculiaridades de sua história de vida, e um ninho de ema ou ñandú. Aquários fazem parte de um experimento utilizado para demonstrar como os aqüíferos subterrâneos armazenam água; e da exposição de um perfil vertical de uma turfeira para explicar como, através de seu estudo microscópico, pode-se saber como era o clima da região em épocas passadas (desde 10.000 anos). Duas telas de cristal líquido (LCD) apresentam slides shows sobre aves dos ambientes serranos e sobre o Calendário Cósmico, uma condensação de 13 bilhões de anos em apenas 365 dias, proposta pelo astrônomo norte-americano Carl Sagan, livremente adaptada para a nossa realidade.”
Este é o título da matéria que escrevi para o especial “Austrália e Nova Zelândia”, da revista Viagem & Turismo, da Editora Abril. Lógico que aqui não vou postar o texto da matéria, que aliás é o meu primeiro texto publicado profissionalmente. Quem quiser compra (está nas bancas) e confere de cabo a rabo. A maioria das fotos da matéria são minhas (quase não entra nenhuma por conta da crise). Algumas são de divulgação, como a foto horrorosa de uma campervan parecida com a que usamos… Bueno, deixa pra lá. No fim a matéria ficou bem legal e eu estou todo prosa me achando um escritor principiante (aos tenros 47 anos).
Aqui eu vou aproveitar pra mostrar umas fotos do mesmo trecho da viagem que nunca vão sair numa revista de viagem, pelo menos no Brasil. São 3 P&B e duas cor, todas do mesmo lugar, o maravilhoso Parque Nacional de Myall Lakes, na costa norte de New South Wales, na Austrália.
Prá contextualizar: a matéria trata de uma parte de uma viagem que fiz ano passado para Austrália, onde encontrei meu filho Maurício, que morou um ano em Sydney. Viajamos um mês pela costa leste da Austrália e depois passamos doze dias em Bali. O que está na matéria é a parte que fizemos por terra de Sydney até Fraser Island, que fica no estado vizinho ao norte, Queensland. Viajamos numa campervan, um tipo de mini-motorhome sem banheiro, parando sempre que possível em Parques Nacionais. Em Fraser Island, a maior ilha de areia do mundo, alugamos uma Toyota 4×4, pois é o único jeito de andar na ilha. Depois disso subimos até Cairns, no extremo norte do litoral, pra 3 dias de mergulho na Grande Barreira de Corais, embarcados no Spirit of Freedom, um barco alucinante preparado para expedições submarinas com todas as mordomias. De volta a Sydney pegamos um avião para Bali onde além de curtir as praias e o surf, escalamos o vulcão Gunung Agung, o ponto mais alto da ilha, e fizemos uma intensa programação cultural. Recomendo, principalmente ao brasileiros que vão pra lá e geralmente não saem da península de Bukit.
Seal Rocks, Myall Lakes National Park, New South Wales, Australia.
Seal Rocks, Myall Lakes National Park, New South Wales, Australia. Seal Rocks, Myall Lakes National Park, New South Wales, Australia. Myall Lake, Myall Lakes National Park, New South Wales, AustraliaLighthouse Beach desde Sugarloaf Point, Myall Lakes National Park, New South Wales, Australia.
Dia 21 de julho, às 18 horas, estarei lançando o livro Gaúcha Nature Expedition em Bagé, na Casa de Cultura Pedro Wayne. Dia 23 de julho às 20 horas é a vez de lançar o livro em Rivera, no Uruguai, cidade que junto com Santana do Livramento forma a Fronteira da Paz. Lá o o evento será na Sala Cultural de Antel, com o apoio do Consulado Brasileiro de Rivera. Farei uma palestra-projeção e depois haverá um coquetel. Estão todos convidados e os que puderem por favor divulguem.
A ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing) em sua filial de Porto Alegre oferece um dos melhores cursos de fotografia do Brasil – o curso avançado de fotografia digital profissional. Trata-se de um curso de extensão de um ano. Na primeira parte são estudadas com profundidade questões como colorimetria e sensitometria entre outras. Na segunda parte do curso são oferecidas master-classes com diferentes fotógrafos, cada um na sua especialidade, tais como: fotografia de arquitetura com Leopoldo Plentz, de culinária com Clóvis Dariano, autoral com Orlando Brito, só para citar alguns. O coordenador do centro de fotografia da ESPM, que administra não só este curso como todas as disciplinas de fotografia ministradas nos diferentes cursos superiores da escola é o brilhante fotógrafo Manuel da Costa. A estrutura do centro impressiona: estúdio com equipamento de última geração e luz natural (com direito a uma clarabóia com controle remoto), salas repletas de Imacs, além de uma equipe super profissional.
No inicio deste ano tive o prazer e a honra de ser convidado para ministrar a master-class de fotografia de natureza. Aqui mostro algumas fotos das duas primeiras turmas, tanto do making-off como algumas que eu mesmo fiz nas nossas saídas a campo, ambas no Parque Estadual de Itapuã, em Viamão RS.
Eu e os alunos no Parque de Itapuã - foto de Fernanda Coelho
Eu e os alunos no Parque de Itapuã - foto de André GrossBromélias no alto da trilha da Fortaleza no parque de Itapuã, foto de Zé Paiva.
Entardecer no Lago Guaiba, Parque Estadual de Itapua, Foto de Zé Paiva