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Fome e propaganda

Depois que vi o trailer de Garapa, o novo filme-documentário do diretor José Padilha, fui investigar o problema da fome no mundo e fiquei pasmo. Segundo a ONU chegamos na marca de 1 bilhão de pessoas que passam fome no mundo, ou seja, quase uma de cada seis pessoas passa fome. Vivemos tão imersos na nossa realidade cotidiana que não nos damos conta que somos uma minoria distante de uma outra realidade, a dos que passam fome. No Zâmbia por exemplo, 47% da população está abaixo da linha da pobreza.

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Alguns dias depois por acaso assisti na TV por assinatura um filme francês chamado “99 francos” (baseado em um livro de Frédéric Beigbeder, que foi redator na Young & Rubicam de Paris) . O filme mostra a vida de um redator publicitário de uma grande agência francesa, envolto em drogas, festas, egos enormes (inclusive o seu), até ele perder um amor e experimentar um fracasso profissional. A partir dai sua vida começa a mudar drasticamente. No final do filme uma frase diz que no mundo se gasta mais de 500 bilhões de dólares com publicidade por ano e que 10% seria suficiente para resolver o problema da fome. Fui novamente pesquisar e descobri que o número estava absolutamente correto. Talvez 10% não resolva o problema da fome, mas ajudaria bastante. Com certeza deve ser maior do que o PIB de muitos paises pobres. É só um exemplo, deve-se gastar muito mais do que isso com armamentos. Conclusão: a nossa sociedade está doente, muito doente, para conviver com tamanhos absurdos.

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Fotografe melhor

Página de abertura da matéria.
Por-do-sol visto do mítico Cerro do Jarau em Quaraí RS - página de abertura da matéria.

Tá nas bancas a última Fotografe melhor – Técnica e Prática – uma revista da Editora Europa, com uma matéria de dez páginas sobre o meu trabalho para o livro Expedição Natureza Gaúcha. O foco da matéria é no fluxo de trabalho. Eles publicaram inclusive algumas telas do Adobe Photoshop Lightroom mostrando a forma como eu uso o software para editar as imagens. O texto, assinado pelo Érico Elias, foi baseado em duas horas de entrevista comigo. Ficou muito legal. Vale a pena dar uma conferida.

Capa da revista
Capa da revista

HOME, um filme de Yann Arthus-Bertrand

O grande fotógrafo francês Yann Arthus-Bertrand, que já havia nos deleitado com o livro “A terra vista do alto” agora nos brinda com um documentário longa-metragem simplesmente maravilhoso. Além de belíssimas imagens aéreas de vários lugares do mundo um roteiro primoroso que prende do início ao fim. Mas não se iludam com a minha descrição pois o filme é muito mais do que isso, ele mostra também toda a destruição e desequilíbrio que causamos no planeta. Breve deve sair em DVD. Passou quase desapercebido no cinema infelizmente. Imperdível!

Dicas: o filme está em HD, dá pra ver em tela cheia com boa qualidade mas tem que assistir no site do youtube (clique no meio da janela abaixo). Infelizmente só tem com legenda em inglês. Bom filme!

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Reduto de artistas

Caros amigos

Abaixo transcrevo o excelente texto do grande fotógrafo e amigo Luiz Carlos Felizardo publicado na revista Aplauso nº 95 de 2008, na sua coluna Imago, sobre o meu livro “Natureza Gaúcha” (Editora Metalivros) e sobre o livro “Porto Alegre – cenas urbanas, paisagens rurais” de Eurico Salis. Boa leitura!

Travessa dos Venezianos, foto de Eurico Salis.
Travessa dos Venezianos, foto de Eurico Salis.

Dois livros foram lançados há pouco, um de Eurico Salis (Porto Alegre — Cenas Urbanas, Paisagens Rurais), outro de José Luiz Martins Paiva, o Zé Paiva ( Natureza Gaúcha). Ambos são belas edições, bem produzidas e acabadas, o do Zé Paiva feito em São Paulo, o do Eurico por aqui mesmo, com qualidade equivalente (o que mostra que nossa indústria gráfica vai bem, obrigado). Ambos os trabalhos demonstram dedicação extrema aos assuntos que abordam, não apenas pelo fôlego e competência com que cobrem áreas extensas, mas pela qualidade das fotografias que os compõem.

Mas existe algo além das fotografias que os destaca e atiça minha curiosidade: há uma mesma cidade e uma região na raiz dos dois trabalhos — o Eurico é de Bagé, começou lá a fotografar, e o Zé, que vive em Santa Catarina, mesmo tendo nascido em Porto Alegre está ligado a Bagé por suas duas famílias e por incontáveis férias de infância vividas por lá, na fronteira com o Uruguai.

A mesma região está presente nas raízes de Leonardo Costa, outro fotógrafo bageense, autor das capas da primeira Isto É. E eu mesmo, nascido e criado em Porto Alegre, sempre atribuí ao tempo passado em Bagé, na fazenda em que vivia meu padrinho, o início da minha paixão pela paisagem, pelos grandes espaços e pelo silêncio das coisas. Não por acaso, das sete fotos do ensaio que publiquei no 1º Almanaque Socioambiental, sobre a região do pampa, cinco nasceram em Bagé. Nem é acaso que minha exposição Querência tenha sido produzida, predominantemente, nos campos e galpões de Bagé.

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Dunas no Parque Nacional da Lagoa do Peixe, foto de Zé Paiva.

Quê diabos tem essa cidade para que sua influência tenha gerado tantos fotógrafos (e artistas, como se verá)? Como é que uma região estigmatizada pela “grossura” gaúcha pode produzir tanta gente sensível? A incongruência aparente já rendeu a figura do notável Analista de Bagé… Se nosso olhar for um pouco mais amplo, saberemos que, em 1948, Glauco Rodrigues, Danúbio Gonçalves e Glênio Bianchetti, os três bageenses, constituíram o Grupo de Bagé, consolidado mais como o Clube de Gravura de Bagé. Do grupo também participou o ótimo, nunca suficientemente lembrado Avatar Moraes – bageense do Rodeio Colorado.  A Danúbio, se atribui a frase  “Quando eu viajava para Bagé, de trem, via os pessegueiros em flor —  e via Van Gogh.”, que pode  
servir de pista para que se comece a compreender um pouco do mistério. Glênio, com quem acabo de conversar por telefone, anda faceiro com o restauro dos espaços da antiga vila de Santa Tereza (que conheci muito bem quando menino), que incluem a capela – que abrigará uma nova obra dele — criando em Bagé mais um espaço cultural.

Mas não se pára por aí: o hoje fotógrafo Leopoldo Plentz foi casado com uma bageense e fez lá sua primeira exposição (de desenhos e gravuras), também de Bagé é o fotógrafo Cacalos Garrastazú, e Artur Poester, fotógrafo (irmão da Teresa, artista bem conhecida, também presente nos resultados do restauro de Santa Tereza) casou com Helena, filha do Severino Collares, sujeito fantástico, misto de estancieiro, anfitrião de artistas, incentivador do Grupo de Bagé e das artes em geral – todos, desnecessário dizer, bageenses. Um dos bageenses mais bageenses que eu conheço, o grande arquiteto (portanto artista) Nelson Saraiva, morava, quando criança, a poucas casas de um dos avós do Zé Paiva – e, como ele, vive há muitos anos em Florianópolis. Ou seja, fecha-se o círculo das coincidências.
Coincidências? Só pode achar que a relação entre Bagé e as artes situa-se nesse terreno quem deixar de ler o excelente texto de Rualdo Menegat (O DNA da paisagem) que introduz o livro do Zé Paiva, onde ele diz: “A identidade de cada pessoa é indissociável da paisagem e do lugar onde nasceu.” Só pode considerar coincidência essa relação tão estreita quem desconhecer as idéias de Pedro Nava, cujas palavras foram usadas como epígrafe de minha exposição Querência:
“Essa áreas, não posso chamar de pátria, porque não as amo civicamente. O meu sentimento é mais inevitável, mais profundo e mais alto porque vem da inseparabillidade, do entranhamento, da unidade e da consubstanciação. Sobretudo, da poesia… Assim, onde é que já se viu um pouco d’água amar o resto da água? Se tudo é água… Essa é a minha terra. Também ela me tem e a ela pertenço sem possibilidade de alforria. Do seu solo, eu como. Da sua água, eu bebo. Por ela serei comido”.

Por Luiz Carlos Felizardo, publicado na revista Aplauso nº 95 de 2008.

Salto Morato e Serra do Tombador

Cachoeira no alto do Rio Morato
Cachoeira no alto do Rio Morato

Durante o final de maio e início de junho fotografei as Reservas Naturais Salto Morato  e Serrado Tombador, ambas administradas pela Fundação Boticário de Proteção a Natureza FBPN. O trabalho foi feito sob encomenda do departamento de comunicação da Fundação, que irá usar as fotos para divulgar as reservas. Salto Morato fica no município de Guaraqueçaba, no litoral do Paraná. Foi a primeira reserva criada pela FBPN e fica no bioma Mata Atlântica. O nome deve-se ao Salto de mais de 100 metros de altura que é uma das principais atrações da reserva. Passei três dias e meio na reserva mas choveu muito no terceiro dia e não consegui fazer nada. No primeiro dia fotografei as duas principais trilhas: a do Salto Morato e a da Figueira. A figueira em questão é outro dos cartões postais da reserva pois suas raízes fazem uma espécie de ponte sobre o rio. No segundo dia fiz uma trilha conhecida como Casa do Puma, pois tem uma casa de madeira abandonada onde mora um puma. A trilha segue morro acima e chega no Rio Morato. Caminhamos pelo leito do rio até chegar no topo do salto e depois descemos o morro novamente por uma perambeira escorregadia já com uma chuva fina. No último dia dei mais uma caminhada por dentro do rio e fotografei as instalações da reserva, que aliás são de primeira.

Aquário, piscina natural no Rio Morato.
Aquário, piscina natural no Rio Morato.
Cana-do-brejo com opilião na Reserva Salto Morato.
Cana-do-brejo com opilião na Reserva Salto Morato.

A Serra do Tombador fica em Goiás, lá no norte do estado, no município de Cavalcante. Peguei um avião até Brasília onde aluguei um carro  e percorri cerca de 400 quilômetros até a Reserva. Passei por Alto Paraíso, onde fica o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, a cerca de 80 quilômetros de Cavalcante. Até a reserva ainda me esperavam mais 78 quilômetros de estrada de terra. Já era noite quando cheguei a Cavalcante. Pedi informações na cidade e me disseram que era fácil achar o caminho. A estrada era horrível, mais assustadora por ser a noite talvez. Depois de andar algumas horas a estrada piorou e quase atolei. Estava com um carro pequeno, não muito apropriado. Por sorte, no meio da noite deserta, cruzei com uma carro vindo no sentido contrário e eles me disseram que eu havia errado o caminho. Voltei atrás deles até a bifurcação que eu havia perdido. Passei pelo povoado de São Domigos e ai mais uma surpresa: um rio para atravessar. Voltei ao povoado e encontrei alguém na escola, que me disse que eu podia passar sem medo pelo rio. Segui adiante  e cruzei o rio. Mais adiante uma pequena placa da reserva ao lado de um pequeno portão de madeira que parecia não levar a lugar nenhum. Imaginei que a placa era apenas para marcar o inicio da reserva e continuei. Mais na frente outra placa. Segui em frente e surpresa: mais um rio. O pior é que desta vez o farol do carro iluminava uma mata em frente como se a estrada acabasse ali. Entrei um pouco com o carro no rio e vi que a estrada continuava mais para a esquerda. Não pensei muito e fui adiante. O carro saiu do outro lado soltando fumaça de alguma coisa que não devia ter molhado. Finalmente encontrei mais uma placa e uma bifurcação a esquerda. Entrei e encontrei o portão da sede. As casas estavam todas as escuras, eram mais de 11 da noite. Imaginei que todos dormiam e tentei dar uma buzinada para chamar alguém. Saiu um grito rouco e fraco do carro. Deduzi que a buzina tinha mergulhado no rio. Por alguma razão intui que a última casa era do gestor da reserva. Me encaminhei para lá e bati palmas. Dali a pouco apareceu o próprio, ainda meio assustado por ser acordado no meio da noite. Eu estava irritado pois achava que alguém deveria ter me avisado pra não vir a noite. Enfim, fui dormir e no outro dia pedi desculpas pelo mau humor da chegada, depois de contar minha epopéia.

Flor típica do cerrado, Serra do Tombador.
Paepalanthus, flor típica do cerrado, Serra do Tombador.

No Tombador o tempo foi de sol todos os dias. Durante o dia muito calor, à noite um friozinho leve gostoso pra dormir. No primeiro dia Marcelo, o gestor, me levou num mirante natural, um ponto da estrada onde se pode ver um panorama da reserva. A tarde descemos as cachoeiras do Rio Conceição. O dia seguinte passei todo no lombo de uma mula para ir até a trilha do Virá. No terceiro dia Marcelo me levou num cerrado rupestre de manhã cedo. A tarde percorri vários pontos perto da estrada, com direito a uma panorâmica do mirante e um arco-íris.

No sábado aproveitei para pernoitar em Alto Paraíso e no dia seguinte fui conhecer o famoso Vale da Lua. No inicio da tarde ainda passei no Portal da Chapada e fiz uma trilha suspensa dentro de uma mata ciliar. Peguei a estrada para Brasília pois meu vôo de volta era esta noite. O Parque Nacional ficou pra um próxima.

Arara-canindé.
Arara-canindé.
Arco-íris na Serra do Tombador.
Arco-íris na Serra do Tombador.

Zé Paiva participa da Coleção PIRELLI/MASP

Por: Amanda Ziani / Dfato Comunicação

A Coleção PIRELLI/MASP, que possui um acervo de mais de mil fotografias e é uma principais do país, inicia a sua 17ª edição em 12 de março, com inspirações inovadoras refletidas nas 80 imagens. Desta vez, os organizadores do projeto contaram com uma consultoria regional para dar maior profundidade e abrangência de características históricas e estéticas de determinadas áreas do Brasil. Entre os 24 fotógrafos escolhidos em todo o país, está o portoalegrense, radicado há 23 anos em Florianópolis, Zé Paiva, único profissional de Santa Catarina a integrar essa edição

Amanhecer no Canion Fortaleza, Parque Nacional da Serra Geral, Cambará do Sul, Rio Grande do Sul, Brasil.

Com o foco voltado para a natureza que o cerca, em seus trabalhos mais recentes Zé Paiva realizou os projetos Expedição Natureza Santa Catarina e Expedição Natureza Gaúcha, em 2004/2005 e 2007/2008, respectivamente. Para conceber os dois livros, frutos desses projetos, ele ficou imerso em unidades de conservação estaduais e federais na busca por imagens que não só retratem de forma autoral e poética a diversidade de fauna e flora, mas também possam despertar a sensibilidade das pessoas para a preservação do planeta.

Sítio Arqueológico de São Miguel Arcanjo, Missões Jesuíticas dos Guaranis, São Miguel das Missões, Rio Grande do Sul, Brasil.

Para Zé Paiva, fazer parte da PIRELLI/MASP significa não só o reconhecimento à sua dedicação na área documental e de natureza, como um ganho em visibilidade. “O prêmio não é importante para o meu ego ou para eu me tornar renomado, mas sim porque ele serve de vitrine e abre portas para futuros trabalhos”, explica Paiva.

Rio Sepultura, São José dos Ausentes, Rio Grande do Sul, Brasil

A fotografia profissional foi incorporada por ele depois de uma longa viagem pela Europa e Norte África, em 1984. Desde lá, já realizou exposições nas principais cidades do país, recebeu prêmios como o Raulino Reitz, da Fundação do Meio Ambiente de Santa Catarina, e menções honrosas no International Photo Awards, de Nova Iorque, e no Prix de la Photographie, de Paris.

Lançamento do livro Fauna e Flora Brasileiras, com participação de Zé Paiva

Por: Flora Neves

O livro Fauna e Flora Brasileiras será lançado no dia 27 de agosto às 19 horas na Fnac Pinheiros, em São Paulo. Esta obra é o primeiro volume da Coleção Brasil da Editora Bei.

O livro reúne mais de 80 imagens que mostram um recorte dos seis biomas brasileiros. As fotos retratam 89 espécies da fauna e da flora que estão acompanhadas por texto explicativo bilíngüe.

A editora convidou o fotógrafo Zé Paiva para ilustrar o capítulo Campos Sulinos, com imagens de sua recente expedição pelo Pampa. As outras fotos do livro são do conhecido fotógrafo Araquém Alcântara.

Lançamento do livro Natureza Gaúcha na Sala Arquipélago em Porto Alegre

Por: Flora Neves

O livro Expedição Natureza Gaúcha é fruto de 6 meses de andanças do fotógrafo Zé Paiva pelo Rio Grande do Sul. De um total de mais de 16 mil imagens foram selecionadas 30 fotos para a exposição de lançamento, com curadoria de Manuel da Costa.

Manuel organizou a exposição harmonizando o discurso visual das imagens com um fundo azul tempestade, mesclou os tons e tamanhos das imagens, criando contrapontos entre texturas e cores. O tamanho das fotos variou entre 73 x 48 cm até uma panorâmica de 4,5 metros. As imagens foram impressas com excelência pelo Gariba – GRB tratamento de imagens – e emolduradas com cuidado pelo Daniel – Bella Vista Molduras.

O lançamento do livro dia 5 de agosto reuniu no Centro Cultural CEEE Erico Verissimo, um prédio histórico no Calçadão da Rua da Praia de Porto Alegre, mais de 200 pessoas, de fotógrafos a admiradores da natureza.

Para dar mais ritmo ainda ao lançamento ocorreu uma apresentação musical com o Dom Pedro Trio. Na verdade foi um improviso inspirado nas imagens, como define o fotógrafo. O trio era composto por Pedro Paiva, irmão do fotógrafo, no violão de aço, Douglas Dickel no acordeom e Marcelo Armani na percussão.

O coquetel teve apoio da Vinícola Velho Museu, que forneceu vinhos orgânicos certificados das uvas Gewurztrauminer e Cabernet. Os salgados indianos foram servidos pelo restaurante Suprem.

SERVIÇO:
Exposição Natureza Gaúcha, de Zé Paiva
Curadoria: Manoel Costa
Local: Centro Cultural CEEE Erico Verissimo, Sala O Arquipélago.
Endereço: Rua das Andradas, 1223. Centro, Porto Alegre-RS.
Visitação: 06 a 30 de agosto de 2008
De: terça a sexta-feira das 10h as 19h e sábado das 11h as 18h.