Category: Expeditions
lançamento do livro expedição natureza tocantins em floripa
Caros amigos, finalmente chega a Floripa, a terra que escolhi para viver e criar meus filhos, o meu mais recente livro: Expedição Natureza Tocantins.
Será terça-feira, dia 11 de dezembro, à partir das 19 horas, na Fundação Cultural Badesc. Haverá uma projeção de imagens, coquetel de boas vindas e sessão de autógrafos. Aproveitem pois estaremos vendendo o livro à um preço promocional de R$ 70 (30% de desconto). Este é o último lançamento do livro em 2012. Veja mais no blog do projeto (link a direita)
Espero por vocês!
(48) 3224 8846
fundacaoculturalbadesc@gmail.com
Rua Visconde de Ouro Preto, 216 – Centro – Florianópolis-SC – CEP 88020-040
Expedição Natureza Tocantins chega a São Paulo
Terça feira 4/12 o livro Expedição Natureza Tocantins chega a São Paulo. Estaremos lançando na Livraria Martins Fontes da Av. Paulista as 18h30. Veja abaixo um trailer do livro e mais detalhes:
[vimeo http://vimeo.com/54636879]
Dia 04/12/2012
Horário: Das 18h30 às 21h30
Local : Livraria Martins Fontes – Av. Paulista 509 – São Paulo SP
LANÇAMENTO DO LIVRO EXPEDIÇÃO TOCANTINS EM PALMAS E PORTO ALEGRE

Dia 12 de novembro acontecerá o segundo lançamento do livro Expedição Natureza Tocantins, em Porto Alegre, no café da FNAC do BarraShoppingSul. O lançamento acontecerá no Sarau Fotográfico, evento promovido mensalmente pela Escola Câmera Viajante em parceria com a FNAC. Na mesma noite acontecerá a abertura da exposição Natureza Gaúcha, com fotos do segundo livro da série Expedição Natureza, de Zé Paiva. O autor estará autografando ambos os livros nesta noite.
Dia 25 de outubro foi a estréia nacional do livro, no Palácio Araguaia, em Palmas, Tocantins. Lá aconteceu também a abertura da exposição fotográfica do projeto, com curadoria da renomada Rosely Nakagawa. São 47 fotos em diversos tamanhos, algumas que não estão no livro. A exposição fica aberta ao público até 25 de novembro de 2012.
O público, imprensa e autoridades prestigiaram o evento como vocês podem ver nas fotos abaixo.
SERVIÇO:
Projeto e fotografia: Zé Paiva
Prefácio: Bené Fonteles
Textos: Adriana Dias Trevisan
Editora: FM Editorial
Versão: Português e Inglês
Número de páginas: 144
Imagens: 156
Formato: 30 x 28 cm. (miolo fechado)
Acabamento: capa dura e lombada quadrada
Peso: 1,25 kg.
Preço sugerido: R$ 100,00 (cem reais)
Informações gerais: 11 2936-9777 | 3486-9777 | assecom@fmeditorial.com | (FM Editorial)
48 3269-7744 | 9696-1900 | ze@vistaimagens.com.br | (Zé Paiva)
Natureza Gaúcha na Cultura
Caros amigos
Dia 12 de maio de 2011 – quinta feira – estarei recebendo todos para um encontro no auditório da Livraria Cultura do Bourbon Shopping Country em Porto Alegre. Na ocasião vou projetar imagens do livro e falar um pouco sobre este projeto. Também vou mostrar imagens inéditas do projeto que estou trabalhando no momento – Expedição Natureza do Tocantins – com lançamento previsto para o segundo semestre deste ano. Na ocasião acontecerá a abertura da exposição fotográfica do Natureza Gaúcha. Estão todos convidados! Saiba mais sobre o livro aqui.
[slideshow]
Onde: Livraria Cultura do Bourbon Shopping Country em Porto Alegre
Quando:12 de maio de 2011 – quinta feira – as 19h30
O DNA da paisagem
O livro Expedição Natureza Gaúcha estará na Biblioteca do Fórum Internacional de Livros de Autor, dentro do 5º FestFotoPoa, que acontece de 6 de abril a 1º de maio de 2011. Leia na íntegra o brilhante prefácio do livro, escrito pelo doutor em ecologia da paisagem, professor Rualdo Menegat:
A identidade de cada pessoa é indissociável da paisagem e do lugar onde nasceu. O lugar é uma espécie de sobrenome invisível: embora não conste na certidão de nascimento, possui a mesma importância do sobrenome, como se fizesse parte da natureza humana. Quando conhecemos alguém pela primeira vez, logo perguntamos onde essa pessoa nasceu e onde vive. Também costumamos falar de sobrenomes endereçando-os a algum lugar, como os Vargas, de São Borja; os Verissimo, de Cruz Alta; os Scliar, do bairro Bom Fim; os Barbosa Lessa, de Piratini; os Lopes, de Bagé. A cultura ameríndia também tinha endereço natural, como os caingangues, do Planalto Meridional; os guaranis, das Missões; ou os minuanos, do Pampa.
Cada lugar tem características tão próprias que poderíamos pensá-lo como se portasse uma impressão digital ou um DNA que lhe fossem únicos. Porém, diferentemente dos genes dos ancestrais, os “genes do lugar” não ficam automaticamente registrados no organismo. Mas ficam impregnados, desde que nascemos, em nosso espírito e cultura de modo indissociável. Seja a língua, o sotaque, a comida, os jogos, a religião, tudo está profundamente influenciado pela paisagem, onde a cultura vai sendo cotidianamente construída.
A paisagem é a moldura de nossa cultura e, ao mesmo tempo, define os limites e possibilidades de expansão desta. A cultura desenvolvida pelos ticunas no alto Solimões não é adequada para a vida nos Andes Centrais, pois considera fundamentalmente a paisagem da Floresta Amazônica. Do mesmo modo, a cultura dos incas, no Peru, forjada pela natureza inóspita das altas montanhas andinas, não se adapta às terras baixas e planas do grande Pampa. Uma cultura torna-se tão circunscrita à paisagem que tem dificuldades de se adaptar a outros lugares. Tal restrição ocorre porque quando uma cultura domestica a paisagem ao longo do tempo ela ajusta os instrumentos culturais, desde habitação até visão de mundo, àquele lugar. O processo de domesticação não é outro senão a transferência do DNA do lugar à cultura, e vice-versa, de modo que ambos se pertençam. Isto é, ao ver a paisagem, logo identificamos o personagem que a habita, e, ao ver este, de imediato pensamos na paisagem.
Quando a paisagem é domesticada, passa a ser importante ingrediente de coesão de grupos humanos. Toma parte das qualidades peculiares de um povo, integrando-lhe o caráter, o modo de ser, como em “ser gaúcho”, ou “ser pampiano”, “serrano”, “missioneiro”, “litorâneo” etc. Fazemo-nos pertencer ao lugar, às vezes, sem mesmo conhecê-lo apropriadamente. Embora possamos não ter visitado todas as paisagens do Estado, dizemo-nos mesmo assim “gaúchos”, às vezes sem nem sequer ter saído do lugar em que nascemos. Por força do hábito, podemos enxergar para além da própria realidade da paisagem, e a vemos mais do ponto de vista cultural que do ponto de vista da descrição natural, de como ela é de fato. Como se criássemos certos mitos acerca do lugar, numa espécie de cegueira.
Por exemplo, com frequência dizemos que o Pampa gaúcho é uma “enorme planície”. Com isso, queremos fazê-lo parecer semelhante ao vasto Pampa argentino, ecorregião que abrange cerca de 600.000 quilômetros quadrados, mais do que duas vezes a área do Rio Grande do Sul. O Pampa argentino é tão extenso e as terras tão planas que a drenagem é mal definida e a água da chuva escoa com dificuldade, acumulando-se em lagos por vezes efêmeros. Originalmente, a palavra espanhola pampa, derivada do quéchua bamba, significava apenas uma pequena planície nos vales intermontanos dos Andes Centrais. Quando no século XVI os espanhóis avançaram rumo ao sul e depararam com a imensidão da paisagem de terras planas e vegetadas por gramíneas, chamaram-na de “grande pampa”.
Na verdade, a área de terras verdadeiramente planas e baixas de nosso Estado é muito pequena. Não temos nem planícies em vales intermontanos nem tampouco grandes extensões planas. Em algumas partes, o relevo é ondulado, com coxilhas e morros arredondados, canais fluviais sempre bem escavados; e, em outras, acidentado, com vales fluviais profundos, morros agudos, serras, escarpas e cânions. Toda essa morfologia ocorre na metade sul do Estado, reconhecida como pampiana.
Dito de outro modo, nosso Pampa tem paisagens muito menos monótonas que o congênere argentino. Em muitos casos, a paisagem sulina é tão peculiar que há um esforço para não vê-la, apenas para fazer de conta que somos semelhantes aos vizinhos do grande Pampa. Indiscutivelmente, nossa cultura é pampiana, o que não quer dizer que nossas paisagens sejam exatamente iguais às das demais culturas pampianas dessa vasta região meridional da América do Sul.
Há, na verdade, uma diversidade de gaúchos na mesma medida da diversidade das paisagens onde essa cultura se instalou e se expandiu. Dizem-se gaúchos os que habitam a Patagônia, onde criam ovelhas nas zonas mais amenas desse semideserto da região mais meridional e fria de nosso continente. Também se dizem gaúchos os que povoam grande parte do Chaco argentino-paraguaio e até do Pantanal Mato-Grossense, onde criam gado e tomam mate frio, o tereré. São gaúchos os que ocupam a área contígua ao Rio Grande do Sul chamada de Campos Sulinos, no vizinho Uruguai; e, claro, são gaúchos os que lidam com o gado e tomam mate quente, porém em cuia pequena, na imensa planície argentina chamada de grande Pampa.
Enfim, as vastas terras baixas e planas que se estendem desde a fria Patagônia e grande Pampa até parte do Chaco paraguaio-argentino e respectivas áreas adjacentes um pouco mais elevadas ensejaram uma ocupação humana que possui forte identidade na cultura do manejo de gado, chamada de “gaúcha”. Na ampla configuração de nosso cenário, qual seja, a parte não andina da região meridional da América, somos a porção do extremo oriente dessa cultura, habitando uma espécie de “‘pampa alto”, “pampa coxilhado” ou “pampa serrano”. Assim como também pertencem a um “pampa alto”, porém paisagisticamente distinto, os que habitam as terras elevadas no bordo oeste do Pampa argentino, mais próximo dos Andes.
Visitar o lugar do outro, do vizinho, do estrangeiro longínquo, é sempre um exercício cognitivo e cultural que ajuda a descobrir a própria paisagem para além do hábito que cegamente vamos mantendo. Do mesmo modo, quando outras pessoas que não moram onde vivemos vêm descrever “nosso lugar”, aprendemos a ver a terra pelos olhos daqueles que não estão a ela habituados, isto é, embebidos em uma espécie de cego encantamento.
O hábito, por ser muito afeiçoado ao lugar, não permite que vejamos a paisagem a partir de outras perspectivas ou pontos de vista que não sejam “o nosso”, quer dizer, de nossa identidade cultural aderida ao território. Por isso, as narrativas de viajantes sempre foram um gênero literário de muito sucesso em todas as épocas. A começar pelas mais antigas, como as Historias do grego Heródoto, o “pai da História”, que no século V a.C. descreveu no livro II o mundo egípcio com horror e fascínio e nos fez ver que cultura, etnografia e história pertencem ao lugar. Ou as do veneziano Marco Polo, que narrou no livro Il Milione a viagem ao então estranho mundo oriental no século XIV. Ou as consagradoras descrições dos naturalistas românticos do século XIX, em que se incluem as de ilustres sábios que visitaram o Rio Grande do Sul, como Auguste Saint-Hilaire, Aimé Bonpland, Friedrich Sellow, entre outros.
O trabalho de naturalistas e viajantes constitui fonte de conhecimento de nossa paisagem a partir de outras perspectivas. Mais além, são também uma memória das mudanças paisagísticas que ocorreram desde épocas em que os únicos instrumentos de registro eram a escrita e o desenho em cadernetas de campo. Os trabalhos poderiam ser acompanhados de coleta de espécimes vegetais, animais e minerais, bem como de belas aquarelas. No século XX, principalmente a partir da consolidação dos cursos universitários de História Natural nos anos 1950, os relatos de viagem que integravam várias modalidades disciplinares foram perdendo terreno, e o gênero quase desapareceu.
Por isso, a publicação desta obra do fotógrafo Zé Paiva é motivo de grande e estupenda alegria. Utilizando-se de recursos modernos, do arsenal de equipamentos fotográficos e adequada logística, brinda-nos com uma incursão pela paisagem gaúcha que recupera a ideia dos percursos de uma viagem naturalista. Em vez de longos textos, Paiva apresenta uma obra numa linguagem visual própria da contemporaneidade. Mas suas fotografias não são a busca do óbvio, de imagens já muito difundidas em cartões-postais. Longe disso, o autor apresenta sequências inseridas dentro de incursões pela paisagem do Escudo Sul-Rio-Grandense, Planalto Meridional, Depressão Periférica e Planície Costeira. Os percursos, por sua vez, são localizados dentro da diversidade de paisagens que compõem as ecorregiões gaúchas.
Assim, o leitor poderá acompanhar o espírito de aventura, de busca, de investigação de um amplo espectro de temas que conformam o DNA de uma paisagem. Dos elementos rochosos, vegetais, animais, capturados em detalhes de rara composição. Do conjunto paisagístico denotado pelas formas do relevo, nuvens e cores do céu. De expressões culturais de habitantes de regiões distantes, ermas, onde se fabrica a simbiose dialética entre cultura e paisagem. São flagrantes fotográficos que anunciam nossa condição neste mundo: de espectadores e, também e cada vez mais, de modificadores da paisagem.
A incursão de Zé Paiva é uma busca instigante da natureza recôndita, aquela que ainda está de alguma forma guardada em parques e áreas de preservação. É um modo sutil de anunciar o pouco que resta e o tanto que perdemos ou que ainda podemos perder. Por ser fruto de um viajante que segue os passos da cognição naturalista, a obra tem perspectiva, tem posição: a de mostrar em cada flagrante como a natureza é bela e diversa na sua própria naturalidade, isto é, para além dos clichês habituais que porventura aprisionam as múltiplas paisagens de nosso Estado.
Expedição Natureza do Tocantins
Galeria da Expedição Natureza Gaúcha
Postei no Flickr uma galeria com todas as fotos que expus ano passado na Sala Arquipélago do Centro de Cultura CEEE Erico Verissimo, quando lancei o livro Expedição Natureza Gaúcha. A exposição teve curadoria do fotógrafo e professor Manuel da Costa.
Queguay, donde confluyen los ensueños
O Uruguai faz alguns anos está estruturando um sistema nacional de áreas protegidas SNAP, sob a tutela da Dirección Nacional de Medio Ambiente. Até então era o único pais da América do Sul sem um sistema semelhante. Entre 25 de setembro e 3 de outubro de 2009 fui a Guichon, uma pequena cidade do departamento de Paysandu no Uruguai, fazer um ensaio fotográfico sobre a região. Montes del Queguay é como será chamada a área protegida que está em estudo para ser implementada.
Fui contratado por uma ONG chamada CEUTA, Centro Uruguayo de Tecnologías Apropiadas, com sede em Montevidéu. Eles estão fazendo um estudo sobre a área para fundamentar um futuro plano de manejo da mesma, resultado este que será publicado na forma de um livro.
Montes del Queguay tem uma área de aproxidamente 41 mil hectares e fica na bacia do Rio Queguay, um afluente do Rio Uruguai. Queguay em guarani significa “onde confluem os sonhos”. O meu guia nas incursões foi Carlos Urruty, um nativo de Guichon. Ele é professor de uma escola técnica da cidade, mas desde jovem pesca e caça na região. Há alguns anos começou a colaborar com a CEUTA e simultaneamente a desenvolver roteiros ecoturísticos. Além disso é um dos diretores do Club de Canoas Queguay (canoagem é uma das especialidades dos uruguaios).
Muitas pessoas, inclusive os próprios uruguaios, tem o costume de classificar a paisagem uruguaia com o clichê: uma planície suavemente ondulada. Na verdade isto é uma simplificação grosseira. Montes del Queguay, por exemplo, apresenta montes ribereños (florestas que acompanham o rio); banhados e “pajonales”, onde encontramos uma enorme quantidade de aves residentes e migratórias; serras basálticas e matas associadas; chircais (agrupamentos arbustivos); montes parque (uma floresta mais aberta) e pradarias. Além disso a região foi morada dos últimos índios charruas do Uruguai.
Fizemos diversos trajetos em camionete 4×4, percorremos alguns trechos do rio em canoa e me embrenhei em alguns banhados com meu macacão impermeável em busca de fotos de aves. Foram dias de muito trabalho, acordando as 6 da manhã para captar a luz do amanhecer, trabalhando até o pôr-do-sol, carregando os cartões e limpando equipamento a noite. Valeu a pena, o lugar tem uma beleza sutil só perceptível para quem está disposto a entranhar-se nesta paisagem.
Num dos dias voei sobre a pampa deserta, verde mas deserta. Sem limites visíveis, grandes coxilhas invadidas por eucaliptos pediam socorro, pequenas matas cercadas por lavouras gritavam encurraladas. Porque destruímos a perfeição da natureza? Porque tanta ganância em toda parte do mundo? Porque tamanho descaso com os frutos de nossos atos? Rios com lixo pendurados pelos ramos, latas de veneno na beira da estrada, máquinas borrifando pesticidas que recendiam seu cheiro até as alturas de minha aeronave. A destruição de cima fica mais visível. A natureza está encurralada por todos os lados, em todos os paises. A beleza está moribunda. A perfeição desmorona.
Viagem & Turismo
Parece que o pessoal da revista “Viagem e Turismo” da Editora Abril gostou mesmo da matéria “A casa vai junto”, publicada no especial “Austrália e Nova Zelândia” mês passado, pois este mês está nas bancas uma versão ampliada da mesma matéria, com direito a mini-guia e tudo, na revista mãe. O nome agora é” Tem canguru na estrada…”
Pra matar a curiosidade, dessa vez vou publicar uma foto que saiu na matéria, lógicamente é a que mais gosto (o Farol de Sugarloaf Point), e uma outra que foi escolhida a melhor foto do especial “Austrália e Nova Zelândia”, numa seção chamada de Click, que fica na última página da revista. Essa as meninas vão achar uma foto “fofa” (um filhote de canguru). De lambuja mais duas color que não sairam e nem sairão. Carpe diem!