Semana Tibetana em Florianópolis

Caros amigos

Dia 27 de maio começa a II Semana de Cultura Tibetana em Florianópolis, que acontecerá na Reitoria da Universidade Federal de Santa Catarina UFSC. Durante 9 dias teremos palestras, filmes, exposições de arte, mandala de areia e workshops. Entre os palestrantes estão: Lia Diskin – fundadora da Palas Athena, Tsewang Phuntso – representante de SS Dalai Lama na América, Robbie Barnett – professor da Columbia University e o Lama Padma Samten – presidente do Centro de Estudos Budistas Bodisatva. Haverá também uma mesa redonda com os jornalistas Arthur Veríssimo (Trip), Haroldo Castro, Luis Pelegrini (Planeta) , entre outros. A artista Tiffany Gyatso ministrará um workshop de pintura tibetana. Poderemos conhecer a culinária tibetana em um jantar preparado por um chef tibetano, com direito a música típica interpretada pelo próprio chef.

Eu sou o curador das exposições e responsável pela mandala de areia.

A exposição “The Missing Peace” – artistas consideram o Dalai Lama – é uma exposição coletiva que foi criada pela Fundação Dalai Lama e pelo comitê 100 pelo Tibete, onde os artistas mostram a sua visão pessoal sobre o Dalai Lama. São 88 artistas de 30 países (incluindo os brasileiros Sebastião Salgado e Adriana Varejão).

Tendo a vida do Dalai Lama como inspiração o projeto tem como objetivo chamar a atenção do mundo para a busca da paz. Segundo o Dalai Lama, na apresentação do livro com as obras, “Estas obras de arte buscam criar zonas de paz, e tem a intenção de inspirar outros a gerar compaixão, amor e paciência, que são essenciais se o ser humano quiser atingir a felicidade.”

Entre os artistas do projeto estão famosos como Laurie Anderson, Richard Avedon e o ator Richard Gere mostrando suas habilidades como fotógrafo. Aqui em Florianópolis teremos 14 obras desse projeto em excelentes reproduções que compõem o “The Missing Peace in a box”.

Haverá também uma exposição de Thangkas tibetanas (uma pintura em tecido com motivos budistas,espécie de altar móvel) vindas do Mosteiro Namgyal, trazidas pelos monges que irão fazer durante nove dias uma mandala com milhares de grãos de areia. No último dia a mandala será desmontada num ritual que celebrará a impermanência. Além disso tudo ainda teremos fotos históricas da fuga de SS Dalai Lama do Tibete e dos tibetanos em exílio na Índia.

Confiram a programação completa no link e façam sua inscrição logo pois as vagas são limitadas. As inscrições podem ser feitas no próprio site.

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Natureza Gaúcha na Cultura

Caros amigos

Dia 12 de maio de 2011 – quinta feira – estarei recebendo todos para um encontro no auditório da Livraria Cultura do Bourbon Shopping Country em Porto Alegre. Na ocasião vou projetar imagens do livro e falar um pouco sobre este projeto. Também vou mostrar imagens inéditas do projeto que estou trabalhando no momento – Expedição Natureza do Tocantins – com lançamento previsto para o segundo semestre deste ano. Na ocasião acontecerá a abertura da exposição fotográfica do Natureza Gaúcha. Estão todos convidados! Saiba mais sobre o livro aqui.

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Onde: Livraria Cultura do Bourbon Shopping Country em Porto Alegre

Quando:12 de maio de 2011 – quinta feira – as 19h30

Mais detalhes aqui neste link.

FestFotoPoa 2011

Começou no dia 6 de abril e vai até 1 de maio a quinta edição do FestFotoPoa. O festival  abriu com uma grande exposição retrospectiva do fotógrafo homenageado Luiz Carlos Felizardo. Felizardo ficou conhecido pela sua versatilidade, pois tanto fotografou paisagens sublimes, detalhes arquitetônicos e abstrações em câmeras de formato grande, 4×5 e até 8×10 polegadas, quanto fez cliques voeyrísticos em suas viagens com uma pequena Leica 35mm, sempre em preto&branco. No segundo dia do festival foi lançado um livro também retrospectivo sobre a obra de Felizardo, homenagens mais do que merecidos por este grande fotógrafo.

Apesar de ser conterrâneo meu, ele também nasceu em Porto Alegre, só o conheci pessoalmente em 2004, quando participamos juntos com outros 43 fotógrafos do projeto SP 450 anos em 24 horas, dos irmão Eduardo e Fernando Bueno. O projeto consistia em fotografar um tema sorteado para cada fotógrafo durante as 24 horas do dia do aniversário de 450 anos de São Paulo. Lembro que estávamos todos os fotógrafos hospedados no velho hotel Othon Palace, no centro histórico de São Paulo. O sorteio foi na sexta -feira a noite e eu estava ao lado do Felizardo assistindo. Quando sortearam o tema dele: morrer em São Paulo, ele virou pra mim com uma cara de perplexidade (deve ter imaginado alguma cena de crime), e eu imediatamente reagi dizendo que haviam belos cemitérios em São Paulo. Seu semblante imediatamente iluminou-se. Uma das fotos deste ensaio, Cemitério São Luiz, está na exposição e no livro do FestFoto.

Alguns anos depois, quando lancei meu livro Gaúcha Nature Expedition, em 2008, Felizardo escreveu um belíssimo texto na sua coluna Imago, na revista Aplauso, sobre o meu trabalho e o do Eurico Salis, meu amigo e contemporâneo, que havia lançado mais ou menos na mesma época o livro Porto Alegre, cenas urbanas, paisagens rurais. O gancho do artigo era a ligação de ambos com Bagé, cidade natal do Eurico, dos meus pais, e com a qual Felizardo tem uma ligação afetuosa. Estas colunas do Feliz renderam um ótimo livro, com o nome da coluna, Imago, lançado em 2010. Felizardo, além de ser um fotógrafo com grande sensibilidade e apuro técnico, ainda escreve soberbamente. Este foi o seu segundo livro de textos, o primeiro, de 2000, chama-se Relógio de ver. [slideshow]

Mas voltando ao FesFoto, depois dessa viagem no tempo. A exposição do Felizardo ocupa quase todo o andar térreo do Santander Cultural, um belíssimo prédio histórico. No andar de cima, uma retrospectiva de Marc Riboud, que achei um pouco linear, ampliações pequenas, todas do mesmo tamanho, acho que não ficou a altura da obra desse grande fotógrafo francês. Nas salas multimídia aconteceram as palestras, mesas-redondas e leituras de portfólio. Falando em mesas-redondas, uma crítica construtiva: acho que foi mal aproveitada a oportunidade, pois juntaram-se grandes cabeças pensantes da fotografia brasileira, mas devido em parte aos atrasos de início em quase todas, sobrava sempre muito pouco tempo para a mesa redonda propriamente dita, onde haveria o debate com o público. A mesa acabava ficando linear, como palestras sucessivas, sem o debate que ao meu ver seria fundamental e produtivo. Prova disso é que numa das mesas mais empolgantes, onde estavam Roberto Linsker, da Editora Terra Virgem, Tiago Santana, da Editora Tempo D’imagem e Dante Gastaldoni, do projeto Brasil passa pelo SESC, discutindo a produção de livros autorais de fotografia no Brasil, a discussão continuou por horas no corredor e no café, porque o assunto era por demais instigante.

O saldo final é que o FestFotoPoa está de vento em popa e acho que todos que participaram este ano estão ansiosos que chegue a sexta edição em 2012, quando a fotógrafa homenageada será Nair Benedito. Quem ainda não foi, não deixe de ir, pois até 1 de maio permanecem as ótimas exposições acompanhadas de sessões de filmes no cinema do subsolo, programa imperdível!

Canela Foto Workshops

Aconteceu de 27 de fevereiro a 4 de março a quarta edição do Canela Foto Workshops, uma realização do fotógrafo Fernando Bueno e da jornalista Liliana Reid. O evento teve a presença de vários fotógrafos ilustres ministrando workshops e palestras. A semana culminou com um debate na quinta-feira sobre os Os Novos Caminhos do Uso da Imagem e do Ensino da Fotografia. Na mesa estavam Rogério Reis, Orlando Brito, Evandro Teixeira, Fernando Bueno e Ricardo Cadão Chaves, além de inúmeros outros fotógrafos importantes na platéia. Fernando aproveitou a oportunidade e relançou o plano de instalar um centro de excelência em ensino de fotografia no local onde era o Cassino de Canela, hoje em ruínas. Destaque para a exposição virtual dos alunos do curso avançado de fotografia da ESPM Porto Alegre, exibida entre as palestras, que aconteceram na Casa de Pedra. Vejam mais detalhes no site.

No final do debate, eu, Manuel da Costa, coordenador da ESPM Foto - Porto Alegre, entre alunos e ex-alunos.
Da esquerda para a direita, Cláudio Ott, Fernando Bueno, Clóvis Dariano, Evandro Teixeira, Luis Carlos Felizardo, Orlando Brito e este que vos escreve, no final do coquetel de encerramento do evento.

Eu participei com uma parte da minha exposição “Expedição Natureza Gaúcha”no simpático Empório Canela, que também é um bistrô e livraria. A exposição permanece até o dia 14 de março. Quem estiver na Serra Gaúcha, aproveite.

Foto Escambo em Canela.

Além disso houve uma participação do Foto Escambo, um interessantíssimo evento que propicia a troca de fotografias entre os participantes. Como funciona: cada  fotógrafo leva até cinco fotos ampliadas em papel 20×30 cm e para cada foto doada ganha um vale para escolher uma foto do varal onde ficam expostas. O bacana de tudo isso é que além de você poder formar sua galeria de fotografia em casa, as fotos são numeradas, mas você só fica sabendo quem é o autor depois de terminado o evento. Ou seja, a escolha é baseada na intuição, na razão ou na emoção, mas não no nome do autor. Eu ainda estou na curiosidade de saber de quem são as belas imagens que escolhi…

Satolep – Lançamento do Natureza Gaúcha

Impregnado pela estética do frio (termo criado pelo cantor, compositor e escritor Vitor Ramil, de Pelotas), apesar da temperatura amena, respiro o ar outrora pestilento pelas carnes putrefatas. O arroio Pelotas era conhecido como o Rio Vermelho, tamanha a quantidade de sangue que desaguava no seu leito. Fortunas foram criadas a partir de um trabalho feito por mão-de-obra escrava. A ganância do ser humano engendra formas desumanas de produção. Hoje as charqueadas são lugares turísticos, limpos e ajardinados, com criancinhas correndo pelos casarões. Em nada lembram os lugares descritos por Debret.

Pousada Charqueada Santa Rita, Pelotas, Rio Grande do Sul.

O nome da cidade de Pelotas veio de uma embarcação pitoresca usada pelos índios, feita de couro e madeira, puxada a nado por uma corda mordida pelo nadador. Na noite anterior a minha ida às charqueadas de Santa Rita, que hoje é uma bela pousada, e a Charqueada São João, hoje transformada em Museu, aconteceu o evento de lançamento do meu livro Natureza Gaúcha em Pelotas. No auditório do Instituto Simões Lopes Neto (antiga residência do escritor) fiz uma projeção de fotografias e depois uma conversa com um público de cerca de cinquenta pessoas que quase lotou o espaço. Muitos alunos e professores dos cursos de artes, ecologia e fotografia animaram a conversa que se extendeu até cerca de nove e trinta da noite, quando então passamos a sessão de autógrafos. Agradeço a Bety e toda a equipe da excelente Livraria Vanguarda que me convidou e organizou todo o evento.

Auditório do Instituto Simões Lopes Neto, Pelotas, RS.
Vitor Ramil (a esquerda) na noite do evento.

Pelotas é uma cidade encantadora, repleta de prédios antigos, alguns restaurados e outros nem tanto. Fui ciceroneado pelo músico Vitor Ramil e sua esposa Ana Ruth, professora de linguística. Entre longas conversas regadas a mate amargo, fotografei um pouco da cidade (vejam mais fotos na galeria do Flickr)

Prédio antigo na praça General Osório em Pelotas RS.
Instituto Simões Lopes Neto, Pelotas, Rio Grande do Sul.

Conversas com o autor – Pelotas e Rio Grande

À convite da Livraria Vanguarda estou indo a Pelotas e Rio Grande apresentar o meu livro Expedição Natureza Gaúcha. Dia 26 será no Instituto Simões Lopes Neto em Pelotas, e dia 27 na Livraria Vanguarda em Rio Grande. Faremos um bate papo com projeção de imagens do livro e do meu trabalho atual no Tocantins. Abaixo o convite.

Sarau de fotografia na FNAC – as fotos

Foi dia 13 de setembro. Trata-se de um evento mensal da FNAC em parceria com a Escola de Fotografia Câmera Viajante, de Porto Alegre. Neste Sarau fui convidado para falar do meu trabalho. Falei sobre os projetos Expedição Natureza Santa Catarina e o Natureza Gaúcha, já lançados, e sobre o trabalho em curso no Tocantins. O público lotou o espaço Blu-ray na FNAC, que aliás estava sendo inaugurado. Na verdade faltou cadeiras para o público presente, ficou gente de pé (sorry)! Em compensação a FNAC teve a gentileza de oferecer um ótimo espumante e frutas secas enquanto eu autografava o livro Natureza Gaúcha.

Na ocasião também foi lançado oficialmente o meu próximo workshop de fotografia ambiental (gostei do termo ambiental, no lugar de natureza, mais abrangente), que será na Câmera Viajante, de 23 a 25 de outubro. Sábado será aula teórica na escola. A aula prática, no domingo, será no belo Parque Estadual de Itapuã, em Viamão. Na segunda-feira teremos uma aula de avaliação.  Já restam poucas vagas, por incrível que pareça, assim que quem quiser se adiante antes que lote.

Abaixo algumas fotos do evento:

Sarau de fotografia - FNAC Porto Alegre em 13 de setembro de 2010 - foto de José Otávio Teixeira.

 

Zé Paiva e Rogério do Amaral Ribeiro da Câmera Viajante, Sarau de fotografia - FNAC Porto Alegre em 13 de setembro de 2010 - foto de José Otávio Teixeira.
Sessão de autógrafos, Sarau de fotografia - FNAC Porto Alegre em 13 de setembro de 2010 - foto de José Otávio Teixeira.

Palestra Na UNIVALI

Caros amigos, amanhã dou um palestra sobre o meu trabalho na UNIVALI, Universidade do Vale do Itajaí, Campus de Florianópolis. Eles tem um curso de graduação em Fotografia e daí surgiu o convite. No Festival Floripa na Foto tive vários alunos deste curso e gostei muito do pessoal. Aliás, prometo em breve um post sobre o Festival, que estava ótimo. Apareçam na palestra, é aberta ao público!

Expedição Natureza SC – De olho na comunidade

Por: Sheila Marangoni

O projeto partiu do princípio de que se tiramos fotos da natureza catarinense para realizar o livro Expedição Natureza – Santa Catarina, lançado em 2005, devemos devolver estas imagens às comunidades.

Cândido Rodrigo Gomes palestrando na Escola Básica Municipal Reinaldo Vingartmer em Palhoça, SC

Este projeto foi realizado de 10 de setembro a 20 de outubro de 2007 e percorreu 20 municípios catarinenses levando uma exposição fotográfica, uma projeção multimídia e dinâmicas ambientais. As cidades visitadas foram: Praia Grande, Santa Rosa do Sul, Nova Veneza, Grão Pará, Urubici, Lages, Concórdia, São Domingos, Caçador, Porto União, Vitor Meirelles, Botuverá, Indaial, Corupá, Jaraguá do Sul, São Bonifácio, Garopaba, Palhoça, Jonville e Florianópolis.

Exposição na Escola Básica Municipal Reinaldo Vingartmer em Palhoça, SC

Praça Central em Garopaba, SC

Em cada cidade visitada o técnico Cândido Rodrigo Gomes, da Cooperativa Mãos na Mata montava a exposição e durante toda a tarde realizava projeções, plantio de mudas de árvores nativas e outras dinâmicas com os alunos de escolas da cidade.

O motorista Eduardo Almeida e o técnico ambiental Cândido Rodrigo Gomes junto a van do projeto

Nas noites haviam palestras e projeções abertas às comunidades. Em todas as cidades foram doados dois livros para a biblioteca local. Ao término do projeto, em Florianópolis, a exposição permaneceu 10 dias no Floripa Shopping com grande visitação.