Natureza Gaúcha na Livraria Catarinense – Floripa

Está na Megastore da Livraria Catarinense (Rua Felipe Schmidt 60, Florianópolis) até o dia 31 de agosto a exposição Expedição Natureza Gaúcha . A pequena mas simpática galeria fica anexa ao excelente café Rocambole (o mesmo da Lagoa da Conceição). Não deixe de provar o brownie, é delicioso. O horário da exposição é o mesmo da livraria, de segunda a sexta-feira das 9h às 20h e aos sábados das 9h ás 16h. A entrada é gratuita. Mais informações pelo telefone (48) 3271.6000 ou no guiafloripa.

Capivaras "Hydrochaeris hydrochaeris", Parque Estadual de Itapuã, Viamão

Imago – novo livro de Felizardo

Rolodex, de Luiz Carlos Felizardo

O grande fotógrafo portoalegrense Luiz Carlos Felizardo lança em julho, seu novo livro Imago, que reúne textos do autor publicados na revista Aplauso, onde é colunista desde 2001. O título é produzido pela Lathu Sensu e financiado pelo FUMPROARTE. Aqui no blog você pode conferir um destes textos, intitulado “Reduto de Artistas“, sobre o meu livro Natureza Gaúcha e sobre o livro Porto Alegre de Eurico Salis.

Para Felizardo, a fotografia “É um mundo vasto, sim. É uma das poucas formas de produção de imagens que pode ser feita e entendida ou como registro histórico, ou documento, ou informação jornalística, ou instrumento de pesquisa científica — ou arte. E, frequentemente, é mais de uma coisa ao mesmo tempo.”

Nascido em 1949, Luiz Carlos Felizardo estudou na Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) entre 1968 e 1972, ano em que deixou o curso e passou a dedicar-se exclusivamente à fotografia. Utilizando câmeras de grande formato, produziu obras reconhecidas internacionalmente nas áreas de fotografia de paisagem e arquitetura.

A partir de 1975, realizou mostras individuais em diversas cidades brasileiras, em Buenos Aires e La Plata, na Argentina, e em Montevidéu, no Uruguai. Participou também de coletivas internacionais em países europeus, como La Fotografía Iberoamericana, em Madrid; Brasilianische Fotografie, na Alemanha; e Fotografía Brasileña: Historia y Contempo-raneidad, em Portugal. Em 1991 e 2006, teve  imagens selecionadas para integrarem o acervo da Coleção MASP/Pirelli.

O lançamento de “Imago” acontece às 19 horas de 6 de julho, no restaurante Moeda do Santander Cultural, na rua 7 de Setembro,  1028, em Porto Alegre.

Galeria da Expedição Natureza Gaúcha

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Sala O Arquipélago, Lançamento do livro e exposição Expedição Natureza Gaúcha no Centro Cultural CEEE Erico Verissimo em Porto Alegre RS, foto de Fernanda Coelho

Postei no Flickr uma galeria com todas as fotos que expus ano passado na Sala Arquipélago do Centro de Cultura CEEE Erico Verissimo, quando lancei o livro Expedição Natureza Gaúcha. A exposição teve curadoria do fotógrafo e professor Manuel da Costa.

Natureza Gaúcha na Feira do Livro de Porto

Meus caros, domingo dia 8 de novembro de 2009 as 14h 30 estarei relançando meu mais recente livro, Gaúcha Nature Expedition, na Feira do Livro de Porto Alegre, com uma sessão de autógrafos. O evento será na Praça de autógrafos da Feira, na bela Praça XV, no centro da cidade, rodeado pelos jacarandás em flor. Estão todos convidados, assim como os amigos e os amigos dos amigos…

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Expedição NATUREZA  GAÚCHA
Livro  fotográfica
Autor: Zé Paiva
Lançamento: 8 de novembro, domingo, a partir  das 14h30min
Local: Praça de autógrafos da Feira do Livro de Porto Alegre
Endereço: Praça XV – Porto Alegre/RS
Editora: Meta Livros – 144 páginas
Português-inglês

Patrocínio:
Eletrobrás
Banrisul
Ministério da Cultura – Lei Rouanet
Apoio:
Governo do Estado –  RS
Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Fundação  Zoobotânica
Ibama

Reduto de artistas

Caros amigos

Abaixo transcrevo o excelente texto do grande fotógrafo e amigo Luiz Carlos Felizardo publicado na revista Aplauso nº 95 de 2008, na sua coluna Imago, sobre o meu livro “Natureza Gaúcha” (Editora Metalivros) e sobre o livro “Porto Alegre – cenas urbanas, paisagens rurais” de Eurico Salis. Boa leitura!

Travessa dos Venezianos, foto de Eurico Salis.
Travessa dos Venezianos, foto de Eurico Salis.

Dois livros foram lançados há pouco, um de Eurico Salis (Porto Alegre — Cenas Urbanas, Paisagens Rurais), outro de José Luiz Martins Paiva, o Zé Paiva ( Natureza Gaúcha). Ambos são belas edições, bem produzidas e acabadas, o do Zé Paiva feito em São Paulo, o do Eurico por aqui mesmo, com qualidade equivalente (o que mostra que nossa indústria gráfica vai bem, obrigado). Ambos os trabalhos demonstram dedicação extrema aos assuntos que abordam, não apenas pelo fôlego e competência com que cobrem áreas extensas, mas pela qualidade das fotografias que os compõem.

Mas existe algo além das fotografias que os destaca e atiça minha curiosidade: há uma mesma cidade e uma região na raiz dos dois trabalhos — o Eurico é de Bagé, começou lá a fotografar, e o Zé, que vive em Santa Catarina, mesmo tendo nascido em Porto Alegre está ligado a Bagé por suas duas famílias e por incontáveis férias de infância vividas por lá, na fronteira com o Uruguai.

A mesma região está presente nas raízes de Leonardo Costa, outro fotógrafo bageense, autor das capas da primeira Isto É. E eu mesmo, nascido e criado em Porto Alegre, sempre atribuí ao tempo passado em Bagé, na fazenda em que vivia meu padrinho, o início da minha paixão pela paisagem, pelos grandes espaços e pelo silêncio das coisas. Não por acaso, das sete fotos do ensaio que publiquei no 1º Almanaque Socioambiental, sobre a região do pampa, cinco nasceram em Bagé. Nem é acaso que minha exposição Querência tenha sido produzida, predominantemente, nos campos e galpões de Bagé.

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Dunas no Parque Nacional da Lagoa do Peixe, foto de Zé Paiva.

Quê diabos tem essa cidade para que sua influência tenha gerado tantos fotógrafos (e artistas, como se verá)? Como é que uma região estigmatizada pela “grossura” gaúcha pode produzir tanta gente sensível? A incongruência aparente já rendeu a figura do notável Analista de Bagé… Se nosso olhar for um pouco mais amplo, saberemos que, em 1948, Glauco Rodrigues, Danúbio Gonçalves e Glênio Bianchetti, os três bageenses, constituíram o Grupo de Bagé, consolidado mais como o Clube de Gravura de Bagé. Do grupo também participou o ótimo, nunca suficientemente lembrado Avatar Moraes – bageense do Rodeio Colorado.  A Danúbio, se atribui a frase  “Quando eu viajava para Bagé, de trem, via os pessegueiros em flor —  e via Van Gogh.”, que pode  
servir de pista para que se comece a compreender um pouco do mistério. Glênio, com quem acabo de conversar por telefone, anda faceiro com o restauro dos espaços da antiga vila de Santa Tereza (que conheci muito bem quando menino), que incluem a capela – que abrigará uma nova obra dele — criando em Bagé mais um espaço cultural.

Mas não se pára por aí: o hoje fotógrafo Leopoldo Plentz foi casado com uma bageense e fez lá sua primeira exposição (de desenhos e gravuras), também de Bagé é o fotógrafo Cacalos Garrastazú, e Artur Poester, fotógrafo (irmão da Teresa, artista bem conhecida, também presente nos resultados do restauro de Santa Tereza) casou com Helena, filha do Severino Collares, sujeito fantástico, misto de estancieiro, anfitrião de artistas, incentivador do Grupo de Bagé e das artes em geral – todos, desnecessário dizer, bageenses. Um dos bageenses mais bageenses que eu conheço, o grande arquiteto (portanto artista) Nelson Saraiva, morava, quando criança, a poucas casas de um dos avós do Zé Paiva – e, como ele, vive há muitos anos em Florianópolis. Ou seja, fecha-se o círculo das coincidências.
Coincidências? Só pode achar que a relação entre Bagé e as artes situa-se nesse terreno quem deixar de ler o excelente texto de Rualdo Menegat (O DNA da paisagem) que introduz o livro do Zé Paiva, onde ele diz: “A identidade de cada pessoa é indissociável da paisagem e do lugar onde nasceu.” Só pode considerar coincidência essa relação tão estreita quem desconhecer as idéias de Pedro Nava, cujas palavras foram usadas como epígrafe de minha exposição Querência:
“Essa áreas, não posso chamar de pátria, porque não as amo civicamente. O meu sentimento é mais inevitável, mais profundo e mais alto porque vem da inseparabillidade, do entranhamento, da unidade e da consubstanciação. Sobretudo, da poesia… Assim, onde é que já se viu um pouco d’água amar o resto da água? Se tudo é água… Essa é a minha terra. Também ela me tem e a ela pertenço sem possibilidade de alforria. Do seu solo, eu como. Da sua água, eu bebo. Por ela serei comido”.

Por Luiz Carlos Felizardo, publicado na revista Aplauso nº 95 de 2008.

Lançamento do livro Natureza Gaúcha na Sala Arquipélago em Porto Alegre

Por: Flora Neves

O livro Expedição Natureza Gaúcha é fruto de 6 meses de andanças do fotógrafo Zé Paiva pelo Rio Grande do Sul. De um total de mais de 16 mil imagens foram selecionadas 30 fotos para a exposição de lançamento, com curadoria de Manuel da Costa.

Manuel organizou a exposição harmonizando o discurso visual das imagens com um fundo azul tempestade, mesclou os tons e tamanhos das imagens, criando contrapontos entre texturas e cores. O tamanho das fotos variou entre 73 x 48 cm até uma panorâmica de 4,5 metros. As imagens foram impressas com excelência pelo Gariba – GRB tratamento de imagens – e emolduradas com cuidado pelo Daniel – Bella Vista Molduras.

O lançamento do livro dia 5 de agosto reuniu no Centro Cultural CEEE Erico Verissimo, um prédio histórico no Calçadão da Rua da Praia de Porto Alegre, mais de 200 pessoas, de fotógrafos a admiradores da natureza.

Para dar mais ritmo ainda ao lançamento ocorreu uma apresentação musical com o Dom Pedro Trio. Na verdade foi um improviso inspirado nas imagens, como define o fotógrafo. O trio era composto por Pedro Paiva, irmão do fotógrafo, no violão de aço, Douglas Dickel no acordeom e Marcelo Armani na percussão.

O coquetel teve apoio da Vinícola Velho Museu, que forneceu vinhos orgânicos certificados das uvas Gewurztrauminer e Cabernet. Os salgados indianos foram servidos pelo restaurante Suprem.

SERVIÇO:
Exposição Natureza Gaúcha, de Zé Paiva
Curadoria: Manoel Costa
Local: Centro Cultural CEEE Erico Verissimo, Sala O Arquipélago.
Endereço: Rua das Andradas, 1223. Centro, Porto Alegre-RS.
Visitação: 06 a 30 de agosto de 2008
De: terça a sexta-feira das 10h as 19h e sábado das 11h as 18h.

Gaúcha Nature Expedition

Por: Rejane Martins

Há inúmeras maneiras de  manifestar preocupação coma natureza do planeta e com nosso futuro. O  fotógrafo Zé Paiva transformou sua inquietude em um  projeto documental que alia arte e ciência.

Gaúcho radicado em  Santa Catarina, Paiva percorreu todas as unidades de conservação de  proteção integral do Rio Grande do Sul, coletando material para o livro  Expedição NATUREZA GAÚCHA, que será lançado com uma  mostra fotográfica no dia 5 de agosto no Centro Cultural CEEE Erico Verissimo, em Porto Alegre. A exposição conta com curadoria do fotógrafo Manuel da Costa e será uma grande instalação com painéis  distribuídos sobre um fundo azul esverdeado, causando um efeito  diferenciado com o devido valor ao objeto principal da mostra: as  fotos.

No prefácio do livro, o doutor em Ecologia da paisagem  Rualdo Menegat sintetiza:
“A incursão de Zé Paiva é  uma busca instigante da natureza recôndita, aquela que ainda está de  alguma forma guardada em parques e áreas de preservação. É um modo sutil  de anunciar o pouco que resta e o tanto que perdemos ou que ainda podemos  perder.Por ser fruto de um viajante que segue os passos da cognição  naturalista, a obra tem perspectiva, tem posição: a de mostrar em cada  flagrante como a natureza é bela e diversa na sua própria naturalidade,  isto é, para além dos clichês habituais que porventura aprisionam as  múltiplas paisagens de nosso estado”.

Zé Paiva faz o registro da  diversidade da fauna e flora,terrestre e aquática, numa profusão de  planícies, montanhas, rios, praias,aves, mamíferos e outros tantos  animais. O fotógrafo explica que o projeto Expedição Natureza busca redesenhar a ecologia dos Estados brasileiros e chamar a  atenção da sociedade para as questões ecológicas antes que seja muito tarde. “Minha inspiração é a sabedoria de mestres naturalistas como Fritz Müller, Carl Friedrich von Martius e Padre Balduíno Rambo, que olhavam o evento científico aglutinado a uma compreensão, sensibilidade e qualidade artística. A busca deste olhar traduz uma nova possibilidade de  sensibilização da sociedade contemporânea para as questões  ambientais.

Pioneiro, o projeto é o primeiro a documentar com tal  cuidado e amplitude as áreas de proteção ambiental do Brasil. Em 2005, Zé  Paiva lançou a primeira etapa com o livro Expedição Natureza –  Santa Catarina, que pode ser encontrado nas livrarias e na  internet.  Incentivada pela Lei Rouanet do Ministério da Cultura, a  etapa no Rio Grande do Sul contou com o apoio da Secretaria Estadual do  Meio Ambiente (Sema – RS) e patrocínio da Eletrobrás e do Banrisul. Por  meio deste incentivo, enfrentando frio, chuva, calor intenso e adversidades que vão além das forças da natureza – como o sumiço e o  resgate de seu laptop -, Zé Paiva e seu assistente percorreram, de julho a  dezembro de2007, boa parte do território gaúcho para a natureza local e o  relacionamento do homem com os ecossistemas.

Além de 23 unidades de  conservação administradas pela Sema – RS, o projeto percorreu áreas  protegidas sob a responsabilidade do Governo Federal. As viagens foram  divididas em três expedições: a primeira passou pela planície litorânea,  percorrendo o litoral de Torres ao Chuí e voltando pela margem oeste da  Lagoa Mirim e Laguna dos Patos,explorando diversas unidades de  conservação tais como o Parque Nacional da Lagoa do Peixe e a Estação  Ecológica do Taim, entre outras. Na segunda expedição foi documentado o  planalto gaúcho; cobrindo a Reserva Biológica Estadual da Serra Geral,  Estação Ecológica Estadual de Aratinga, Parque Estadual de Tainhas, Parque  Nacional da Serra Geral, Parque Nacional dos Aparados da Serra, São José  dos Ausentes e o Parque Estadual de Ibitiriá. A terceira foi pela campanha  gaúcha. Iniciou na Serra do Sudeste, em Caçapava do Sul, seguiu pela  Depressão Periférica até chegar aos Campos Sulinos, subiu o Rio Uruguai e  terminou nas Missões.

Expedição NATUREZA  GAÚCHA
Livro e exposição  fotográfica
Autor: Zé Paiva
Lançamento: 5 de agosto, terça-feira, a partir  das 19h30min
Local: Centro Cultural CEEE Erico Verissimo
Endereço: Rua dos Andradas, 1223 – Porto Alegre/RS
Editora: Meta Livros – 144 páginas
Português-inglês
Preço sugerido: R$ 100,00

Patrocínio:
Eletrobrás
Banrisul
Ministério da Cultura – Lei Rouanet
Apoio:
Governo do Estado –  RS
Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Fundação  Zoobotânica
Ibama

Assessoria de  imprensa:
Nexo Comunicação
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