Fotografia fine art

Loja da Florense Móveis em Florianópolis SC

Fotografia fine art photographs ainda é um termo pouco conhecido de boa parte do público que aprecia arte no Brasil mas que aos poucos está criando o seu mercado. Um dos pioneiros deste tipo de fotografia foi Alfred Stieglitz, que juntamente com outro grande fotógrafo americano chamado Edward Steichen, fundou a primeira galeria de fotografia nos Estados Unidos, a 291, em Nova Iorque. Criada em 1905 com o nome de Little Galleries of the Photo-Secession, mudou o nome para 291 em 1908 e durou até 1917. O objetivo principal deles era elevar a fotografia ao nível da arte, pois na época não era considerada assim.

Edward Steichen foi depois diretor no MoMA, o Museu de Arte Moderna, em Nova Iorque, onde, em 1955, organizou a primeira grande exposição de fotografia desta casa: The Family of Man. Depois disso vários fotógrafos americanos tiveram sucesso vendendo seu trabalho como arte, entre eles os conhecidos Ansel Adams e Edward Weston. Por este motivo hoje em dia os Estados Unidos tem uma cultura em torno da fotografia fine art, como galerias especializadas, exposições em museus e consequentemente todo um mercado em torno disso.

No Brasil ainda é muito recente a valorização da fotografia como fine art. Já existem algumas galerias especializadas em São Paulo e outras capitais, e outras galerias que vendem fotografias entre outras obras de arte. Mas afinal o que seria fotografia fine art photographs? Basicamente é a fotografia tratada como obra de arte. Para isso deve ter um conteúdo autoral, ou seja, não ter um objetivo puramente comercial ou informativo (o que é um pouco vago e poderia ser assunto para outro artigo). Além disso normalmente as fotografias fine art photographs são impressas e emolduradas seguindo padrões museológicos para possam durar mais de 100 anos. Na maioria das vezes são impressas em papel 100% algodão com Ph neutro e pigmentos minerais. Além disso as obras são assinadas e ganham um certificado de autenticidade que atesta quem é o autor, o impressor, a data e outras informações.

Há alguns anos já venho me dedicando a este mercado e hoje em dia vendo obras para decorar ambientes residenciais e comerciais. Recentemente tive a alegria de ter duas obras vendidas (uma delas da série O Somsilêncio da Imagem) para o novo showroom da Florense em Florianópolis. A loja foi toda redesenhada pelo renomado designer Aldi Flosi e ganhou ares de instalação de arte, tamanha a qualidade do projeto conceitual. Em 2019 também tive três obras adquiridas pela CEOF – clínica de oncologia em Florianópolis – através da galeria Helena Fretta. Esse é outro espaço que parece uma galeria, pois o proprietário é um dos maiores colecionadores de arte de Santa Catarina e expõe no local muitas de suas obras.

Maracajá, o parque dos macacos

Na volta de Araranguá, onde fui montar a exposição itinerante “Bichos do Sul”, parei para revisitar o Parque Ecológico Maracajá, que fica em Santa Catarina, no município homônimo. Eu já havia fotografado esse parque em 2004, quando estava fazendo as fotografias para meu livro “Expedição Natureza Santa Catarina”. Na época não vi nenhum macaco, mas dessa vez vi muitos. Segundo o pessoal da recepção, existem mais de cem macacos-prego (Sapajus apella) numa área de 112 hectares.

Os animais estão bem acostumados com a presença humana, provavelmente porque as pessoas dão alimentos, o que não é uma boa prática. Primeiro porque eles podem contrair doenças através da comida dos humanos. Segundo porque assim eles ficam habituados a receber comida e podem tornar-se agressivos se não dermos, ou mesmo invadir as casas em busca de comida, o que já fazem lá. A visita vale a pena, mesmo assim, pois as trilhas suspensas de madeira são muito legais e você com certeza vai ver muitos macacos livres na natureza. Só não esqueça de não alimentar os animais. Na verdade talvez seja melhor nem levar comida para eles não ficarem curiosos e talvez até roubarem sua mochila!

HORÁRIOS DE FUNCIONAMENTO

Segunda a Sexta das 8h às 17h
Sábado, domingo e feriados das 8h30 às 18h

ENDEREÇO

BR 101, Km 404 ,
Vila Beatriz, Maracajá – SC

ENTRADA

Maiores de 12 anos pagam R$ 5

CONTATOS

Fone: (48) 3523-0420

OS BICHOS DO SUL VOLTARAM

A exposição “Bichos do Sul” voltou a ser exibida, dessa vez em São João Batista, a capital catarinense dos calçados. A mostra, realizada em parceria com o SESC Santa Catarina, já foi exibida em vinte cidades catarinenses e até agora já recebeu quase 75 mil visitantes. Este projeto foi concebido pelo fotógrafo Zé Paiva a convite de Valdemir Klamt, coordenador da área de educação do SESC SC.

O conceito central da mostra é proporcionar o conhecimento dos animais silvestres do sul do Brasil através da união da arte e da ciência (fotografia e informação). O público alvo da mostra é prioritariamente alunos da rede escolar, e por isso a mostra foi toda idealizada com uma linguagem acessível para o maior número de pessoas.

A mostra é formada por doze fotos impressas em grande formato (100×125 cm) e mais seis painéis de textos com informações sobre os animais escritos pela bióloga e escritora Márcia Riederer (autora do livro “Animais da nossa terra“). Cada um dos painéis de texto contém também uma frase do naturalista alemão Fritz Müller, que viveu em Blumenau SC no século XIX.

A mostra está circulando desde 2014 pelo interior de Santa Catarina, e já passou pelas cidades de São Miguel do Oeste, Chapecó, Xanxerê, Concórdia, Tijucas, Blumenau, Lages, Laguna, Jaraguá do Sul, São Bento do Sul, Palhoça, Itajaí, Florianópolis, Balneário Camboriú, Urubici, Joaçaba, Canoinhas, Mafra, Rio do Sul e Tubarão. Os painéis foram feitos de madeira de demolição reciclada e a montagem emula uma caminhada na floresta, inclusive com serrapilheira no chão (folhas secas do chão da mata).

SERVIÇO

Exposição fotográfica itinerante Bichos do Sul

Data: 17/09/2019 a 25/10/2019

Horário:  de segunda a sexta feira das 8h às 22h  e sábados das  9h às 15h.

Local: SESC São João Batista – Avenida Egídio Manoel Cordeiro, 303 – Centro, São João Batista

Mais informações:

Rafaela Oliveira Neves
Técnica de Atividade | Educação
Unidade Sesc em São João Batista
(48)  3265-4252 | 3265-1851  rafaela.10603@sesc-sc.com.br

Finissage do Somsilêncio em Blumenau

Dia 25 de agosto encerrou-se a exposição o “Somsilêncio da Imagem”, no Museu de Arte de Blumenau. A finissage começou com uma roda de conversa, na qual Zé Paiva falou sobre seu processo criativo. Durante a conversa ele deu instruções e conduziu uma pequena sessão de meditação, para ilustrar melhor o conceito de fotografia contemplativa. Depois Paiva orientou uma visita guiada pela exposição contando a história dos bastidores de cada obra exposta. Para encerrar ele sorteou um livro de sua autoria, o “Expedição Natureza Tocantins”. Veja abaixo as fotos do evento pelo olhar de Mia Ávila – diretora do Museu.

 

Vernissage do Somsilêncio em Blumenau

Mesmo com o intenso frio da noite de 4 de julho o público compareceu em peso à abertura da 3ª temporada de exposições do MAB – Museu de Arte de Blumenau. Sete exposições abriram simultaneamente em vários espaços do MAB. Além disso houve lançamentos de livros, recital de poesias e apresentação da Banda Municipal de Blumenau. Veja abaixo algumas imagens da noite de abertura (fotos de Sérgio Antonello – assessor de comunicação do MAB).

A exposição “O Somsilêncio da Imagem”, de Zé Paiva, estreou ano passado na galeria de arte da Assembleia Legislativa de Santa Catarina. Selecionada para a 3ª temporada de exposições do MAB, foi montada agora na Sala Roy Kellermann, onde ficará em exibição até 25 de agosto.

As fotografias foram impressas em canvas da Canson com pigmentos minerais seguindo padrões museológicos de conservação.

As obras encontram-se a venda. Mais informações entre em contato clicando aqui.

Ou clique aqui para saber mais sobre o Somsilêncio da Imagem.

SERVIÇO

3ª Temporada de Exposições do MAB
Visitas até 25 de agosto, de terça-feira a domingo, das 10h às 16h
Entrada gratuita

Exposições

“Reminiscências”, de Jairo Valdati
“O Somsilencio da imagem”, de Zé Paiva
“Entre Cores e Linhas”, de Miriam Puerta
“Raiz, veia, afluente”, de Jussara Marangoni
“Partes”, de Ricardo Kugler
“Naturezas possíveis… possíveis naturezas”, da Bluap
“Bauhaus 1919 – Catarinas 2019”, das Catarinas

O Somsilêncio vai a Blumenau

“O Somsilêncio da Imagem”, exposição fotográfica de Zé Paiva, que foi exibida pela primeira vez na galeria de arte da Assembléia Legislativa de Santa Catarina em novembro de 2018, terá nova temporada. Dessa vez será no Museu de Arte de Blumenau, que fica no prédio histórico da Fundação Cultural de Blumenau. A abertura será especial, pois simultaneamente estarão sendo inauguradas diversas exposições que acontecerão nos diferentes espaços do Museu.

Fundação Cultural de Blumenau, antigo prédio Sede da Colônia de Blumenau (1875), Centro Histórico.

Para quem ainda não conheceu, este ensaio é composto por fotografias contemplativas feitas em diversos lugares do mundo. A fotografia contemplativa é aquela em que o autor fotografa os lugares numa atitude meditativa em que busca sair dos condicionamentos usuais do olhar, desvinculando-se assim das regras e padrões usuais.

Na exposição as imagens foram costuradas com haikais de Matsuo Bashô, poeta japonês do século XVII, considerado um dos maiores escritores daquele país. Os haikais são poemas curtos de 3 linhas, nos quais a primeira tem 5 sílabas, a segunda 7 e a terceira 5 novamente.

Veja abaixo algumas das imagens que serão exibidas. As fotografias estarão a venda. Para adquiri-las entre em contato.

ONDE:

Sala Roy Kellermann – Museu de Arte de Blumenau – Fundação Cultural de Blumenau, Rua XV de Novembro, 161 – Centro, Blumenau – SC

QUANDO:

Conversa com os artistas: 4 de julho às 19 horas.

Abertura das exposições: 4 de julho às 20 horas.

Visitação: De 5 de Julho a 25 de Agosto de 2019 – de terça-feira a domingo, das 10 às 16 horas.

CONTATO:

Visitas mediadas podem ser marcadas pelo telefone (47) 3381 6176.

Classificação indicativa de idade: Livre.

Entrada franca.

Exposição sobre a Expedição Pantanal 2019

Fomos convidados pelo SESC Santa Catarina para organizarmos uma exposição sobre a Expedição Pantanal que fizemos em Fevereiro deste ano. A exposição será em Junho nas unidades de Balneário Camboriú e Itajaí. Em breve, mais detalhes. Enquanto isso, vejam algumas fotos dos expedicionários que estiveram por lá conosco curtindo e fotografando a exuberante flora e fauna local e desfrutando da excelente estrutura do Hotel SESC Porto Cercado, às margens do Rio Cuiabá.

 

Veja como foi a Expedição Floripa 2019

Entre os dias 1º a 4 de maio Zé Paiva conduziu a 4ª edição da Expedição Fotográfica Floripa. Foram 4 dias de fortes emoções! Muitas fotografias entre trilhas, risadas e a saborosa culinária local!

No primeiro dia, depois de uma roda de conversa onde todos começaram a se conhecer, tivemos uma aula onde Zé Paiva falou sobre luz, composição, planejamento e mostrou um pouco do que faríamos nos próximos dias.

No segundo dia estavam todos de pé às 5h30 para fotografar a alvorada. O grupo desceu por uma trilha até a ponta norte da Praia Mole, onde há um promontório rochoso. Lá foram brindados com um crepúsculo repleto de cores. Depois de um reforçado desjejum a van levou-os até o centrinho da Lagoa da Conceição, onde pegaram o barco para a Costa da Lagoa. Este é um bairro muito pitoresco, onde só se chega por trilha ou barco.

No ponto 8 a turma desceu para fotografar um engenho de farinha secular, herança do imigrantes açorianos misturada com a cultura indígena da mandioca. Dali seguiram pela trilha, passando por muitos barcos, córregos, florestas até o casarão da Dona Loquinha, de 1790. Um pouco adiante chegaram à Praia Seca, onde além de embarcações de pesca e de passeio viram canoas de um pau só feitas de garapuvu (árvore símbolo de Floripa). Depois de um almoço com frutos do mar fresquinhos os expedicionários voltaram de barco. No final de tarde foram ao Parque do Rio Vermelho, fotografar nos trapiches às margens da lagoa.

Na sexta-feira depois do café da manhã o grupo foi fazer a trilha da Praia da Galheta, uma praia que está protegida como Monumento Natural Municipal e por isso não tem construções. O acesso é feito somente por trilha. Caminharam um pouco pela praia e depois pegaram outra trilha que sobe até o Mirante da Boa Vista. A subida é íngreme mas vale a pena pois a vista lá de cima é fantástica. Pode-se ver a Praia da Galheta, Mole, Joaquina, Lagoa da Conceição, Costa, Barra e o Parque do Rio Vermelho. Depois da trilha um peixe fresco com camarão e cervejinha na beira do canal foi a pedida para recuperar as energias. Final de tarde foi a vez do belíssimo Parque Municipal das Dunas da Lagoa da Conceição. Após o crepúsculo, uma aula de light painting, técnica na qual se ilumina o assunto com uma lanterna.

No quarto e último dia a turma madrugou para contemplar (e fotografar, claro) a aurora na pista de voo livre da Praia Mole, que fica na trilha para a Ponta do Gravatá. Valeu a pena, pois o astro rei deu novamente um show de luzes e cores. Depois seguiram até a ponta, passando por uma pequena praia e chegando ao costão. O Oceano Atlântico deu um show de força e energia enquanto os expedicionários fotografavam.

No final de 4 dias estavam todos cansados fisicamente mas nutridos pela energia da natureza e pela oportunidade de fotografar tantos lugares incríveis.

Trilha na Lagoinha do Leste

A praia da Lagoinha do Leste é uma das poucas em Florianópolis que não tem construções, pois fica dentro de um Parque Natural Municipal homônimo. Final de março fomos fazer a trilha da Lagoinha e Morro da Coroa. A última vez que havia feito a trilha fora em 2010, daquela vez sozinho. O Morro da Coroa eu nunca havia subido. Era um velho sonho que, graças ao convite do meu filho, o ilustrador Maurício Paiva, foi realizado.

A Lagoinha do Leste recebe esse nome porque tem uma pequena Lagoa que deságua no mar através de um braço de rio. O mar é forte e atrai muitos surfistas. Saímos do Pântano do Sul pela trilha mais curta – tem outra que sai da Praia do Matadeiro que vai pelo costão, mas é mais do dobro do percurso – e depois de subir e descer um morro, chegamos a praia num percurso de aproximadamente 45 minutos.

Após um descanso e muita água resolvemos encarar a trilha do Morro da Coroa e deixar o banho para o final, pois o sol já estava alto. A subida dessa vez foi mais desafiadora, mesmo assim o número de turistas subindo a trilha me surpreendeu. Alguns levando geladeiras portáteis naquela pirambeira! Lá no alto tinha até fila para fazer a famosa foto do pico do morro na pedra mais famosa. Só que na verdade existem inúmeras pedras que rendem uma boa foto!

Apesar do calor e da subida é uma trilha que recomendo em Floripa. Lembre-se de levar um cantil, um bom tênis, chapéu e sua câmera. Quanto mais cedo você começar melhor. Boa trilha!

Porém, essa é só uma das inúmeras maravilhas naturais que existem em Floripa. Já temos marcadas as datas para conferir as trilhas da Costa da Lagoa, da Praia da Galheta/Fortaleza da Barra, das Dunas da Lagoa da Conceição e da Praia do Gravatá. Será na Expedição Fotográfica Floripa, que acontecerá entre os dias 1º e 4 de maio. Você está super convidado! Essa viagem está confirmada e restam poucas vagas. Para conferir mais detalhes, clique aqui. Venha conosco conhecer os pontos mais fotogênicos dessa ilha mágica!

Festival de Fotografia Floripa na Foto

De 20 a 23 de março de 2019 aconteceu em Floripa a quinta edição do Festival Floripa na Foto. O evento buscou uma programação voltada para a fotografia como processo e reelaboração cultural humanizadora. Foram 15 exposições individuais e coletivas, 6 workshops, 10 palestras, lançamentos de livros, exibição de filmes e o Fórum Fotografia, Arte e Educação.

Este ano houve a participação de convidados renomados de todo Brasil e do exterior. Marcelo Greco, por exemplo, ministrou o workshop “Diários Fotográficos – Histórias pessoais em narrativas visuais” e discutiu o tema “Missões Fotográficas Francesas” na sua palestra. Outro convidado foi o fotógrafo Santiago Escobar-Jaramillo, da Colômbia, que ministrou o Workshop “Construção de Maquete de Fotolivro”, além de promover a palestra de abertura do Festival.

As atividades foram na sua maioria nas dependências do CIC Centro Integrado de Cultura, mas também houveram exposições em outros locais como Fundação Cultural BADESC, Museu Histórico de Santa Catarina, Centro Cultural da UFSC, etc. Duas exposições coletivas foram frutos de convocatórias: “Existiresistir” e “Vestiremos as cores que quisermos”. Tive a felicidade de ter duas fotografias da série “O Somsilêncio da Imagem” selecionadas para a primeira.

O evento foi organizado pela Duo Arte, NEFA Núcleo de Estudos em Fotografia e Arte, UDESC, CEART e LIFE Laboratório Interdisciplinar de Formação de Educadores. Veja aqui a programação completa das exposições.