GALERIAS

As fotografias desta galeria estão disponíveis para venda no formato “fine art” em tiragens limitadas, papel 100% algodão e pigmentos minerais.

Expedição Natureza Gaúcha

O projeto Expedição Natureza Gaúcha foi realizado em 2007 e resultou num livro e numa exposição com curadoria de Manuel da Costa que foram lançados em 2008 na Sala Arquipélago do Centro Cultural Erico Verissimo em Porto Alegre RS. As fotografias deste projeto estão disponíveis para venda no padrão fine art.

Expedição Natureza Tocantins

Este projeto foi desenvolvido entre 2010 e 2011. Resultou num livro e numa exposição com curadoria de Rosely Nakagawa, que foram lançados em 2012 no Palácio Araguaia, em Palmas, Tocantins. Em 2013 a exposição foi exibida no Canela Foto Workshops e saiu na revista da Gol.  Entre 2015 e 2016 circulou em 8 cidades catarinenses pelo SESC.

As fotografias desta galeria estão disponíveis para venda no formato “fine art” em tiragens limitadas, papel 100% algodão e pigmentos minerais.

Expedição Natureza da Ilha

O projeto “Expedição Natureza da Ilha” nasceu com o objetivo de mostrar em fotografias a natureza da Ilha de Santa Catarina, porção insular de Florianópolis (que representa 96,5% do território do município). Uma grande parte desta natureza está protegida pelas 16 unidades de conservação UCs públicas, entre parques, monumentos naturais, refúgios e outras.

Como resultado do projeto temos um livro impresso com capa dura e 144 páginas, uma exposição fotográfica, um hotsite e um livro eletrônico, em forma de PDF que você pode baixar gratuitamente.

Como resultado do projeto temos um livro impresso com capa dura e 144 páginas, uma exposição fotográfica, um hotsite e um livro eletrônico, em forma de PDF que você pode baixar gratuitamente. 

Saiba mais sobre o projeto acessando o hotsite.

As fotografias desta galeria estão disponíveis para venda no formato “fine art” em tiragens limitadas, papel 100% algodão e pigmentos minerais.

Bichos do Sul

Este projeto foi concebido em 2013 pelo fotógrafo Zé Paiva a convite de Valdemir Klamt, coordenador da área de educação do SESC SC. O conceito central da mostra, um antigo sonho de Zé Paiva, é proporcionar o conhecimento dos animais silvestres do sul do Brasil, principalmente para as crianças da rede escolar, público alvo da mostra.

A mostra é formada pelas doze fotos abaixo e mais seis painéis de textos com informações sobre os animais redigidos pela bióloga e escritora Márcia Riederer (autora do livro “Animais da nossa terra“). O próprio Zé fez a curadoria a partir do seu acervo. Esta exposição começou a circular pelo estado de Santa Catarina em 2014. Até agora já passou por 23 cidades e foi vista por quase 80 mil pessoas. 

Oscar Rivas é o autor do design gráfico da exposição. Cada um dos painéis de texto contém também uma frase do naturalista alemão Fritz Müller, que viveu no Brasil no século XIX. Esta exposição começou a circular pelo estado de Santa Catarina em 2014. Até agora já passou por 23 cidades e foi vista por quase 80 mil pessoas.

Veja aqui como foi a primeira exibição, em São Miguel do Oeste, e uma das mais recentes, em São João Batista.

As fotografias desta galeria estão disponíveis para venda no formato “fine art” em tiragens limitadas, papel 100% algodão e pigmentos minerais.

Iluminados

O projeto “Iluminados – personagens da Ilha de Santa Catarina” recebeu o Prêmio FUNARTE Marc Ferrez de Fotografia em 2012. Foi exibido em 2013 no Museu de Arte de Santa Catarina, em Florianópolis SC, com curadoria de Denise Camargo.

Veja o making of por Felipe Queriquelli.

© Todos os direitos reservados – Zé Paiva – 2025

Site desenvolvido por Matheus Pasinatto

pt_BRPT_BR
Expedição Natureza Santa Catarina

A fotografia de natureza é tão cheia de armadilhas quanto a própria.

A paisagem em si traz as belezas ordenadas de tal forma que o fotógrafo dificilmente escapa de imagens comuns. A natureza sempre o supera.

Entrar nesta paisagem e se tornar parte dela é a solução para compreendê-la melhor  e poder retratá-la como alguma coisa nova.

José Paiva então surge do meio das matas, rios, pedras, pronto: o fotógrafo virou planta, ou pedra ou rio; um pequeno inseto, uma flor microscópica.

Fazer parte dela: é esse o segredo de sobreviver e continuar ao seu lado.

Rosely Nakagawa

Expedição Natureza Gaúcha

Há inúmeras maneiras de  manifestar preocupação com a natureza do planeta e com nosso futuro. O  fotógrafo Zé Paiva transformou sua inquietude em um  projeto documental que alia arte e ciência.

Gaúcho radicado em  Santa Catarina, Paiva percorreu todas as unidades de conservação de  proteção integral do Rio Grande do Sul, coletando material para o livro  Expedição Natureza Gaúcha, que foi lançado com uma  mostra fotográfica no dia 5 de agosto de 2008 no Centro Cultural CEEE Erico Verissimo, em Porto Alegre. A exposição contou com curadoria do fotógrafo Manuel da Costa e foi uma grande instalação com painéis  distribuídos sobre um fundo azul esverdeado, causando um efeito  diferenciado com o devido valor ao objeto principal da mostra: as  fotografias.

No prefácio do livro, o doutor em Ecologia da paisagem Rualdo Menegat sintetiza: “A incursão de Zé Paiva é  uma busca instigante da natureza recôndita, aquela que ainda está de  alguma forma guardada em parques e áreas de preservação. É um modo sutil  de anunciar o pouco que resta e o tanto que perdemos ou que ainda podemos  perder. Por ser fruto de um viajante que segue os passos da cognição  naturalista, a obra tem perspectiva, tem posição: a de mostrar em cada  flagrante como a natureza é bela e diversa na sua própria naturalidade,  isto é, para além dos clichês habituais que porventura aprisionam as  múltiplas paisagens de nosso estado”.

Zé Paiva faz o registro da  diversidade da fauna e flora,terrestre e aquática, numa profusão de  planícies, montanhas, rios, praias,aves, mamíferos e outros tantos  animais. O fotógrafo explica que o projeto Expedição Natureza busca redesenhar a ecologia dos Estados brasileiros e chamar a  atenção da sociedade para as questões ecológicas antes que seja muito tarde. “Minha inspiração é a sabedoria de mestres naturalistas como Fritz Müller, Carl Friedrich von Martius e Padre Balduíno Rambo, que olhavam o evento científico aglutinado a uma compreensão, sensibilidade e qualidade artística. A busca desse olhar traduz uma nova possibilidade de  sensibilização da sociedade contemporânea para as questões  ambientais.

Pioneiro, o projeto é o primeiro a documentar com tal  cuidado e amplitude as áreas de proteção ambiental do Brasil. Enfrentando frio, chuva, calor intenso e adversidades que vão além das forças da natureza – como o sumiço e o  resgate de seu laptop -, Zé Paiva e seu assistente percorreram, de julho a  dezembro de 2007, boa parte do território gaúcho para fotografar a natureza local e o relacionamento do homem com os ecossistemas.

Além de 23 unidades de  conservação administradas pela Sema – RS, o projeto percorreu áreas  protegidas sob a responsabilidade do Governo Federal. As viagens foram  divididas em três expedições: a primeira passou pela planície litorânea,  percorrendo o litoral de Torres ao Chuí e voltando pela margem oeste da  Lagoa Mirim e Laguna dos Patos, explorando diversas unidades de  conservação tais como o Parque Nacional da Lagoa do Peixe e a Estação  Ecológica do Taim, entre outras. Na segunda expedição foi documentado o  planalto gaúcho; cobrindo a Reserva Biológica Estadual da Serra Geral,  Estação Ecológica Estadual de Aratinga, Parque Estadual de Tainhas, Parque  Nacional da Serra Geral, Parque Nacional dos Aparados da Serra, São José  dos Ausentes e o Parque Estadual de Ibitiriá. A terceira foi pela campanha  gaúcha. Iniciou na Serra do Sudeste, em Caçapava do Sul, seguiu pela  Depressão Periférica até chegar aos Campos Sulinos, subiu o Rio Uruguai e  terminou nas Missões.

Rejane Martins

Expedição Natureza Tocantins

A imagem da paisagem era, até o século XIX, uma espécie de síntese das relações entre um conjunto de determinantes biofísicas e a ação do homem organizado em sociedades portadoras de uma historicidade, de uma cultura, de uma evolução tecnológica.

Quase sempre enquadrada por uma sociedade rural e tradicional, a pintura das paisagens nos devolvia- a segurança de um saber estável, coerente, reconhecível e em equilíbrio duradouro .

Com a fotografia, o registro da paisagem foi transformado em reconhecimento das marcas do tempo, das construções relevantes da história, do levantamento dos recursos materiais.

Nos últimos anos, conhecemos transformações profundas e radicais: a urbanização violenta, territórios devastados, regiões em risco, paisagens transformadas.

O papel do fotógrafo também mudou radicalmente. Do levantamento das riquezas, ele passa a denunciar a desconstrução da paisagem como ameaça à civilização e à cultura.

Zé Paiva, um caçador de imagens, transforma a paisagem em imagens de grande força e beleza. Mostra a paisagem como objeto de contemplação sem deixar de mostrar a ação do homem e a necessidade de equilíbrio.

A Expedição Natureza Tocantins mostra o desafio desta convivência delicada entre ações e contradições , entre a força e a delicadeza, numa luta constante do homem consigo mesmo numa paisagem deslumbrante em permanente mutação.

Rosely Nakagawa

Expedição Natureza da ilha

Foram 220 quilômetros caminhando por trilhas com pesadas mochilas, 60 quilômetros remando uma canoa canadense e mais de 1.800 quilômetros de carro, para respirar todos os recantos da ilha. Entrei em florestas, atravessei dunas, restingas e lagoas, cruzei manguezais e costões. Para ter uma visão de pássaro, fiz 43 trilhas aéreas usando um drone, num total de 121 quilômetros. A visão da Ilha do alto é impressionante. Um misto de adrenalina com maravilhamento. Ver a paisagem de uma ângulo inusual nos dá uma ideia da grandiosidade da natureza e ao mesmo tempo do impacto que causamos. Foram 11.750 fotografias feitas durante 7 meses de trabalho de campo.

Zé Paiva

Bichos do Sul

Até a Renascença muitos cientistas eram também artistas e vice-versa. Um exemplo bem conhecido foi Leonardo Da Vinci (1452 – 1519), misto de cientista, matemático, engenheiro, inventor, anatomista, pintor, escultor, arquiteto, botânico, poeta e músico. Principalmente depois da Revolução Industrial, a sociedade partiu para um crescente processo de especialização e assim a ciência e a arte foram dissociando-se.

Nesta exposição buscamos aglutinar a arte da fotografia ao conhecimento científico sobre os animais retratados. Para tanto buscamos inspiração no naturalista alemão Fritz Müller, que além de cientista era poeta, filósofo, professor, médico, agricultor e exímio desenhista.

No Brasil conhecemos mais animais africanos do que os nativos do nosso país. Esta mostra busca preencher um pouco essa lacuna exibindo animais da região sul: alguns raros, outros mais comuns, alguns ameaçados de extinção, outros não, uns mais conhecidos, outros menos, mas todos capazes de cativar nossa simpatia.

Todos os animais fazem parte de uma imensa teia chamada natureza, que não é algo dissociado do nosso mundo, sejamos urbanos ou não. Pelo contrário, todo equilíbrio da vida na Terra depende da natureza, pois tudo no planeta está interconectado. A isso chamamos ecologia, do latim oikos – casa e logos – estudociência que estuda as interações entre os organismos e seu ambiente.

Cada animal, desde a enorme baleia, até a pequena formiga, tem seu papel nessa teia da vida. Desse equilíbrio depende nossa sobrevivência no planeta, pois para que a vida seja possível precisamos de água, de ar, de alimentos. Nós também temos um lugar nessa teia da vida, em todas as atitudes do nosso dia-a-dia. É premente que tomemos consciência do nosso papel nesse cenário e não vejamos a natureza como algo distante e belo para ser somente apreciado.

Zé Paiva

Iluminados

Foi o exercício do autorretrato que fez este Iluminados de Zé Paiva brotar. Da pose para si mesmo, ele se levanta de uma cadeira – que foi de sua bisavó – para fotografar estes que, como ele, são personagens da Ilha de Santa Catarina. Afinal, este gaúcho leva trinta anos em terras catarinenses e já compartilha, mesmo, de um saber local.

Zé Paiva compõe com rastros de luz. São eles que iluminam as histórias destes homens e mulheres marcados por seus ofícios. Extáticos durante o tempo necessário, eles se deixam retratar. Ou seja, vão todos embrenhados e cúmplices na temporalidade da fotografia com luz de lanterna.

Personagem e fotógrafo se revezam, assim, no lance das pinceladas que compõem uma pintura delicada, mistura de técnica e expressividade. E, entre poses e cenários, ressaltam a natureza das pessoas e de suas coisas.

Propõem um justo jogo entre objetividade e subjetividade, no limite entre documento e ficção. São heranças indígenas aprendidas pelos imigrantes açorianos, como a tecnologia da farinha de mandioca e o feitio da canoa de um pau só, entalhada na madeira de garapuvu, árvore símbolo de Florianópolis – uma verdadeira engenharia caiçara. 

Zé Paiva, que trocou a engenharia pela fotografia, escava imaginários de músicos, cozinheiras, artesãos, pescadores, benzedeiras e os sintetiza em imagem única; revela uma paisagem para seus olhos e a oferece aos nossos.

Ele desbrava a paisagem-pose de seus retratados, tão simples quanto os chinelinhos que calçam, tão dignos quanto a firmeza dos pés trabalhados na lida, tão potentes quanto as mãos que construíram histórias e identidades.

Esta fotografia de Zé Paiva não é apenas para mera contemplação. Ela traz um patrimônio a preservar. Participar desta colheita, que, de mais a mais, lhe rendeu o XII Prêmio Funarte Marc Ferrez de Fotografia 2012, é um prazer que agradeço a este fotógrafo luminoso.

Denise Camargo, curadora

outono de 2013

O Somsilencio da Imagem

“O olho colhe o que a mão não”, escreveu o poeta Ronald Augusto. O fotógrafo Zé Paiva colhe a natureza para preservar o que a mão talvez não conseguiria. Estas imagens da natureza, ainda que não sejam a natureza, mas uma representação dela, são resultados de uma colheita.

Os haikais – a mínima expressão que condensa o máximo do que o olho colhe – não estão aqui com a função de legenda, nem mesmo como ilustração, mas sim, para lembrar a relação do fotógrafo com a contemplação da natureza e com a sua formação de leitor – ler também é contemplar.

Cada detalhe destas representações de paisagens tem a máxima expressão do silêncio. O movimento das exposições prolongadas produzem sons, porque enxergamos o movimento, e esse, remete ao seu ruído arquetípico.

O silêncio absoluto é insuportável. Por isso, há som no silêncio das imagens. Contemplem, então, estas imagens, lendo e ouvindo todo o somsilêncio contido nelas.

Fábio Brüggemann

Assine a newsletter do Zé Paiva e fique sabendo de todas as novidades!

Preencha seus dados para finalizar a inscrição na newsletter