Depois de muitos adiamentos devido a pandemia de COVID19 finalmente saiu a tão esperada III Expedição Fotográfica Santuário das Aves. Foram 12 expedicionários de 4 estados diferentes: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo. Nos encontramos em Tavares RS onde começou a nossa aventura.
No primeiro dia nos reunimos no hotel para uma roda de conversa. A apresentação aconteceu numa “dinâmica da teia”, na qual todos se conectaram com o grupo que acabara de ser formado. Depois disso o fotógrafo Zé Paiva explicou como seria a programação e deu algumas dicas de fotografia de natureza, especialmente de animais.

No segundo dia o grupo saiu cedinho depois do café da manhã para o Parque Nacional da Lagoa do Peixe, pela Trilha do Talha-Mar, em veículos 4×4. Atravessou a Lagoa do Peixe, as dunas e chegou na praia oceânica. Uma parada em ranchos de pesca abandonados rendeu muitas fotos. Os expedicionários então seguiram pela praia até o Farol Mostardas e depois até a Barra da Lagoa do Peixe, sempre com muitas paradas para fotografias. Na Barra uma ótima surpresa: um grupo de elegantes flamingos estava lá esperando! Dali seguiram para um sítio onde foram recebidos com um almoço campeiro feito no fogão a lenha. Depois do almoço foram pelas margens da Lagoa dos Patos até o centenário Farol Capão da Marca.









No terceiro dia os expedicionários saíram novamente depois do café da manhã em direção a São José do Norte, no extremo sul da península. No caminho pararam na Praia do Barranco, um povoado de pescadores. O tempo estava inclemente – uma garoa com muito vento – mas mesmo assim os eles não se intimidaram. Montaram seus tripés na varanda de um restaurante fechado e começaram a clicar. Logo em seguida a chuva parou e o grupo ficou duas horas fotografando o lugar. A seguir foram até a Praia de São José do Norte, onde almoçaram frutos do mar fresquinhos. Dali sairam rumo aos Molhes Leste, onde fica o Refúgio de Vida Silvestre, lar de uma colônia de leões-marinhos. Depois de uma caminhada pelos molhes os expedicionários entraram em contato com esse extraordinário animal. Os leões-marinhos podem chegar a mais de 300 kg mas são muito dóceis, assim tornam-se uma alvo fácil para os fotógrafos.






No quarto dia alguns expedicionários mais destemidos acordaram cedo para ver o sol nascer na Trilha da Figueira, dentro do Parque Nacional da Lagoa do Peixe. Bem dizem que Deus ajuda quem madruga: o sol deu o ar da graça e proporcionou belos momentos de luz. Mais tarde, depois do café da manhã, o grupo rumou para a Lagoa dos Patos e foi pela margem no sentido norte, até o velho Farol Cristóvão Pereira. Muitas aves e muitas fotos depois o grupo foi para Mostardas onde visitaram o ateliê do artista Eloir Silva, que faz belas miniaturas de aves da região (e de outros lugares do mundo também). A tarde seguiram pela praia oceânica até o esqueleto de um barco naufragado.






A grande lição da viagem foi sair da zona de conforto. Costumamos lamentar quando o dia não está ensolarado e o céu azul. Mas este grupo descobriu que mesmo com um clima desfavorável, com chuva e vento, pode-se fazer imagens instigantes, talvez menos previsíveis que num dia de sol. Em breve um post com as fotos dos expedicionários!
Bom artigo, claro e objetivo!
Grato Manuel!