Zé Paiva expõe no MASC e no SESC

O fotógrafo Zé Paiva começa o ano expondo no MASC Museu de Arte de Santa Catarina e no SESC Palhoça, que foi inaugurado ontem.

Exposição "Florianópolis através da arte" no MASC.
Exposição “Florianópolis através da arte” no MASC.

No MASC Paiva participa, juntamente com outros 22 artistas, da exposição coletiva “Florianópolis através da arte”, que conta com grandes nomes da arte brasileira, como Martinho de Haro, Meyer Filho, Janga, Pléticos entre outros. A obra de Zé Paiva é a fotografia preto e branco “Cavalete na Praia”, que fez parte da exposição “Praia do Moçambique”, exibida no MASC em 1991 (na época da gestão do saudoso Harry Laus).

Florianopolis, Santa Catarina - foto de Ze Paiva - Vista Imagens

“Os artistas que integram a exposição têm visões particulares e o que se observa é o desvelo com que realizaram suas obras, paixão à primeira vista pela cidade, que, por isso mesmo, exime o senso crítico”, explica o curador da mostra Jairo Schmidt.

No SESC de Palhoça, inaugurado ontem, dia 25 de janeiro, Paiva mostra a exposição Bichos do Sul, que já percorreu 10 cidades catarinenses e foi vista por mais de 40 mil pessoas (veja o link para mais detalhes).  O novo SESC é a 27º unidade de Santa Catarina, tem 7 mil metros quadrados e foram investidos R$ 11,5 milhões. Este ano a mostra Bichos do Sul vai ser exibida nos municípios de Itajaí, Florianópolis, Urubici, Balneário Camboriú e Joaçaba.

Mostra Bichos do Sul no SESC Palhoça SC.

MOSTRA BICHOS DO SUL FOI VISTA POR MAIS DE 40 MIL

A mostra fotográfica Bichos do Sul, realizada em parceria com o SESC Santa Catarina, já foi exibida em dez cidades catarinenses e até agora já foi vista por 41.166 visitantes. Este ano ela vai circular por Palhoça, Itajaí, Urubici, Balneário Camboriú e Joaçaba.

Este projeto foi concebido pelo fotógrafo Zé Paiva a convite de Valdemir Klamt, coordenador da área de educação do SESC SC. O conceito central da mostra é proporcionar o conhecimento dos animais silvestres do sul do Brasil principalmente para as crianças da rede escolar, público alvo da mostra.

A mostra é formada pelas doze fotos abaixo e mais seis painéis de textos com informações sobre os animais escritos pela bióloga e escritora Márcia Riederer (autora do livro “Animais da nossa terra“). Cada um dos painéis de texto contém também uma frase do naturalista alemão Fritz Müller, que viveu no Brasil no século XIX.

Confira abaixo as fotos e o texto de apresentação do autor e curador Zé Paiva.

Segunda feira 25/01/2016 a mostra poderá ser vista na inauguração do SESC Palhoça em Santa Catarina à partir das 20 horas.

Até a Renascença muitos cientistas eram também artistas e vice-versa. Um exemplo bem conhecido foi Leonardo Da Vinci (1452 – 1519), misto de cientista, matemático, engenheiro, inventor, anatomista, pintor, escultor, arquiteto, botânico, poeta e músico. Principalmente depois da Revolução Industrial, a sociedade partiu para um crescente processo de especialização e assim a ciência e a arte foram dissociando-se.

Nesta exposição buscamos aglutinar a arte da fotografia ao conhecimento cientifico sobre os animais retratados. Para tanto buscamos inspiração no naturalista alemão Fritz Müller, que além de cientista era poeta, filósofo, professor, médico, agricultor e exímio desenhista.

No Brasil conhecemos mais animais africanos do que os nativos do nosso país. Esta mostra busca preencher um pouco essa lacuna exibindo animais da região sul: alguns raros, outros mais comuns, alguns ameaçados de extinção, outros não, uns mais conhecidos, outros menos, mas todos capazes de cativar nossa simpatia.

Todos os animais fazem parte de uma imensa teia chamada natureza, que não é algo dissociado do nosso mundo, sejamos urbanos ou não. Pelo contrário, todo equilíbrio da vida na Terra depende da natureza, pois tudo no planeta está interconectado. A isso chamamos ecologia, do latim oikos – casa e logos – estudo, ciência que estuda as interações entre os organismos e seu ambiente.

Cada animal, desde a enorme baleia, até a pequena formiga, tem seu papel nessa teia da vida. Desse equilíbrio depende nossa sobrevivência no planeta, pois para que a vida seja possível precisamos de água, de ar, de alimentos. Nós também temos um lugar nessa teia da vida, em todas as atitudes do nosso dia-a-dia. É premente que tomemos consciência do nosso papel nesse cenário e não vejamos a natureza como algo distante e belo para ser somente apreciado.

Zé Paiva

Texto de apresentação da exposição Bichos do Sul escrito em fevereiro de 2014