O Parque do Rio Vermelho está localizado em Florianópolis, na Ilha de Santa Catarina, entre a Barra da Lagoa e os Ingleses. Protege uma das poucas praias desertas da ilha, a do Moçambique. Deserta no sentido de que não tem construções, pois está dentro de um parque. Durante muito tempo este parque se chamava Parque Florestal do Rio Vermelho, e era administrado pela CIDASC, um orgão do governo ligado aos agronegócios. Isso talvez explique porque a área serviu, há alguma décadas, para um experimento de plantio de pinus (pinheiro americano) e eucaliptos. Na época a vegetação nativa da planície, chamada de restinga, foi suprimida e foram plantados milhares de árvores exóticas dos EUA e da Austrália. Graças a isso o local foi transformado num parque. O pinus, além de ser exótico e não deixar crescer nada embaixo, ainda por cima é considerado o maior contaminante biológico do planeta, pois suas sementes se espalham num raio de mais de quinze quilômetros. Aqui na ilha, por exemplo, elas chegam a voar até as dunas da Lagoa da Conceição, que também estão dentro de um parque, e crescer no meio da areia. Muito recentemente o Parque do Rio Vermelho foi transformado num parque estadual, para enquadrar-se no SNUC e no SEUC, sistemas nacionais e estaduais de unidades de conservação, que regulamentam a proteção das áreas naturais em Santa Catarina. Agora o Parque Estadual do Rio Vermelho, PERV, é administrado pela FATMA, Fundação do Meio Ambiente de Santa Catarina.

O Instituto Lagoa Viva, uma ONG de Florianópolis, aprovou no Ministério do Meio Ambiente um projeto para realizar um diagnóstico e uma proposta de zoneamento desta unidade de conservação, que vai, entre outras coisas, estudar como substituir os pinus e eucaliptos pela vegetação nativa. Sou colaborador voluntário deste projeto, que é coordenado pelo Professor Francisco Ferreira,do Grupo Interdisciplinar de Pesquisa em Ecologia e Desenho Urbano da Universidade Federal de Santa Catarina (Gipedu). Recentemente fiz algumas fotos aéreas do parque que foram usadas no segundo número do informativo deste projeto, que acaba de sair. O projeto gráfico e direção de arte é do meu filho, Maurício Paiva.

lindas fotos, Zé! muito lindas!
Gracias Clô! Muchas gracias!
Olá, Zé Paiva, tudo bem?
Meu nome é Patrícia Padilha e sou editora da Revista MotorHome.
Vi no site viajeaqui que você fez uma viagem de motorhome com seu filho pela Austrália e adorei seu relato da mesma. Gostaria que você me passasse um email para que possamos combinar uma possível publicação de uma parte dessa maravilhosa aventura.
Aguardo um retorno seu.
Agradeço desde já e parabéns pelas belíssimas fotos!
Abraços!
Patrícia Padilha
Revista MotorHome
(47) 3264.8687
vlw pelo marketing ai, zezon.
e ja te falei neh. as fotos taum cabrerozas.
abraço
Estava caminhando pelo parque no lado da praia e notei que as arvores estavam marcadas de preto, mostrando que um fogo ou incendio havia acontecido ali. Tambem haviam areas que tinham sido completamente desmatadas. O que aconteceu e esta acontecendo no Parque? Ele esta sob perigo?
oi Carolina. Já houveram muitos incêndios no Parque, as marcas podem ser disso. Atualmente o Parque está regulamentado e sob a administração da FATMA, acredito que está mais seguro do que antes. Houve uma época, um pouco antes da regulamentação, que uma empresa estava cortando os pinus de algumas parcelas. Hoje está processo está suspenso, mas futuramente todo os pinus devem ser retirados para a reintrodução da vegetação nativa.
Há um longo trabalho a ser feito no Parque do Rio Vermelho. Acabar com o pinus na região é tarefa para algumas décadas de trabalho. E eu estou disposto a ajudar. Procurei o Instituto Lagoa Viva na internet, mas não encontrei. Você poderia divulgar os meios de contato com essa ONG, Zé Paiva?
Muito obrigado e parabéns pelas fotos e pelo blog!
oi Hélder. Entre em contato com o professor Francisco da UFSC, ele coordena o projeto do Parque. No próprio post tem um link do site do projeto. Acho que ainda vai demorar mesmo pra começor o manejo do pinus, mas fale com ele. Grato pela visita e pelo comentário!