PROJETO EXPEDIÇÃO NATUREZA DA ILHA

Estamos em fase de captação de um novo projeto: Expedição Natureza da Ilha, que vai resultar num livro (o quarto da série Expedições), numa exposição itinerante, palestras, oficinas, e-book e um hotsite. Veja aqui abaixo um resumo do projeto e como apoia-lo.

Se você preferir pode baixar o PDF desse portfólio. Qualquer dúvida não hesite em entrar em contato conosco. Teremos o maior prazer em esclarecer.

Banhado dos Pachecos

O Refúgio de Vida Silvestre Banhado dos Pachecos é uma unidade de conservação criada em 2002 pelo Governo do Estado do Rio Grande do Sul. Está situada no município de Viamão, dentro do bioma Pampa, e tem 2.560 hectares. Entre os seus objetivos está proteger as nascentes do Rio Gravataí e proteger a flora e a fauna local, em especial o cervo-do-pantanal, um animal ameaçado de extinção e o maior cervídio da América do Sul. Aliás, lá é o único lugar do estado onde ele pode ser encontrado.

A situação desta unidade é muito interessante e peculiar. Em 1998 foi criada a APA Área de Proteção Ambiental Banhado Grande, uma área de 133 mil hectares espalhada por quatro municípios: Glorinha, Gravataí, Santo Antônio da Patrulha e Viamão. Nasceu com o objetivo de proteger os banhados que formam o Rio Gravataí, entre eles o Banhado dos Pachecos.

Alguns meses depois foi criado, dentro dessa APA, o maior assentamento do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) do Rio Grande do Sul, chamado Filhos de Sepé, com uma área de 9.450 hectares, que abrigam 376 famílias. Hoje em dia o assentamento é um dos maiores produtores de arroz orgânico da América do Sul. Finalmente em 2002 foi criado o Refúgio Banhado dos Pachecos, dentro do assentamento.

Durante os anos de 2020 e 2021 fiz algumas saídas na região para contar um pouco dessa história com fotografias. Veja aqui o post sobre o Filhos de Sepé. Neste post vou mostrar um pouco da fauna e da flora do Refúgio. Ainda não encontrei pessoalmente a maior atração do Refúgio, o cervo-do-pantanal, mas ainda não desisti.

Natureza Serrana

Este é o nome da exposição idealizada e executada pela ONG ambientalista Instituto Serrano com patrocínio da Fundação Boticário. A coordenação geral é de Jordan Wallauer e a direção de arte é do meu amigo Juan Rivas, designer e fotógrafo uruguaio radicado há muitos anos no Brasil e dono do fantástico Refúgio de Montanha Rio Canoas em Urubici, onde também é a sede do Instituto. Cedi algumas imagens para este trabalho e ainda não vi pessoalmente mas pelas fotos o resultado ficou excelente.

A proposta é mostrar os ecossistemas da região serrana do sul do Brasil de uma forma multimídia, integrando imagens, textos, vídeos e instalações. Uma prova de que arte e ciência juntas podem proporcionar uma experiência sensorial mais completa e sensibilizar o público de outras formas que as convencionais. Abaixo algumas fotos e um texto extraído do site do Instituto.
araucaria

“O acervo da Exposição Natureza Serrana é constituído por fotografias de paisagens, de formações geológicas, da vegetação e da fauna dos ambientes serranos do Sul do Brasil. Também são expostas amostras de rochas, de fósseis, de plantas e de animais, em especial uma secção de tronco de araucária preparado para possibilitar a identificação da idade da árvore e algumas peculiaridades de sua história de vida, e um ninho de ema ou ñandú. Aquários fazem parte de um experimento utilizado para demonstrar como os aqüíferos subterrâneos armazenam água; e da exposição de um perfil vertical de uma turfeira para explicar como, através de seu estudo microscópico, pode-se saber como era o clima da região em épocas passadas (desde 10.000 anos). Duas telas de cristal líquido (LCD) apresentam slides shows sobre aves dos ambientes serranos e sobre o Calendário Cósmico, uma condensação de 13 bilhões de anos em apenas 365 dias, proposta pelo astrônomo norte-americano Carl Sagan, livremente adaptada para a nossa realidade.”
foto de puma

fosseis

aquiferos