No final de fevereiro estive por uma semana no Pantanal de Poconé, Mato Grosso, conduzindo um grupo de 16 pessoas na primeira Expedição Fotográfica Pantanal, em parceria com o SESC SC. Ficamos hospedados no Hotel SESC Porto Cercado, às margens do Rio Cuiabá.
PRIMEIRO DIA
Já começamos com um passeio ao alvorecer. Às cinco da manhã já estávamos todos a postos no barco para nossa primeira aventura. Esse horário além de proporcionar a experiência de ver a aurora dentro do rio, é quando muitos animais estão em plena atividade começando o dia, principalmente as aves. Voltamos para o café da manhã no hotel, que diga-se de passagem, além de ter uma estrutura fantástica tem um excelente restaurante!
Após o café saímos novamente de barco até a casa do Seu Dito Verde, um pantaneiro ribeirinho de cerca de setenta anos que nasceu e viveu sempre às margens do Rio Cuiabá numa casa de pau-a-pique. Lá ele contou um pouco da sua vida e tocou viola de cocho, um instrumento típico da região. A tarde visitamos o Centro de Interpretação Ambiental do hotel, onde fomos recebidos pela Alessandra que nos contou um pouco da história natural da região e falou sobre a Reserva do SESC vizinha ao hotel, a maior reserva particular do Brasil. Terminamos o dia visitando o borboletário, onde são criadas dezenas de espécies de borboletas em cativeiro.
SEGUNDO DIA
Saímos cedinho num caminhão safari (aquele com bancos e toldo na carroceria) para a Transpantaneira, uma estrada de terra que liga Poconé a Porto Jofre atravessando o Pantanal. A tarde saímos novamente de barco para o Corixo do Moquem, um canal que na época das cheias (que vai de novembro a maio) dá vazão as águas dos campos.
TERCEIRO DIA
Fomos visitar uma chácara de um pantaneiro vaqueiro, Seu Jorge. No caminho vimos a triste realidade dos garimpos de ouro, a principal atividade econômica da região. Ela tem um impacto ambiental enorme, pois remove grandes quantidade de terra deixando crateras e usa mercúrio no processo de extração.
Seu Jorge nos contou do seu trabalho com o gado e outras curiosidades. Depois tocou violão e cantou junto com a esposa. Ainda provamos uma pinga com ervas medicinais produzida por ele. A tarde fomos na Trilha do Tatu, onde chegamos de barco para depois caminhar cerca de 1500 metros em uma passarela suspensa sobre o terreno alagado. No final, um mirante de onde tivemos uma bela vista das copas da árvores e do Rio Cuiabá. Para fechar o dia saímos a noite de barco para uma atividade chamada de focagem noturna, onde o guia direciona um potente farol para localizar animais. Vimos alguns jacarés mas a grande vedete da noite foi um ouriço-caixeiro.
QUARTO DIA
Tivemos o dia livre e a turma pode aproveitar as delicias do Spa que há no hotel. Sem dúvida vale muito a pena conhecer o Pantanal, um lugar onde a natureza ainda pulsa.
