Ciclo das águas

Está saindo pela Editora Escrituras, com fotos minhas, o calendário de mesa Ciclo das águas – dentro da série Maravilhas do Brasil. O tema foi uma sugestão minha e os textos e concepção são de Raimundo Gadelha, editor da Escrituras. As imagens são de vários estados brasileiros de diferentes parques e reservas: Taim, Aparados, Araguaia, Quiriri, Ilha dos Lobos, Lagoa do Peixe, Lagoa dos Patos, Serra Geral, Tainhas, Ibirapuitã, Itapuã e Vale da Lua. Elas mostram diferentes aspectos do elemento água, tão essencial para a vida na Terra. Rios, cachoeiras, chuva, mar, córregos, lagoas, lagos e lagunas.

“No jorrar de um novo tempo em que a vida ressurge com vigor e exuberância, o desejo de que os fluidos purificadores do Ciclo das águas derramem sobre a Terra um dilúvio de amor e paz tão necessários à nossa humanidade.” Raimundo Gadelha

Vejam abaixo as imagens:

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Natureza Gaúcha no Ipad

O livro  Expedição – Natureza Gaúcha do fotógrafo Zé Paiva vai ganhar uma versão para iPad. Lançado originalmente em 2008, o livro traz imagens da fauna e flora gaúcha registradas sob o olhar poético do fotógrafo. Paiva percorreu mais de cinco mil quilômetros do território rio-grandense para extrair o que há de mais peculiar do pampa ao litoral, da serra às planícies.

Para fazer a transição para o novo formato ele conta com o apoio do fotógrafo André Nery, um dos primeiros a trabalhar com essa nova tecnologia. “ Com essa ferramenta, além de incluir fotos que ficaram de fora da versão impressa, vamos poder trazer outros elementos, como vídeos e imagens em 360º ”, explica André. Esse material complementar vai ser produzido até o final do ano.

Ambos acreditam muito no potencial dessa nova forma de mídia, tanto pela interatividade como pelo alcance global. “Estou muito empolgado com as novas possibilidades que podem se abrir ”, afirma Zé Paiva.

A versão para iPad será bilíngue e tem lançamento previsto para o primeiro semestre de 2012 na loja do iTunes.

Paraísos Naturais

Na última sexta-feira dia 5 de agosto de 2011, na sede da Federação das Indústrias de Santa Catarina, em Florianópolis, foi lançado o livro Paraísos Naturais da Região Sul. A obra mostra imagens de quinze unidades de conservação da região sul do Brasil, entre parques nacionais, estaduais e uma reserva biológica, através do olhar de três fotógrafos, Zig Koch, Eduardo Tavares e eu, com fotos adicionais de Edson Junkes e João Paulo Cauduro Filho.

O livro foi publicado pela Editora Expressão, com coordenação da jornalista Débora Horn e direção de arte de Luiz Acácio de Souza. O lançamento aconteceu durante o Forum de Gestão Sustentável, organizado pela mesma editora, onde foram entregues os Prêmios Expressão de Ecologia, o que acontece a quase vinte anos.

Abaixo vocês podem conferir algumas das minhas fotos que participaram do livro, inclusive a capa.

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somos estrelas

“Este é um livro que pretende unir a ciência ao sagrado”. Assim inicia o “Somos Terra”, lançado pela Editora Auana. Este livro é resultado de um projeto concebido pela escritora Ana Augusta Rocha, com o intuito de trazer para crianças e jovens a consciência de que somos parte indissociável do Planeta. Além do livro, o projeto apresenta, até 31 de agosto, uma exposição interativa, idealizada pelo arquiteto e cenógrafo croata Marko Brajovic no espaço da UMAPAZ, no Parque do Ibirapuera.

Tive a felicidade de participar desse projeto inovador com a foto abaixo, que faz parte do capítulo “a teia da vida”.

Só pra dar um gostinho, transcrevo abaixo um trecho do excelente texto de Ana Augusta:

“Precisamos nos lembrar de nunca esquecer. Tudo neste planeta, eu , você, todas as vidas, tem como origem as estrelas. Nós somos partículas de estrelas que um dia brilharam no céu, que depois formaram a Terra e que criaram a vida. Por mais estranho que possa parecer, somos estrelas. Feitas para brilhar.”

FestFotoPoa 2011

Começou no dia 6 de abril e vai até 1 de maio a quinta edição do FestFotoPoa. O festival  abriu com uma grande exposição retrospectiva do fotógrafo homenageado Luiz Carlos Felizardo. Felizardo ficou conhecido pela sua versatilidade, pois tanto fotografou paisagens sublimes, detalhes arquitetônicos e abstrações em câmeras de formato grande, 4×5 e até 8×10 polegadas, quanto fez cliques voeyrísticos em suas viagens com uma pequena Leica 35mm, sempre em preto&branco. No segundo dia do festival foi lançado um livro também retrospectivo sobre a obra de Felizardo, homenagens mais do que merecidos por este grande fotógrafo.

Apesar de ser conterrâneo meu, ele também nasceu em Porto Alegre, só o conheci pessoalmente em 2004, quando participamos juntos com outros 43 fotógrafos do projeto SP 450 anos em 24 horas, dos irmão Eduardo e Fernando Bueno. O projeto consistia em fotografar um tema sorteado para cada fotógrafo durante as 24 horas do dia do aniversário de 450 anos de São Paulo. Lembro que estávamos todos os fotógrafos hospedados no velho hotel Othon Palace, no centro histórico de São Paulo. O sorteio foi na sexta -feira a noite e eu estava ao lado do Felizardo assistindo. Quando sortearam o tema dele: morrer em São Paulo, ele virou pra mim com uma cara de perplexidade (deve ter imaginado alguma cena de crime), e eu imediatamente reagi dizendo que haviam belos cemitérios em São Paulo. Seu semblante imediatamente iluminou-se. Uma das fotos deste ensaio, Cemitério São Luiz, está na exposição e no livro do FestFoto.

Alguns anos depois, quando lancei meu livro Expedição Natureza Gaúcha, em 2008, Felizardo escreveu um belíssimo texto na sua coluna Imago, na revista Aplauso, sobre o meu trabalho e o do Eurico Salis, meu amigo e contemporâneo, que havia lançado mais ou menos na mesma época o livro Porto Alegre, cenas urbanas, paisagens rurais. O gancho do artigo era a ligação de ambos com Bagé, cidade natal do Eurico, dos meus pais, e com a qual Felizardo tem uma ligação afetuosa. Estas colunas do Feliz renderam um ótimo livro, com o nome da coluna, Imago, lançado em 2010. Felizardo, além de ser um fotógrafo com grande sensibilidade e apuro técnico, ainda escreve soberbamente. Este foi o seu segundo livro de textos, o primeiro, de 2000, chama-se Relógio de ver. [slideshow]

Mas voltando ao FesFoto, depois dessa viagem no tempo. A exposição do Felizardo ocupa quase todo o andar térreo do Santander Cultural, um belíssimo prédio histórico. No andar de cima, uma retrospectiva de Marc Riboud, que achei um pouco linear, ampliações pequenas, todas do mesmo tamanho, acho que não ficou a altura da obra desse grande fotógrafo francês. Nas salas multimídia aconteceram as palestras, mesas-redondas e leituras de portfólio. Falando em mesas-redondas, uma crítica construtiva: acho que foi mal aproveitada a oportunidade, pois juntaram-se grandes cabeças pensantes da fotografia brasileira, mas devido em parte aos atrasos de início em quase todas, sobrava sempre muito pouco tempo para a mesa redonda propriamente dita, onde haveria o debate com o público. A mesa acabava ficando linear, como palestras sucessivas, sem o debate que ao meu ver seria fundamental e produtivo. Prova disso é que numa das mesas mais empolgantes, onde estavam Roberto Linsker, da Editora Terra Virgem, Tiago Santana, da Editora Tempo D’imagem e Dante Gastaldoni, do projeto Brasil passa pelo SESC, discutindo a produção de livros autorais de fotografia no Brasil, a discussão continuou por horas no corredor e no café, porque o assunto era por demais instigante.

O saldo final é que o FestFotoPoa está de vento em popa e acho que todos que participaram este ano estão ansiosos que chegue a sexta edição em 2012, quando a fotógrafa homenageada será Nair Benedito. Quem ainda não foi, não deixe de ir, pois até 1 de maio permanecem as ótimas exposições acompanhadas de sessões de filmes no cinema do subsolo, programa imperdível!

Lagarto-da-praia

Mais um trabalho pai-e-filho: o GIPEDU (grupo interdisciplinar de pesquisa em ecologia e desenho urbano) da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), capitaneado pelo Professor Francisco Ferreira, lançou o livro “Projeto Parque Estadual do Rio Vermelho – subsídios ao plano de manejo”. O parque é uma área de 1532 hectares na costa leste da Ilha de Santa Catarina, que depois de 45 anos de uma tumultuada história foi promovido a parque estadual e enquadrado no Sistema Estadual de Unidades de Conservação SEUC, passando assim para a administração da FATMA (Fundação do Meio Ambiente do Estado de Santa Catarina). O plano de manejo de um parque é algo parecido com o plano diretor de uma cidade: delimita as diferente zonas e usos da área da unidade e do seu entorno. Através de recursos do Ministério do Meio Ambiente, o Instituto Lagoa Viva, em parceria com o GIPEDU, idealizou e executou este projeto, que além de realizar um diagnóstico da área e uma proposta de zoneamento, desenvolveu diversas ações junto as comunidades do entorno.

Eu fiz diversas saídas e sobrevôos para fotografar a região, e Maurício Paiva, meu filho, foi o responsável pelo design gráfico do livro e de duas cartilhas, sendo a segunda para o público infantil. O lagarto-da-praia, um animal endêmico encontrado na Praia do Moçambique, que fica dentro do parque, foi inspiração para Maurício criar um personagem na primeira cartilha. Na segunda cartilha, lançada junto como o livro e voltada para o público infantil, o lagartinho foi parar na capa!

Capa do livro "Projeto Parque Estadual do Rio Vermelho" - design de Maurício Paiva e foto de Zé Paiva
Capa da cartilha infantil sobre o Parque Estadual do Rio Vermelho - Design e ilustração de Maurício Paiva e foto aérea de Zé Paiva

Satolep – Lançamento do Natureza Gaúcha

Impregnado pela estética do frio (termo criado pelo cantor, compositor e escritor Vitor Ramil, de Pelotas), apesar da temperatura amena, respiro o ar outrora pestilento pelas carnes putrefatas. O arroio Pelotas era conhecido como o Rio Vermelho, tamanha a quantidade de sangue que desaguava no seu leito. Fortunas foram criadas a partir de um trabalho feito por mão-de-obra escrava. A ganância do ser humano engendra formas desumanas de produção. Hoje as charqueadas são lugares turísticos, limpos e ajardinados, com criancinhas correndo pelos casarões. Em nada lembram os lugares descritos por Debret.

Pousada Charqueada Santa Rita, Pelotas, Rio Grande do Sul.

O nome da cidade de Pelotas veio de uma embarcação pitoresca usada pelos índios, feita de couro e madeira, puxada a nado por uma corda mordida pelo nadador. Na noite anterior a minha ida às charqueadas de Santa Rita, que hoje é uma bela pousada, e a Charqueada São João, hoje transformada em Museu, aconteceu o evento de lançamento do meu livro Natureza Gaúcha em Pelotas. No auditório do Instituto Simões Lopes Neto (antiga residência do escritor) fiz uma projeção de fotografias e depois uma conversa com um público de cerca de cinquenta pessoas que quase lotou o espaço. Muitos alunos e professores dos cursos de artes, ecologia e fotografia animaram a conversa que se extendeu até cerca de nove e trinta da noite, quando então passamos a sessão de autógrafos. Agradeço a Bety e toda a equipe da excelente Livraria Vanguarda que me convidou e organizou todo o evento.

Auditório do Instituto Simões Lopes Neto, Pelotas, RS.
Vitor Ramil (a esquerda) na noite do evento.

Pelotas é uma cidade encantadora, repleta de prédios antigos, alguns restaurados e outros nem tanto. Fui ciceroneado pelo músico Vitor Ramil e sua esposa Ana Ruth, professora de linguística. Entre longas conversas regadas a mate amargo, fotografei um pouco da cidade (vejam mais fotos na galeria do Flickr)

Prédio antigo na praça General Osório em Pelotas RS.
Instituto Simões Lopes Neto, Pelotas, Rio Grande do Sul.

Conversas com o autor – Pelotas e Rio Grande

À convite da Livraria Vanguarda estou indo a Pelotas e Rio Grande apresentar o meu livro Expedição Natureza Gaúcha. Dia 26 será no Instituto Simões Lopes Neto em Pelotas, e dia 27 na Livraria Vanguarda em Rio Grande. Faremos um bate papo com projeção de imagens do livro e do meu trabalho atual no Tocantins. Abaixo o convite.

Lançamento do “Natureza Gaúcha” no Shiva Vege

Foi numa noite de verão, 25 de janeiro, o lançamento do livro Expedição Natureza Gaúcha em Florianópolis. O ar estava quente mas mesmo assim mais de 100 pessoas animadas comparecerem ao simpático restaurante vegetariano Shiva Vege para conferir o livro e a exposição fotográfica. Cristian Faig na flauta e Fred Malverde no violoncelo encantaram nossos ouvidos com temas variando do jazz a música brasileira passando pela erudita. A arte culinária exibida nos canapés mandalísticos da Bruna do Shiva Vege foi mais uma atração da noite

Vale destacar a presença, entre inúmeros amigos e pessoas queridas, de Giancarlo Nicoloso, diretor geral da revista Photo Magazine, e de Nildo Teixeira de Melo Jr., diretor de redação da mesma. Junto com eles estavam Lu Renata e Lucila, da Duo Arte, que estão preparando para maio o evento Floripa na Foto, semana de fotografia com atrações nacionais. Confiram a programação no site. Estarei dando um oficina lá também. O Nildo levou a última edição da revista, cuja matéria de capa é do meu grande amigo, o fotógrafo André Paiva, que também estava presente no lançamento. Abaixo alguns flagrantes da fotógrafa-poeta Francine Canto (confiram o seu blog e tweeter, está ótimo).

IMPORTANTE: prá quem ainda não viu a exposição, ela fica até 23 de fevereiro! Informações no 48 3232 2303.

Os amigos queridos Luciane e Christopher, da Reserva Passarim.
Vista geral do salão comigo autografando ali no cantinho.
Meu amigo fotógrafo e agora também presidente da Fundação do Meio Ambiente de Biguaçú, Henrique Azevedo.
Meus filhos amados e talentosos, Maurício e Iara.
Os excelentes músicos que animaram a noite, Cristian e Fred.
A arte da mandala gastronômica do Shiva Vege.

Natureza Gaúcha em Floripa!

Depois de um longo silêncio estou de volta. Nem sei o que houve, turbulências, natal, ano novo, viagens, sei lá. Bem, o que importa é que estou de volta com novidades. Finalmente vou lançar o meu livro com uma versão compacta da exposição fotográfica: Expedição Natureza Gaúcha.Avisem aos vivos:

Pra quem está em Floripa, não perca. O restaurante é um primor da cozinha vegetariana. Nem sei o que vai ser o coquetel, mas pela criatividade do pessoal vai ser coisa original a beça. No próximo post, fotos da viagem de fim-de-ano ao pampas, Bagé em sua melhor forma (a rainha da fronteira).

abraços