
Sensei Kazuaki Tanahashi nasceu no Japão em 1933 e mora nos Estados Unidos desde 1977. Artista e contemplativo com uma trajetória incrível — erudito e professor do Zen, mestre artista e caligrafista, foi autor e tradutor de textos budistas do japonês medieval, chinês e sânscrito para o inglês (já publicou mais de quarenta livros em inglês e japonês). No Japão, foi aluno direto do O-Sensei Morihei Ueshiba, fundador do Aikido. Atua desde os anos 60 como ambientalista e pacifista, sendo fundador e diretor das iniciativas A World Without Armies (mundo sem exércitos) para a desmilitarização das nações e Plutonium Free Future (futuro livre de plutônio).

Como todo esse currículo ele consegue ser ao mesmo tempo um poço de sabedoria e de simplicidade. Sua fala é permeada de poesia. Parece que ele estuda cada palavra com cuidado antes de falar. Um pequeno grande homem.

Acompanhei e fotografei todas as suas atividades no sul do Brasil. Ele chegou no domingo 3 de junho e na segunda de manhã já estava na UFRGS montando sua exposição. Energia ele tem de sobra na flor dos seus 84 anos de juventude. Na segunda a noite, na abertura da exposição ele pintou seis telas de grandes proporções. Na terça feira deu uma palestra no Teatro da Hebraica. Quarta a noite lançou o livro “Sutra do Coração”. Quinta feira deu duas oficinas de caligrafia no CEBB, uma a tarde e outra a noite. Sexta, sábado e domingo orientou um retiro também no CEBB e, como se não bastasse tudo isso, ainda participou de uma entrevista coletiva domingo a tarde no Instituto Zen Maitreya com diversos mestres e professores do zen budismo e do budismo tibetano no Rio Grande do Sul.

O responsável pela vinda de Kaz foi Fábio Rodrigues, artista e praticante budista de Joinville. Desde 2016 ele é aluno do Sensei e este ano, com apoio do CEBB e do Lama Samten, ele articulou a vinda do mestre.




