Santuário das aves no olhar dos expedicionários

Este ano, entre 8 e 12 de outubro, feriado de Nossa Senhora Aparecida, aconteceu a terceira Expedição Santuário das Aves. Éramos 13 expedicionários em meio as planícies sem fim do Parque Nacional da Lagoa do Peixe e região. Este parque fica no município de Tavares RS, numa grande península entre a Lagoa dos Patos e o Oceano Atlântico. Durante a expedição também fizemos longos passeios nas margens da Lagoa dos Patos, e fomos até o Refúgio de Vida Silvestre de São José do Norte, onde fotografamos os gigantescos leões-marinhos.

É muito interessante ver como um grupo que foi nos mesmos lugares tem olhares tão diversos sobre os temas encontrados. Isso é uma das belezas da fotografia. Vejam abaixo algumas fotografias e depoimentos dos expedicionários de 2021. Veja aqui o making of da expedição deste ano.

Já temos programada uma nova expedição para este paraíso em 2022 e são apenas 12 vagas! Veja aqui os detalhes da Expedição Santuário das Aves 2022.

depoimentos

Apesar do tempo não ter colaborado, as atividades coordenadas pelo fotógrafo Zé Paiva proporcionaram uma experiência fotográfica excelente. O exercício de explorar a paisagem independente das condições climáticas, nos ensina a sair da zona de conforto e desafiar nossa criatividade e treinar o olhar.

Foi minha primeira expedição, e ter a oportunidade de dedicar uma viagem a fotografia foi sem dúvida uma experiência incrível. O local, o grupo e o orientador superaram as expectativas.

Dácio Medeiros

A expedição foi fantástica. Além da atividade fotográfica, adorei as trilhas off-road. Isso para não falar dos leões-marinhos. Vê-los tão de perto foi indescritível.

André Tunes Zilio

Eu gostei muito de tudo. A expedição foi muito legal, pra mim um experiência transformadora. O fato de estar em contato com a natureza em prol de um objetivo, com pessoas diferentes e pensamentos diferentes, acrescem o conhecimento, acredito que de todos os participantes. Quanto ao professor, um ser esplêndido, atencioso e comprometido com tudo e com todos, pessoa simples, sem barreiras de conversa fácil.

Elem Moreira de Souza

Fotógrafo Zé Paiva, foi um prazer conhecê-lo e uma honra poder compartilhar alguns dias fotográficos contigo! Já acompanho seu trabalho pelas redes sociais e tenho grande admiração. Minha participação na Expedição foi em função de poder dedicar um tempo à fotografia, como um todo, e estar numa região que encanta por si só! Como meu equipamento não me ajuda para o registro de aves, esse não foi o meu propósito! Estar contigo, fotógrafo que dispensa elogios (tanto no aspecto profissional quanto no pessoal), e com um grupo com sensibilidade para valorizar o belo (o espaço e os seres que nele habitam, além das edificações históricas), foi fantástico! Experiência que ficou registrada nas retinas, no coração e na alma.

Sônia Rampazzo

Os ventos, as chuvas, a imensidão como geradores de um sentimento, este sim, formador de uma outra imagem. Ao invés de Fotografias ensolaradas, no comando, a estética do frio – mas com uma equipe quente e luminosa.

Assim foi, na minha visão (deusa te abençoe, Visão!), esta expedição ao Paraíso das Aves, Lagoa do Peixe.

Mara Freire

Depois da Expedição Santuário das Aves, eu fiquei me perguntando por que nunca fiz uma antes. Foi uma experiência incrível. Eu já admirava o trabalho do Zé Paiva e era uma grande fã. Posso dizer que me tornei mil vezes ainda mais fã desse cara incrível, super parceiro, acessível e disponível. Aprendi muito com ele e com os demais expedicionários, as trocas todas são muito ricas e o grupo estava numa vibe muito bacana. Foram dias maravilhosos.

Elise Bozzetto

Veja como foi a Expedição Santuário das Aves 2021

Depois de muitos adiamentos devido a pandemia de COVID19 finalmente saiu a tão esperada III Expedição Fotográfica Santuário das Aves. Foram 12 expedicionários de 4 estados diferentes: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo. Nos encontramos em Tavares RS onde começou a nossa aventura.

No primeiro dia nos reunimos no hotel para uma roda de conversa. A apresentação aconteceu numa “dinâmica da teia”, na qual todos se conectaram com o grupo que acabara de ser formado. Depois disso o fotógrafo Zé Paiva explicou como seria a programação e deu algumas dicas de fotografia de natureza, especialmente de animais.

No segundo dia o grupo saiu cedinho depois do café da manhã para o Parque Nacional da Lagoa do Peixe, pela Trilha do Talha-Mar, em veículos 4×4. Atravessou a Lagoa do Peixe, as dunas e chegou na praia oceânica. Uma parada em ranchos de pesca abandonados rendeu muitas fotos. Os expedicionários então seguiram pela praia até o Farol Mostardas e depois até a Barra da Lagoa do Peixe, sempre com muitas paradas para fotografias. Na Barra uma ótima surpresa: um grupo de elegantes flamingos estava lá esperando! Dali seguiram para um sítio onde foram recebidos com um almoço campeiro feito no fogão a lenha. Depois do almoço foram pelas margens da Lagoa dos Patos até o centenário Farol Capão da Marca.

No terceiro dia os expedicionários saíram novamente depois do café da manhã em direção a São José do Norte, no extremo sul da península. No caminho pararam na Praia do Barranco, um povoado de pescadores. O tempo estava inclemente – uma garoa com muito vento – mas mesmo assim os eles não se intimidaram. Montaram seus tripés na varanda de um restaurante fechado e começaram a clicar. Logo em seguida a chuva parou e o grupo ficou duas horas fotografando o lugar. A seguir foram até a Praia de São José do Norte, onde almoçaram frutos do mar fresquinhos. Dali sairam rumo aos Molhes Leste, onde fica o Refúgio de Vida Silvestre, lar de uma colônia de leões-marinhos. Depois de uma caminhada pelos molhes os expedicionários entraram em contato com esse extraordinário animal. Os leões-marinhos podem chegar a mais de 300 kg mas são muito dóceis, assim tornam-se uma alvo fácil para os fotógrafos.

No quarto dia alguns expedicionários mais destemidos acordaram cedo para ver o sol nascer na Trilha da Figueira, dentro do Parque Nacional da Lagoa do Peixe. Bem dizem que Deus ajuda quem madruga: o sol deu o ar da graça e proporcionou belos momentos de luz. Mais tarde, depois do café da manhã, o grupo rumou para a Lagoa dos Patos e foi pela margem no sentido norte, até o velho Farol Cristóvão Pereira. Muitas aves e muitas fotos depois o grupo foi para Mostardas onde visitaram o ateliê do artista Eloir Silva, que faz belas miniaturas de aves da região (e de outros lugares do mundo também). A tarde seguiram pela praia oceânica até o esqueleto de um barco naufragado.

A grande lição da viagem foi sair da zona de conforto. Costumamos lamentar quando o dia não está ensolarado e o céu azul. Mas este grupo descobriu que mesmo com um clima desfavorável, com chuva e vento, pode-se fazer imagens instigantes, talvez menos previsíveis que num dia de sol. Em breve um post com as fotos dos expedicionários!

Como fazer fotografia com lightpainting

A palavra fotografia vem do grego e significa escrita com luz. O termo “light painting” vem do inglês e significa pintando com luz. Na prática podemos classificar a fotografia light painting em três tipos:

1 – Aquela em que a câmera fica parada e a cena é iluminada seletivamente por um fonte de luz durante uma longa exposição.

2 – Aquela em que a câmera fica parada e o fotógrafo desenha com um fonte de luz apontada para a câmera, também durante uma longa exposição.

3 – Aquela em que durante uma longa exposição o fotografo movimenta a câmera e na cena fotografada existem fontes de luz.

Aqui neste artigo vamos abordar as duas primeiras técnicas que podem ser usadas em conjunto.

Os primeiros registros que se tem de light painting foram dos inventores franceses Etienne Jules Marey e Georges Demeny, que faziam estudos de movimentos com luzes fixadas em partes do corpo humano. O primeiro uso artístico do light painting foi do conhecido artista norte americano Man Ray na série Space Writing de 1935. A série de light painting mais famosa da história entretanto foi a que o fotógrafo Gjon Mili, da revista Life, fez com Picasso em 1949.

O que você precisa para fazer uma fotografia light painting?

Uma câmera com controle manual de velocidade, um tripé e uma fonte de luz. Só isso. Bem, talvez nem isso…

Câmera com controle manual de velocidade

Para que possibilite uma longa exposição de, digamos, 30 segundos ou mais. Todas as câmeras DSLR/mirrorless possibilitam exposições de até 30 segundos e a velocidade B (bulb). Quando você coloca em B o obturador vai ficar aberto enquanto você mantiver-lo pressionado.

Existem alguns celulares Android que tem controles para velocidade e também possibilitam fazer longas exposições.  Se o seu celular não faz isso você vai precisar de um app que desbloqueie essa função. Existem vários, alguns gratuitos inclusive. Abaixo duas sugestões:

Para Iphone – http://www.nightcapcamera.com/nightcap-camera/

Para Android – https://www.camerafv5.com/

Tripé

Extremamente necessário. Você pode tentar apoiar em algum lugar mas nem sempre isso funciona e vai dificultar todo o trabalho de composição e fotografia. Um bom tripé é aquele que vai deixar sua câmera bem estável e os ajustes vão funcionar na hora da foto. Um mau tripé é aquele que qualquer ventinho vai derrubar e que na hora da foto a câmera não para onde você quer. Então não precisa comprar um tripé suiço mas invista num tripé que não vai te deixar na mão.

Antes de montar o tripé eu costumo achar o ângulo que eu vou fotografar com a câmera na mão para então montar o tripé na altura e local certos. Outra dica é abrir todos os estágios do tripé ao mesmo tempo, colocar na posição e ir travando até ele ficar onde você quer. Importante nivelar o tripé para ele não ficar inclinado, pois isso deixa a câmera instável e com risco de cair no chão. Se o seu tripé não tem um nível de bolha para ajuda-lo a nivelar você pode comprar um avulso em lojas de fotografia.

Se estiver usando uma objetiva com estabilizador de imagem (IS na Canon e VR na Nikon) desligue, pois eles só funcionam quando você usa a câmera na mão e podem comprometer sua fotografia, pois ficam tentando estabilizar sua imagem sem saber que a câmera está no tripé.

Fonte de luz

A fonte de luz pode ser qualquer tipo de lanterna: com lâmpada de LED ou incandescente, grande, média, pequena. Eu pessoalmente prefiro as de led porque a cor não fica tão amarelada. Costumo usar uma lanterna pequena que tem um regulagem no facho de luz, podendo deixa-lo mais concentrado ou mais aberto.

Mas a fonte de luz pode ser também lanternas de bicicleta, neon, celulares (também existem aplicativos para iluminação light painting), bombril em chamas, etc. Qualquer coisa que emita luz funciona. Se for usar uma fonte de luz com fogo, como o bombril por exemplo, tome o cuidado de fazer isso num ambiente externo amplo e sem nada inflamável por perto para não provocar um incêndio.

Existem já lanternas específicas para light painting, cujo diferencial é terem um botão que só deixa a luz acesa enquanto você pressiona o mesmo, o que é bem prático. Além disso tem bocais que adaptam a diferentes acessórios.

Veja aqui alguns exemplos.

Na verdade com um pouco de criatividade você pode improvisar vários acessórios usando garrafas pet, celofane colorido e assim por diante.

Como fazer fotografia light painting

1 – Coloque a câmera no tripé. Desligue o estabilizador de imagem.

2 – Ajuste a câmera. Sugiro estes parâmetros iniciais (vão depender da potência das fontes de luz)

  • Modo manual
  • Formato: RAW (preferencialmente, mas pode ser JPEG também)
  • ISO 100
  • Velocidade B (bulb)
  • Abertura do diafragma f 8
  • WB – White balance (balanço de branco)  – Eu prefiro usar sempre luz do dia e depois ajustar o WB no Lightroom ou Photoshop. Se você usar luz incandescente o tom vai ficar “quente “ (amarelado). Se você quiser um tom mais neutro pode usar o WB para tungstênio.
  • Na minha câmera uso a configuração: redução de ruído para longa exposição, pois em longas exposições alguns fotodiodos podem superaquecer provocando hot pixels, que são pixels claros na imagem, numa área que deveria estar escura. Isso vai aumentar o tempo de processamento da imagem e consequentemente gastar mais bateria mas acho que vale a pena.

3 – Faça a composição e o foco – Se você estiver num ambiente interno, pode acender a luz, compor, fazer o foco no automático e depois passar para o foco manual, para que a câmera não fique tentando refocar na hora do light painting. Depois desligue a luz para fotografar. Se estiver num ambiente externo você pode iluminar a cena com a lanterna para compor, depois o ponto que vai focar com sua lanterna e fazer o foco automática e depois desliga-lo.  Se você estiver com mais alguém para ajudar fica mais fácil pois a pessoa pode iluminar de perto um ponto para fazer o foco.

4 – Feito o foco e a composição você está pronto para clicar. Eu sempre uso um cabo propulsor (cable release) para evitar que a câmera vibre com a pressão do meu dedo. Também uso a configuração Mup (mirror up) que faz com que no primeiro clique o espelho levante para depois no segundo clique a cortina abra e comece a exposição. O cable release tem a opção de travar aberto para que mesmo sozinho eu possa sair de trás da câmera para iluminar. Se você não tiver um cable release pode usar 30 segundos e criar uma foto que você consiga iluminar nesse tempo.

5 – Aberto o obturador é hora de iluminar

Se você não quer aparecer na foto melhor vestir uma roupa escura, se movimentar durante a exposição e não apontar a lanterna para si mesmo, pois você vai estar em quadro durante a exposição.

Procure sempre apontar a lanterna para o que você quer iluminar, pois se você apontar a lanterna para a câmera vai aparecer um rastro de luz (o que as vezes pode ficar interessante). Se você quiser criar desenhos de luz aí sim, aponte a lanterna para a câmera e solte a criatividade.

Procure iluminar apenas algumas áreas que você acha interessantes pois se você iluminar a cena toda de forma homogênea não vai parecer um light painting. Eu gosto de iluminar os assuntos de perto, tipo meio metro de distância da lanterna, para fazer uma iluminação mais pontual e não aberta.

Se você estiver fazendo um retrato, procure passar a lanterna apenas uma vez por cada área do retratado, pois senão vai formar-se imagens duplas ou com falta de nitidez pois a pessoa não consegue ficar completamente imóvel.

6 – Depois de terminar a foto é hora de esperar o processamento da imagem e conferir. Não se preocupe se a primeira imagem não ficou boa, isso é normal. Ela vai servir para avaliar onde você iluminou pouco e onde iluminou demais. Se toda ela estiver sub ou super exposta, melhor mudar a abertura do diafragma. A segunda foto com certeza vai ficar melhor pois você vai ajustar a iluminação. Tenha em mente que light painting não é uma ciência exata, ou seja, uma foto nunca vai ficar igual a outra pois depende do jeito que você iluminou a cena.

O tempo de exposição na verdade vai ser o tempo que você precisa para iluminar a cena. Se na cena escolhida tem alguma luz ambiente melhor você fazer a primeira foto sem light painting para ajustar a exposição inicial.

Agora é por mãos a obra e se divertir com o resultado. Essa técnica é muito legal pois a imagem só existe na câmera. Você não consegue ver a cena pintada pela lanterna a olho nú. Então isso atiça a curiosidade de ver a foto processada no LCD da câmera.

A criatividade não tem limites no light painting: velas, lanternas diferentes, luzes de natal, celofane colorido, laser, etc. Boas fotos!

Oficina online de fotografia contemplativa 3

ZEN – Tavares, Rio Grande do Sul – foto de Zé Paiva.

O que a meditação tem a ver com a fotografia?

Nesta oficina, o experiente fotógrafo, Zé Paiva, vai mostrar que fotografia e meditação tem muito a ver. Alternando dinâmicas de meditação e sessões de fotografia, o grupo vai descobrir como produzir imagens que vão além dos condicionamentos usuais do nosso olhar.

Inspirado nos ensinamentos do mestre tibetano Chogyam Trumgpa e do Lama Padma Samten, Paiva propõe uma abordagem da fotografia desvinculada dos padrões e regras usuais, através de diferentes dinâmicas que serão desenvolvidas.

Não é necessária nenhuma experiência prévia em meditação nem curso de fotografia. Pode ser usada qualquer câmera ou celular. A ideia da oficina é despertar a sensibilidade da fotografia com uma atitude contemplativa.

Veja aqui como foi a primeira oficina online em 24 e 25 de abril.

Programação

Sábado, 14 de agosto de 2021

  • 9h às 11h – Introdução a fotografia contemplativa e arte na visão do Dharma – Chogyam Trungpa, Lama Padma Samten e Sensei Kazuaki Tanahashi. Na segunda parte teremos uma meditação guiada.
  • 14h às 16h – Introdução ao conceito de coemergência e sua aplicação a fotografia. Na segunda parte teremos uma meditação guiada.

Domingo, 15 de agosto de 2021

  • 10h às 12h – Introdução a técnicas criativas de fotografia. Na segunda parte teremos uma meditação guiada.
  • 18h às 20h – Compartilhamento das imagens e encerramento.

O QUE O ALUNO PRECISA

Uma câmera de qualquer modelo. (pode ser celular também)

Acesso a internet wifi.

App Zoom (gratuito)

SOBRE O INSTRUTOR

José Luiz Martins (Zé) Paiva trocou a engenharia pela fotografia após uma longa viagem pela Europa e norte da África em 1983. Em 2012 concluiu sua Pós Graduação em Fotografia pela UNIVALI. Ensinou fotografia na UDESC, FURB e ESPM. Em 2009 foi selecionado para a coleção Pirelli / MASP de fotografia. Em 2012 recebeu o Prêmio Marc Ferrez da FUNARTE. Publicou os livros Expedição Natureza Santa Catarina (2005), Expedição Natureza Gaúcha (2008) e Expedição Natureza Tocantins (2012). É aluno do Lama Padma Samten desde 2010 e desde 2016 vive na aldeia budista Mendjila em Canelinha SC.

Oficina online de fotografia contemplativa 2

SUAVIDADE – Trilha para a Praia do Gravatá, Florianópolis, Santa Catarina – © Zé Paiva

O que a meditação tem a ver com a fotografia?

Nesta oficina, o experiente fotógrafo, Zé Paiva, vai mostrar que fotografia e meditação tem muito a ver. Alternando dinâmicas de meditação e sessões de fotografia, o grupo vai descobrir como produzir imagens que vão além dos condicionamentos usuais do nosso olhar.

Inspirado nos ensinamentos do mestre tibetano Chogyam Trumgpa e do Lama Padma Samten, Paiva propõe uma abordagem da fotografia desvinculada dos padrões e regras usuais, através de diferentes dinâmicas que serão desenvolvidas.

Não é necessária nenhuma experiência prévia em meditação nem curso de fotografia. Pode ser usada qualquer câmera ou celular. A ideia da oficina é despertar a sensibilidade da fotografia com uma atitude contemplativa. 

Veja aqui como foi a primeira oficina online em 24 e 25 de abril.

Programação

Sábado – 29 de maio

9h – 11h – Introdução a fotografia contemplativa

14h – 16h – Apresentação do instrutor e meditação guiada.

Domingo 30 de maio

10h – 12h – Apresentação do instrutor e meditação guiada.

18h – 20h – Compartilhamento das imagens e encerramento.

TOTAL 8 horas

O QUE O ALUNO PRECISA

Uma câmera de qualquer modelo. (pode ser celular também)

Acesso a internet wifi.

App Zoom (gratuito)

SOBRE O INSTRUTOR

José Luiz Martins (Zé) Paiva trocou a engenharia pela fotografia após uma longa viagem pela Europa e norte da África em 1983. Em 2012 concluiu sua Pós Graduação em Fotografia pela UNIVALI. Ensinou fotografia na UDESC, FURB e ESPM. Em 2009 foi selecionado para a coleção Pirelli / MASP de fotografia. Em 2012 recebeu o Prêmio Marc Ferrez da FUNARTE. Publicou os livros Expedição Natureza Santa Catarina (2005), Expedição Natureza Gaúcha (2008) e Expedição Natureza Tocantins (2012). É aluno do Lama Padma Samten desde 2010 e desde 2016 vive na aldeia budista Mendjila em Canelinha SC.

Veja como foi a oficina de fotografia contemplativa

No final de abril deste ano, nos dias 24 e 25, ofereci a minha primeira oficina online de fotografia contemplativa. Eu já havia oferecido uma na Oikos, em Criciúma, Santa Catarina, e outra no CEBB Porto Alegre, Rio Grande do Sul, em 2017 e 2018 , respectivamente. Ambas foram presenciais.

Eu não tinha muita certeza de que iria funcionar no formato online, mas a convite do CEBB Recôncavo, resolvi testar este formato. Para minha surpresa foi um sucesso. Vejam abaixo algumas fotos realizadas durante a oficina e alguns depoimentos.

Vamos oferecer uma nova turma nos dias 29 e 30 de maio, e ainda temos vagas. Abaixo o botão para a página da inscrição.

Fotos e depoimentos da oficina online – abril de 2021.

DEPOIMENTOS

Quero expressar minha gratidão pelo empenho das organizadoras, pelos ensinamentos do mestre Paiva de nos guiar nesta nova visão do que está além, de sentir a presença de outros elementos, perceber a vida, o movimento, fotografar, tornar real esta impressão, sair do óbvio… E das técnicas de trabalhar estas imagens destacando aquilo que nos toca. Também de grande valor as referências de outros  fotógrafos/ filósofos, e da turma que se empenhou com paixão e na criação de tantas imagens compartilhadas.

Glaci Rambo

Eu só tenho a agradecer a generosidade do Zé Paiva, da Sanga do CEBB Recôncavo, dos colegas de oficina, que compartilharam suas experiências, dos Mestres, da vida, por essa oportunidade maravilhosa que tivemos juntos! Foram momentos de descoberta e redescoberta, alegria e contentamento, pude sentir o que falam sobre o brilho no olho, uma chama se acendeu dentro de mim! Perceber esse mundo de possibilidades através da  fotografia contemplativa foi uma benção! Como o Zé falou no primeiro dia, isso só foi possível graças à abertura de todos. Gratidão!

Patrícia Mello Alves

Eu tenho muito a agradecer pela oportunidade de poder participar desse encontro com a Fotografia Contemplativa. Superou todas as minhas expectativas, foi um momento em que deixei a fotógrafa de lado (a profissional) e me entreguei a oficina. Foi muito gratificante poder vivenciar essa conexão de Almas. gratidão,  Zé Paiva e CEBB/BA

Gilmara Guedes

Obrigada ao CEBB e a Zé Paiva por estes dois dias de conexão com coisas essenciais. Saio do curso com muita vontade de me aventurar mais pelo mundo fotografia,  com esta prática do olhar contemplativo, que é um exercício de meditação. Espero ter a oportunidade de aprender mais com você, Zé!  Adorei! Paz e bem para todos e todas!

Silvia Ferreira

Me sinto inspirada a continuar a experimentar o registro de toda a beleza e arte já existente em todo lugar e a todo momento. Grata por descortinar essa possibilidade.

Teresa Guimarães

Muita gratidão a todos e a todas… já conhecia um pouquinho de seu trabalho, Zé, pelas revistas Bodisatva e já me encantava. O curso foi um presente de meu filho que participa dos CEEBs e aprendi tanto sobre arte, meditação e budismo… ficando com o gosto de quero muito mais. Abraços.  

Ana Dalva

A oficina foi tão envolvente que fiquei triste porque acabou, mas ao mesmo tempo estou esperançosa acreditando que o Zé Paiva e a sangha do CEBB criem outras oficinas como essa para nós. Agradeço a todos que nos proporcionaram esses momentos, aqueles que pensaram, que desenharam, que colocaram a ideia no papel e que a tornaram possível. Almejo que as causas e condições ofereçam novas oportunidades como essa. Muito obrigada a todos! Tudo correu muito bem. Parabéns!

Thais

Quanta alegria compartilhada! Foi mesmo uma festa de sensibilidades e ensinamentos! Gratidão a todos os participantes, aos organizadores e abraços afetuosos a Ana Rici e ao nosso mestre fotógrafo Zé Paiva! Parabéns!!! Gratidão

Amélia Tamashiro

Foi muito edificante pra mim, a oportunidade de participar desse Curso tão especial, estando esses 2 dias reunida em uma sala online com pessoas dos mais diversos recantos do Brasil, compartilhando experiências e  infinitas possibilidades  no auspicioso aprendizado da Fotografia Contemplativa, sendo todos envolvidos numa energia vibrante e compassiva como uma grande família!! Foi uma grande Benção!! Gratidão ao Mestre  Zé Paiva , minha amiga Ana Ricl e a todos vocês , por esse Fim de Semana maravilhoso!!

Eloisa Lisboa

Canela natural

A cidade de Canela, na serra gaúcha, é bem conhecida, juntamente com sua irmã Gramado, pelas atrações turísticas. O que nem todos sabem é que, além dos parques temáticos, das fábricas de chocolate, dos restaurantes e da Cascata do Caracol, a região tem uma natureza exuberante que vale muito a pena conhecer.

A serra gaúcha está inserida dentro do bioma Mata Atlântica e a paisagem mais típica da região é a Floresta Ombrófila Mista, também conhecida como Floresta de Araucárias. A araucária, ou pinheiro brasileiro (Araucaria angustifolia), é o único pinheiro nativo do Brasil. Todos os outros pinheiros que encontramos por aqui são espécies exóticas, ou seja, foram trazidas de outros países da Europa ou América do Norte.

As araucárias são angiospermas, ou seja, árvores que tem sementes mas não tem flores nem frutos. As sementes, conhecidas como pinhões, são muito apreciadas na região sul, sejam cozidas, na chapa, ou em outras receitas. As araucárias só ocorrem na região sul e eventualmente em Minas Gerais e São Paulo, pois precisam de frio para crescer.

Infelizmente as araucárias foram intensamente devastadas nos anos 50 e 60 pois sua madeira era muito usada para construção e hoje em dia restam menos de 3% da área original dessa floresta. Saiba mais sobre o assunto no site da APREMAVI.

Oficina online de fotografia contemplativa

O que a meditação tem a ver com a fotografia?

Nesta oficina, o experiente fotógrafo, Zé Paiva, vai mostrar que fotografia e meditação tem muito a ver. Alternando dinâmicas de meditação e sessões de fotografia, o grupo vai descobrir como produzir imagens que vão além dos condicionamentos usuais do nosso olhar.

Inspirado nos ensinamentos do mestre tibetano Chogyam Trumgpa e do Lama Padma Samten, Paiva propõe uma abordagem da fotografia desvinculada dos padrões e regras usuais, através de diferentes dinâmicas que serão desenvolvidas.

Não é necessária nenhuma experiência prévia em meditação nem curso de fotografia. Pode ser usada qualquer câmera ou celular. A ideia da oficina é despertar a sensibilidade da fotografia com uma atitude contemplativa. 

Programação

Sábado

9h – 11h – Introdução a fotografia contemplativa

14h – 16h – Apresentação do instrutor e meditação guiada.

Domingo

10h – 12h – Apresentação do instrutor e meditação guiada.

18h – 20h  – Compartilhamento das imagens e encerramento.

TOTAL 8 horas

O QUE O ALUNO PRECISA

Uma câmera de qualquer modelo. (pode ser celular também)

Acesso a internet wifi.

SOBRE O INSTRUTOR

José Luiz Martins (Zé) Paiva trocou a engenharia pela fotografia após uma longa viagem pela Europa e norte da África em 1983. Em 2012 concluiu sua Pós Graduação em Fotografia pela UNIVALI. Ensinou fotografia na UDESC, FURB e ESPM. Em 2009 foi selecionado para a coleção Pirelli / MASP de fotografia. Em 2012 recebeu o Prêmio Marc Ferrez da FUNARTE. Publicou os livros Expedição Natureza Santa Catarina (2005), Expedição Natureza Gaúcha (2008) e Expedição Natureza Tocantins (2012). É aluno do Lama Padma Samten desde 2010 e desde 2016 vive na aldeia budista Mendjila em Canelinha SC.

Criatividade com técnica

Criatividade com técnica foi o título da matéria de capa que saiu na revista Fotografe Melhor edição 291. A revista entrevistou três fotógrafos profissionais: o gaúcho Zé Paiva, o paulista Rodrigo Zugaib, diretor da escola de fotografia Fullframe, e o mineiro Cristiano Xavier, diretor de uma empresa de expedições fotográficas que leva o seu nome.

Como diz o título, a matéria focou em apresentar dicas de técnicas dos três fotógrafos para deixar suas imagens mais criativas. Paiva destacou em uma das suas especialidades, o lightpainting, uma técnica ainda pouco conhecida, apesar de existir há mais de 100 anos. Em breve ele irá publicar um artigo aqui no site ensinando como fazer.

Veja abaixo algumas páginas da matéria ou baixe o pdf aqui.