veja como foi a expedição cânions 2022

Nossa quinta Expedição Fotográfica Cânions do Sul começou em 14 de maio com uma sessão de light painting na primeira noite, no Lago do Cambará Eco Hotel. No dia seguinte o tempo não estava muito animador mas depois do delicioso café da manhã no hotel pegamos a estrada rumo ao Cânion Fortaleza. Graças a nossa perseverança (e dedicação, fomos um dos primeiros carros a chegar lá) o tempo foi abrindo aos poucos e o cânion revelou-se com toda sua majestade. Até alguns raios de sol deram o ar da graça. Depois de nos fartarmos de fotografar do mirante começou a chover de novo e descemos a trilha até o carro. Chegando lá a chuva parou novamente e fizemos nosso piquenique. Encaramos a outra trilha, a da Cachoeira do Tigre Preto e foi parecido. Depois de muitas fotos da cachoeira e da pedra do segredo, começou a pingar de novo.

No segundo dia começamos pelo Cânion Itaimbezinho. Depois de uma aurora chocha com tempo fechado o sol abriu e nos brindou com uma luz maravilhosa. Foi um dia de muitas fotos na trilha do Cotovelo e na trilha do Vértice. Depois de um piquenique fomos encontrar meu amigo fotógrafo Egon Filter, que fundou o centro de referência em astro fotografia lá em Cambará do Sul. Chegamos a tempo de fotografar a lua cheia nascendo, o que compensou um pouco a frustração de não ter visto o eclipse na noite anterior por conta do tempo fechado. Depois disso fomos saborear maravilhosas trutas do Chef Marcos Barber acompanhadas de um bom vinho.

No terceiro e último dia, fomos à Cachoeira dos Venâncios, que estava bem cheia devido as chuvas. Estava linda e nos divertimos fotografando. Resumindo nossa Expedição fotográfica: não desista, pois entre uma chuva e outra pode aparecer a luz ideal para a sua fotografia. Além disso, se treinarmos nosso olho para estar sempre atendo, podemos descobrir boa imagens até num dia chuvoso.

Como fazer fotografia com lightpainting

A palavra fotografia vem do grego e significa escrita com luz. O termo “light painting” vem do inglês e significa pintando com luz. Na prática podemos classificar a fotografia light painting em três tipos:

1 – Aquela em que a câmera fica parada e a cena é iluminada seletivamente por um fonte de luz durante uma longa exposição.

2 – Aquela em que a câmera fica parada e o fotógrafo desenha com um fonte de luz apontada para a câmera, também durante uma longa exposição.

3 – Aquela em que durante uma longa exposição o fotografo movimenta a câmera e na cena fotografada existem fontes de luz.

Aqui neste artigo vamos abordar as duas primeiras técnicas que podem ser usadas em conjunto.

Os primeiros registros que se tem de light painting foram dos inventores franceses Etienne Jules Marey e Georges Demeny, que faziam estudos de movimentos com luzes fixadas em partes do corpo humano. O primeiro uso artístico do light painting foi do conhecido artista norte americano Man Ray na série Space Writing de 1935. A série de light painting mais famosa da história entretanto foi a que o fotógrafo Gjon Mili, da revista Life, fez com Picasso em 1949.

O que você precisa para fazer uma fotografia light painting?

Uma câmera com controle manual de velocidade, um tripé e uma fonte de luz. Só isso. Bem, talvez nem isso…

Câmera com controle manual de velocidade

Para que possibilite uma longa exposição de, digamos, 30 segundos ou mais. Todas as câmeras DSLR/mirrorless possibilitam exposições de até 30 segundos e a velocidade B (bulb). Quando você coloca em B o obturador vai ficar aberto enquanto você mantiver-lo pressionado.

Existem alguns celulares Android que tem controles para velocidade e também possibilitam fazer longas exposições.  Se o seu celular não faz isso você vai precisar de um app que desbloqueie essa função. Existem vários, alguns gratuitos inclusive. Abaixo duas sugestões:

Para Iphone – http://www.nightcapcamera.com/nightcap-camera/

Para Android – https://www.camerafv5.com/

Tripé

Extremamente necessário. Você pode tentar apoiar em algum lugar mas nem sempre isso funciona e vai dificultar todo o trabalho de composição e fotografia. Um bom tripé é aquele que vai deixar sua câmera bem estável e os ajustes vão funcionar na hora da foto. Um mau tripé é aquele que qualquer ventinho vai derrubar e que na hora da foto a câmera não para onde você quer. Então não precisa comprar um tripé suiço mas invista num tripé que não vai te deixar na mão.

Antes de montar o tripé eu costumo achar o ângulo que eu vou fotografar com a câmera na mão para então montar o tripé na altura e local certos. Outra dica é abrir todos os estágios do tripé ao mesmo tempo, colocar na posição e ir travando até ele ficar onde você quer. Importante nivelar o tripé para ele não ficar inclinado, pois isso deixa a câmera instável e com risco de cair no chão. Se o seu tripé não tem um nível de bolha para ajuda-lo a nivelar você pode comprar um avulso em lojas de fotografia.

Se estiver usando uma objetiva com estabilizador de imagem (IS na Canon e VR na Nikon) desligue, pois eles só funcionam quando você usa a câmera na mão e podem comprometer sua fotografia, pois ficam tentando estabilizar sua imagem sem saber que a câmera está no tripé.

Fonte de luz

A fonte de luz pode ser qualquer tipo de lanterna: com lâmpada de LED ou incandescente, grande, média, pequena. Eu pessoalmente prefiro as de led porque a cor não fica tão amarelada. Costumo usar uma lanterna pequena que tem um regulagem no facho de luz, podendo deixa-lo mais concentrado ou mais aberto.

Mas a fonte de luz pode ser também lanternas de bicicleta, neon, celulares (também existem aplicativos para iluminação light painting), bombril em chamas, etc. Qualquer coisa que emita luz funciona. Se for usar uma fonte de luz com fogo, como o bombril por exemplo, tome o cuidado de fazer isso num ambiente externo amplo e sem nada inflamável por perto para não provocar um incêndio.

Existem já lanternas específicas para light painting, cujo diferencial é terem um botão que só deixa a luz acesa enquanto você pressiona o mesmo, o que é bem prático. Além disso tem bocais que adaptam a diferentes acessórios.

Veja aqui alguns exemplos.

Na verdade com um pouco de criatividade você pode improvisar vários acessórios usando garrafas pet, celofane colorido e assim por diante.

Como fazer fotografia light painting

1 – Coloque a câmera no tripé. Desligue o estabilizador de imagem.

2 – Ajuste a câmera. Sugiro estes parâmetros iniciais (vão depender da potência das fontes de luz)

  • Modo manual
  • Formato: RAW (preferencialmente, mas pode ser JPEG também)
  • ISO 100
  • Velocidade B (bulb)
  • Abertura do diafragma f 8
  • WB – White balance (balanço de branco)  – Eu prefiro usar sempre luz do dia e depois ajustar o WB no Lightroom ou Photoshop. Se você usar luz incandescente o tom vai ficar “quente “ (amarelado). Se você quiser um tom mais neutro pode usar o WB para tungstênio.
  • Na minha câmera uso a configuração: redução de ruído para longa exposição, pois em longas exposições alguns fotodiodos podem superaquecer provocando hot pixels, que são pixels claros na imagem, numa área que deveria estar escura. Isso vai aumentar o tempo de processamento da imagem e consequentemente gastar mais bateria mas acho que vale a pena.

3 – Faça a composição e o foco – Se você estiver num ambiente interno, pode acender a luz, compor, fazer o foco no automático e depois passar para o foco manual, para que a câmera não fique tentando refocar na hora do light painting. Depois desligue a luz para fotografar. Se estiver num ambiente externo você pode iluminar a cena com a lanterna para compor, depois o ponto que vai focar com sua lanterna e fazer o foco automática e depois desliga-lo.  Se você estiver com mais alguém para ajudar fica mais fácil pois a pessoa pode iluminar de perto um ponto para fazer o foco.

4 – Feito o foco e a composição você está pronto para clicar. Eu sempre uso um cabo propulsor (cable release) para evitar que a câmera vibre com a pressão do meu dedo. Também uso a configuração Mup (mirror up) que faz com que no primeiro clique o espelho levante para depois no segundo clique a cortina abra e comece a exposição. O cable release tem a opção de travar aberto para que mesmo sozinho eu possa sair de trás da câmera para iluminar. Se você não tiver um cable release pode usar 30 segundos e criar uma foto que você consiga iluminar nesse tempo.

5 – Aberto o obturador é hora de iluminar

Se você não quer aparecer na foto melhor vestir uma roupa escura, se movimentar durante a exposição e não apontar a lanterna para si mesmo, pois você vai estar em quadro durante a exposição.

Procure sempre apontar a lanterna para o que você quer iluminar, pois se você apontar a lanterna para a câmera vai aparecer um rastro de luz (o que as vezes pode ficar interessante). Se você quiser criar desenhos de luz aí sim, aponte a lanterna para a câmera e solte a criatividade.

Procure iluminar apenas algumas áreas que você acha interessantes pois se você iluminar a cena toda de forma homogênea não vai parecer um light painting. Eu gosto de iluminar os assuntos de perto, tipo meio metro de distância da lanterna, para fazer uma iluminação mais pontual e não aberta.

Se você estiver fazendo um retrato, procure passar a lanterna apenas uma vez por cada área do retratado, pois senão vai formar-se imagens duplas ou com falta de nitidez pois a pessoa não consegue ficar completamente imóvel.

6 – Depois de terminar a foto é hora de esperar o processamento da imagem e conferir. Não se preocupe se a primeira imagem não ficou boa, isso é normal. Ela vai servir para avaliar onde você iluminou pouco e onde iluminou demais. Se toda ela estiver sub ou super exposta, melhor mudar a abertura do diafragma. A segunda foto com certeza vai ficar melhor pois você vai ajustar a iluminação. Tenha em mente que light painting não é uma ciência exata, ou seja, uma foto nunca vai ficar igual a outra pois depende do jeito que você iluminou a cena.

O tempo de exposição na verdade vai ser o tempo que você precisa para iluminar a cena. Se na cena escolhida tem alguma luz ambiente melhor você fazer a primeira foto sem light painting para ajustar a exposição inicial.

Agora é por mãos a obra e se divertir com o resultado. Essa técnica é muito legal pois a imagem só existe na câmera. Você não consegue ver a cena pintada pela lanterna a olho nú. Então isso atiça a curiosidade de ver a foto processada no LCD da câmera.

A criatividade não tem limites no light painting: velas, lanternas diferentes, luzes de natal, celofane colorido, laser, etc. Boas fotos!

Criatividade com técnica

Criatividade com técnica foi o título da matéria de capa que saiu na revista Fotografe Melhor edição 291. A revista entrevistou três fotógrafos profissionais: o gaúcho Zé Paiva, o paulista Rodrigo Zugaib, diretor da escola de fotografia Fullframe, e o mineiro Cristiano Xavier, diretor de uma empresa de expedições fotográficas que leva o seu nome.

Como diz o título, a matéria focou em apresentar dicas de técnicas dos três fotógrafos para deixar suas imagens mais criativas. Paiva destacou em uma das suas especialidades, o lightpainting, uma técnica ainda pouco conhecida, apesar de existir há mais de 100 anos. Em breve ele irá publicar um artigo aqui no site ensinando como fazer.

Veja abaixo algumas páginas da matéria ou baixe o pdf aqui.

Oficina de lightpainting em Floripa, confira as fotos

No dia 14 de julho (sábado) Zé Paiva esteve na Escola Câmera Criativa para ministrar esta divertida oficina. Durante a manhã Paiva mostrou alguns exemplos, referências e explicou a teoria do light painting. Já a tarde estava reservada para o grupo por em prática essa técnica. A primeira parte foi no estúdio da escola. O resultado foram os mais variados (e coloridos) retratos do grupo:

No que o sol caiu, foi a vez do gran finale. A turma deslocou-se para as margens da Lagoa do Peri, no sul da Ilha de Santa Catarina. Lá foi a vez de revelarem-se universos únicos com a ajuda dessa técnica original:

Não deixem de conferir o site e seguirem as redes sociais da Escola Câmera Criativa para conferir todos os cursos que a escola oferece. Para quem estiver interessado em aprender com o fotógrafo Zé Paiva, a escola já está oferecendo mais uma oportunidade. Já estão abertas as inscrições para o curso de Fotografia de Natureza que acontecerá entre os dias 21 e 24 de Setembro. Cliquem aqui para saber mais.

Workshop de retrato com lightpainting em Floripa

Alésio dos Passos Santos (SC) - Ambientalista, colecionador e cultivador de plantas medicinais. Licenciado em Estudos Sociais pela UDESC, especialista em Educação Ambiental. Coordenador da Farmácia Viva Itinerante, membro do Grupo Semente, pesquisador etno-botânico. SOBRE A SÉRIE "Iluminados - personagens da Ilha de Santa Catarina". Foram retratados somente pessoas com mais de 60 anos que tivessem uma sabedoria não fruto do estudo mas sim de um trabalho manual desenvolvido por muitos anos, o que seria a verdadeira origem da palavra SOPHIA (conhecimento do grego), todas moradoras, nativas ou não , da Ilha de Santa Catarina, onde fica Florianópolis.
Alésio dos Passos Santos – Ambientalista, colecionador e cultivador de plantas medicinais.

Este workshop visa introduzir os alunos à técnica do lightpainting (pintura com luz) aplicada ao retrato fotográfico, fornecendo referenciais teóricos e propondo uma prática de estúdio. O workshop consta de uma parte teórica onde o professor Zé Paiva irá mostrar um histórico do uso da técnica de lightpainting na fotografia, uma abordagem da técnica em si e uma explanação sobre o seu uso do lightpainting em ensaios autorais com destaque para o ensaio Iluminados, personagens da Ilha de Santa Catarina – contemplado com o Prêmio FUNARTE Marc Ferrez em 2012, do fotógrafo Zé Paiva. Veja aqui um making of do trabalho.

Na segunda parte do workshop será realizada uma prática em estúdio com a técnica onde todos os alunos poderão fotografar e ser fotografados. Avaliaremos os resultados em tempo real com um notebook conectado a câmera.

Na UNIVALI os participantes poderão também ver uma galeria permanente com o ensaio ILUMINADOS.

Exposição Iluminados - Personagens da Ilha de Santa Catarina - no hall do auditório Campus da Univali - Florianopolis.

SERVIÇO:

O que o aluno deve levar:

Câmera com velocidade B, cabo disparador, tripé, fonte diversas de luz (lanternas dos mais diversos tipos, velas, lamparinas, laser, etc.)

Nível do participante: conhecimento básico de fotografia

Data: 26 de novembro de 2016 (sábado)
Horário: Das 09h as 12h e das 14h as 17h

Carga Horária: 06 horas

Valor: R$ 220,00 (à vista) ou parcelado no cartão de crédito em até 6x*

INSCRIÇÕES: clique aqui

Workshop de retrato com lightpainting no Rio de Janeiro – NOVA DATA

Alecio  dos Passos

Este workshop visa introduzir os alunos à técnica do lightpainting (pintura com luz) aplicada ao retrato fotográfico, fornecendo referenciais teóricos e propondo uma prática de estúdio. O workshop consta de uma parte teórica onde o professor Zé Paiva irá mostrar um histórico do uso da técnica de lightpainting na fotografia, uma abordagem da técnica em si e uma explanação sobre o seu uso do lightpainting em ensaios autorais com destaque para o ensaio de sua autoria Iluminados, personagens da Ilha de Santa Catarina – contemplado com o Prêmio FUNARTE Marc Ferrez em 2012. Veja aqui um making of do trabalho. Na segunda parte do workshop será realizada uma prática em estúdio com a técnica onde todos os alunos poderão fotografar e ser fotografados. Avaliaremos os resultados em tempo real com um notebook conectado a câmera.

Sábado, 2 de Agosto   |   Das 9 as 17hs.

O que o aluno deve trazer – câmera reflex, tripé, fonte diversas de luz (lanternas dos mais diversos tipos, velas, lamparinas, laser, etc.)

Nível do participante: conhecimento básico de fotografia (velocidade, abertura do diafragma)

Valor: R$ 380 em até 3x

Inscrições e informações:

http://www.espacomutatiz.com/#!retrato-com-light-painting/cai3

Fone: (21) 3547-7937 – 99571-6681 contato@espacomutatiz.com

Workshop de retrato com lightpainting no Rio de Janeiro

autorretrato

Este workshop visa introduzir os alunos à técnica do lightpainting (pintura com luz) aplicada ao retrato fotográfico, fornecendo referenciais teóricos e propondo uma prática de estúdio.

O workshop consta de uma parte teórica onde o professor Zé Paiva irá mostrar um histórico do uso da técnica de lightpainting na fotografia, uma abordagem da técnica em si e uma explanação sobre o seu uso do lightpainting em ensaios autorais com destaque para o ensaio Iluminados, personagens da Ilha de Santa Catarina – contemplado com o Prêmio FUNARTE Marc Ferrez em 2012, do fotógrafo Zé Paiva. Veja aqui um making of do trabalho.

Na segunda parte do workshop será realizada uma prática em estúdio com a técnica onde todos os alunos poderão fotografar e ser fotografados. Avaliaremos os resultados em tempo real com um notebook conectado a câmera.

O que o aluno deve trazer – câmera reflex, tripé, fonte diversas de luz (lanternas dos mais diversos tipos, velas, lamparinas, laser, etc.)

Nível do participante: conhecimento básico de fotografia (velocidade, abertura do diafragama)

Carga Horária: 6 h/aula

Valor: R$ 380 em até 3x

Inscrições e informações:

http://www.espacomutatiz.com/#!retrato-com-light-painting/cai3

Fone: (21) 3547-7937 – 99571-6681

contato@espacomutatiz.com

Vencedor do Prêmio Marc Ferrez, fotógrafo Zé Paiva expõe no MASC

Os “Iluminados”, do fotógrafo Zé Paiva, terão seu espaço no Museu de Arte de Santa Catarina (MASC), administrado pela Fundação Catarinense de Cultura (FCC) em Florianópolis, a partir de 22 de maio. A exposição, vencedora do XII Prêmio Marc Ferrez de Fotografia promovido pela Fundação Nacional de Artes (FUNARTE), permanecerá no local até 16 de junho, com visitação gratuita. Paralelamente, o fotógrafo participará de bate-papo com o público (dia 28 de maio, às 19h) e ministrará um workshop (dia 29 de maio, das 19h às 22h).

Alecio  dos Passos

Sob curadoria de Denise Camargo, o projeto “Iluminados – Personagens da Ilha de Santa Catarina” mostra uma visão pessoal de Zé Paiva sobre os personagens inseridos em seus contextos de trabalho, alguns deles já conhecidos do grande público. Em comum entre essas pessoas estão suas ricas histórias de vida e o grande conhecimento de algum campo particular da cultura florianopolitana.

Polo Cabrera

“Zé Paiva compõe com rastros de luz. São eles que iluminam as histórias destes homens e mulheres marcados por seus ofícios. Nesta exposição, ele se embrenha também pelo cúmplice exercício de temporalidade na fotografia. E, entre poses e cenários, constrói uma paisagem para seus olhos e para os nossos”, define a curadora.

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Fazem parte da exposição 20 retratos e um autorretrato em formato backlight (fotografias montadas em caixas de luz), que serão expostos em uma sala na penumbra. A intenção do autor é trazer ao público a reflexão acerca da objetividade da imagem, já que os registros tiveram interferências do artista no cenário e na gestualidade da iluminação tipo lightpainting (pintura de luz com uma lanterna). Durante a exposição, será exibido o vídeo produzido pelo cineasta Felipe Queriquelli, que mostra o making of do trabalho executado pelo fotógrafo.

Seu Zequinha - pescador da Costa da Lagoa

A concepção da mostra partiu do trabalho realizado por Zé Paiva para a disciplina Imagem e Comunicação, ministrada pela curadora e professora de pós-graduação em Fotografia da UNIVALI, Denise Camargo. Inspirado pelo livro “A fotografia entre documento e arte contemporânea”, do francês André Rouillé (Editora SENAC – 2009), o autor começou com uma série de autorretratos em pose frontal, usando roupa, fundo e cenários neutros. Iluminado por lightpainting, Zé quis mostrar como somente a iluminação já é capaz de dar subjetividade ao resultado final. “A partir daí, incentivado pela professora Denise, iniciei uma experimentação para construir uma série de retratos de personagens usando essa técnica, incorporando à imagem a contextualização dada pelo cenário doméstico de cada retratado”, complementa o fotógrafo.

autorretrato

Sobre Zé Paiva

José Luiz Martins Paiva, ou simplesmente Zé Paiva, trocou a engenharia pela fotografia após uma longa viagem pela Europa e norte da África, em 1983. Iniciou no fotojornalismo na sucursal do jornal O Globo. Mudou-se, então, para Florianópolis, onde, desde 1984, dirige sua empresa.

Aprimorou seus estudos em 1993 no International Center of Photography, em Nova Iorque. Em 2012, concluiu sua pós-graduação em Fotografia pela Univali. No meio acadêmico, atuou ainda como professor de Fotografia na Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), na Fundação Universidade Regional de Blumenau (FURB) e na Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM).

Realizou exposições nas principais cidades do Brasil e recebeu diversos prêmios, entre eles o Raulino Reitz, da Fundação do Meio Ambiente de Santa Catarina, em 2002, e menções honrosas no International Photo Awards, em Nova Iorque, em 2005, 2006 e 2012, e no Prix de la Photographie, em Paris, em 2007. Em 2009 foi selecionado para a coleção Pirelli/MASP de Fotografia. Em 2010 foi finalista do Prêmio Conrado Wessel na categoria ensaio fotográfico.

Teve trabalhos publicados em dezenas de livros, revistas e calendários. Em 2004, lançou o livro Santa Catarina – Cores e Sentimentos, pela Editora Escrituras. Concebeu e coordenou o projeto Expedição Natureza Santa Catarina, que resultou no livro lançado em 2005 pela editora Letras Contemporâneas. Em 2008, lançou o segundo livro do mesmo projeto, Expedição Natureza Gaúcha, em parceria com a Editora Metalivros. Em 2012 lançou o terceiro livro da série Expedição: A Natureza do Tocantins.

Atualmente, administra sua empresa, a Vista Imagens e ministra oficinas de fotografia.

Serviço:

O quê: Exposição Iluminados – Personagens da Ilha de Santa Catarina, de Zé Paiva

Onde: Museu de Arte de Santa Catarina (MASC) – Avenida Governador Irineu Bornhausen, 5600 – Agronômica – Florianópolis/SC

Abertura: 22 de maio de 2013, às 19h.

Visitação: de 23 de maio a 16 de junho de 2013. De terça-feira a sábado, das 10h às 20h30min; domingos e feriados, das 10h às 19h30min.

Conversa com o artista: 28 de maio de 2013, às 19h, no MASC.

Workshop: 29 de maio de 2013, das 19h às 22h. Serão disponibilizadas 20 vagas gratuitas. As inscrições devem ser feitas pelo e-mail mis@fcc.sc.gov.br

Informações: (48) 3953-2319/3953-2324

(Visitas mediadas devem ser agendadas com antecedência)

Entrada gratuita

Fernanda Peres

fernanda@fcc.sc.gov.br
Assessoria de Comunicação Fundação Catarinense de Cultura
Av. Governador Irineu Bornhausen, 5600 – Agronômica – Florianópolis / SC
Telefone: (48) 3953-2354
Site: fcc.sc.gov.br
Facebook: facebook.com/FundacaoCatarinensedeCultura
Twitter: twitter.com/fccoficial


Zé Paiva

ze@vistaimagens.com.br
www.zepaiva.com.br
www.vistaimagens.com.br
fone 48 32697744
cel 48 8822 9660 (claro)
cel 48 9696 1900 (tim)