Expedição Natureza SC na Galeria do Arcos

Por: Mauricio Paiva

No dia 22 de março abriu a exposição Expedição Natureza na Galeria dos Arcos, no centro cultural usina do Gasômetro em Porto Alegre, Rio Grande do Sul. A abertura foi prestigiada por um público de cerca de 120 pessoas. Houve um coquetel de boas-vindas patrocinado pela Vinícola Aurora, que ofereceu um espumante brut premiado no exterior e um delicioso suco de uva. Também apoiaram o evento o restaurante Alecrim, que ofereceu cinco pastas deliciosas e a Barbarella Bakery, que na mesma noite recebeu prêmio de melhor padaria da cidade da Veja Rio Grande do Sul.

A exposição, composta por 20 painéis de grandes formatos, ficará no local até o dia 10 de abril, sempre das 9 às 21 horas de terça-feira a domingo. As fotos estão à venda diretamente com o autor, pois é a ultima exibição desta mostra. No local também podem ser encontrados os livros homônimos para venda com Lurdes Krás na coordenação de cinema e vídeo, no 3oandar, de segunda a sexta das 12 às 18 horas.

Zé Paiva está no momento à procura de patrocinadores para realizar o projeto Expedição Natureza Rio Grande do Sul, que já foi aprovado na lei federal deincentivo a cultura. Isto possibilita às empresas que investirem no projeto abater 100% do valor no seu imposto de renda devido.

SERVIÇO:

O quê: “Expedição Natureza”, fotografias de Zé Paiva.

Visitação:23 de março até 10 de abril – de terça a domingo das 9 as 21 h.

Onde:
Galeria dos Arcos
Usina do Gasômetro
Av. Pres. João Goulart, 551
Porto Alegre RS

Quanto
:Entrada franca

O livro está sendo vendido ao preço de lançamento R$ 70,00.
As fotografias estão à venda diretamente com o autor no fone(048) 3269 7744.

Informações: (051) 3212 5979 ramal: 219
Realização:Secretaria Municipal de Cultura de Porto Alegre

Expedição Natureza SC no Gasômetro de Porto Alegre

Por: J. Brand

Aspectos da flora, fauna, paisagens e popuações tradicionais de Santa Catarina compõem a exposição Expedição Natureza, do fotógrafo Zé Paiva, que a Galeria dos Arcos promove, a partir de 22 de março. A entrada é franca.

Com curadoria de Rosely Nakagawa, a mostra apresenta 10 painéis de 100cm x 150cm e outros 10 de 100cm x 75cm, com imagens realizadas pelo fotógrafo que fazem parte de seu livro “Expedição Natureza – Santa Catarina” , lançado pela editora Letras Contemporâneas em junho de 2005. A mostra foi exibida pela primeira vez na Galeria Nobre do Centro Cultural da Caixa Econômica em São Paulo, em 2006.

Impressas digitalmente no sistema Durst Lambda, pelo bureau Fusão, as imagens da mostra viajam pelas unidades de conservação nacionais, estaduais e municipais catarinenses, além de áreas naturais não-protegidas. É a primeira vez que essas áreas são documentadas com tamanha amplitude.

As expedições que dão origem ao livro (cujos capítulos levam os nomes dos roteiros realizados pelo fotógrafo) e à exposição ocorreram de setembro a novembro de 2004. Zé Paiva percorreu o estado catarinense a bordo de um veículo 4×4, na companhia do assistente Eduardo Green.

O livro

O livro Expedição Natureza – Santa Catarina será relançado na abertura da exposição, que acontecerá dia 22 de março, às 19h. Numa edição primorosa, o livro traz quase 300 fotografias. Textos da consultora ambiental Adriana Dias apresentam o aspecto científico do trabalho e trazem, junto com as imagens, uma visão de pesquisa naturalista à obra. O escritor e editor Fábio Brüggemann assina o prefácio e o designer Oscar Rivas é autor do projeto gráfico.

A publicação tem alguns diferenciais em relação aos inúmeros livros de fotografia de natureza que existem no Brasil. Primeiro: é um livro que inclue o homem, retratos de gente que mora no meio do mato mesmo. Segundo: é um livro de fotos que tem informação também, você pode saber onde são as fotos, o que acontece em cada lugar. É a volta do casamento arte&ciência, outrora bem sucedido, mas hoje em dia meio esquecido. Terceiro: o design do livro, feito de forma a entrelaçar as imagens contando pequenas histórias sobre cada lugar. A publicação tem 144 páginas e está à venda nas livrarias por R$ 96. No dia do lançamento estará a venda pelo preço de lançamento R$ 70.

Zé Paiva está se preparando para iniciar o segundo livro da série Expedição Natureza, que será sobre o Rio Grande do Sul. o projeto já está aprovado na lei federal de incentivo a cultura e está a procura de patrocinadores.

Serviço:
O quê: “Expedição Natureza” , fotografias de Zé Paiva
Quando:
Abertura da exposição: dia 22 de março às 19 h
Visitação: 23 de março até 10 de abril – de terça a domingo das 9 as 21 h
Onde:
Galeria dos Arcos
Usina do Gasômetro
Av. Pres. João Goulart, 551
Porto Alegre RS
Quanto: Entrada franca

O livro estrá sendo vendido ao preço de lançamento R$ 70,00
Informações: fone: (51) 3212 5979 r.219

Realização: Secretaria Municipal de Cultura de Porto Alegre

Expedição Natureza SC na Caixa Cultural em São Paulo

Por: Felipe Wünsch

Dia 6 de julho de 2006 abriu a exposição Expedição Natureza do fotógrafo Zé Paiva na Galeria Nobre da Caixa Cultural, na Praça da Sé , em São Paulo.

Mais de 300 pessoas prestigiaram o evento, que também marcou a abertura das exposições Quilombolas e Circo Nerino.

A exposição teve curadoria de Rosely Nakagawa. A ambientação ficou a cargo de Marisa Rebollo e a produção foi de Lui Tanaka. As fotos foram impressas digitalmente numa impressora Durst Lambda pela Fusão.

Abaixo o texto da curadora:

A fotografia de natureza é tão cheia de armadilhas quanto a própria.
A paisagem em si traz as belezas ordenadas de tal forma que o fotógrafo dificilmente escapa de imagens comuns. A natureza sempre o supera. Entrar nesta paisagem e se tornar parte dela é a solução para compreendê-la melhor e poder retratá-la como alguma coisa nova. Zé Paiva então surge do meio das matas, rios, pedras, pronto: o fotógrafo virou planta, ou pedra ou rio; um pequeno inseto, uma flor microscópica. Fazer parte dela: é esse o segredo de sobreviver e continuar ao seu lado.

A exposição Expedição Natureza ficará em cartaz até 13 de agosto, na Galeria Nobre, no térreo do Edifício Sé
(Praça da Sé, 111), São Paulo, SP.

O horário de visitação é de terça a domingo, de 9h às 21h. A entrada é franca. Mais informações podem ser obtidas pelo público através do telefone 3107-0498 ou pelo e-mail remaisp@caixa.gov.br.

Expedição Natureza na Lagoa da Conceição

Por: A. Saknussen

Amanhã às 20 horas acontece no Espaço Cultural Sol da Terra, na Lagoa da Conceição, a palestra e projeção de imagens do fotógrafo Zé Paiva sobre o seu livro Expedição Natureza Santa Catarina. O fotógrafo estará contando as histórias por trás da realização do projeto que resultou no livro, que estará sendo relançado na mesma ocasião, juntamente com a respectiva exposição fotográfica. A exposição permanece até o dia 12 de fevereiro de 2006.

O evento faz parte da “Gente da Terra” – 1ª mostra multicultural de Florianópolis. A programação conta com espetáculos de teatro, oficinas de artesanato, exposições, exibições de filmes, culinária, contação de histórias e outras atividades. Mais informações no telefone abaixo.

Dia 02 de fevereiro de 2006 às 20 horas.
Espaço Cultural Sol da Terra
Rua Afonso Delambert Neto, 885 – Lagoa da Conceição
Florianópolis SC
Fone 48 3232 2303

Expedição Natureza SC na mídia nacional

Por: A. Saknussen

O livro Expedição Natureza – Santa Catarina – está em destaque em duas matérias de revistas especializadas em fotografia.

A revista Photo Magazine – da Editora Photos – edição novembro/dezembro – traz na capa uma das fotos do livro chamando para a matéria Expedições Fotográficas, sobre o trabalho dos fotógrafos Zé Paiva em Santa Catarina e Orlando Azevedo no Paraná. Além disso traz ótimas matérias sobre Cuba, a extinta revista Írisfoto e outros assuntos numa impressão de excelente qualidade.

A revista Fotografe Melhor, da Editora Europa, na sua edição 112, traz uma excelente matéria de 6 páginas sobre o livro, destacando a mudança do fotógrafo Zé Paiva do filme para o digital, onde ele conta detalhes sobre o seu fluxo de trabalho. A revista traz também outras matérias, como um teste da nova digital compacta da Kodak – a P880, casamento em P&B digital, calibração de monitor, fotografia de jóias, entre outras.

Expedição Santa Catarina na Feira do Livro de Porto Alegre

Por: A. Saknussen

Zé Paiva e Adriana Dias lançaram no sábado, dia 29 de outubro, o seu livro Expedição Natureza – Santa Catarina – na 51ª Feira do Livro de Porto Alegre. A Feira acontece na Praça da Alfândega durante 19 dias e este ano se estende até o Cais do Porto, onde está instalada a área infantil e juvenil. É o maior evento literário ao ar livre na América Latina. Com 149 expositores e uma programação diversificada, tem atrações para todos os gostos. Este ano o país homenageado é a Itália e o estado homenageado é o Ceará, com a presença de vários artistas e escritores.

A Feira também incorpora vários prédios do centro da cidade,  entre eles o Santander Cultural, um prédio histórico em estilo neoclássico de 1927, que teve os seus 5.600 m2 restaurados e equipados tornando-se um dos mais modernos centros culturais do país.

Foi neste prédio que aconteceu a projeção/debate sobre o projeto Expedição Natureza, com a presença dos autores. A projeção realizada num equipamento multimídia apresentou 140 imagens mostrando de maneira didática o processo de criação do livro. Logo em seguida os autores autografaram o livro no pavilhão da Feira.

Expedição Natureza – Santa Catarina em São Paulo

Por: A. Saknussen

Dia 6 de outubro, quinta-feira passada, foi lançado em São Paulo o livro Expedição Natureza – Santa Catarina. O evento aconteceu no Espaço Burle Marx da Megastore da livraria Saraiva, no Morumbi Shopping. O público prestigiou o acontecimento, confira abaixo algumas fotos.

Zé Paiva, autor das fotos do livro com Motaury Porto, conhecido fotógrafo de surf e sua esposa Luciane.


Adriana Dias, autora dos textos do livro emoldurada pelos amigos Robson Regato, jornalista e ator, e Lailson dos Santos, fotógrafo.

Raimundo Gadelha, poeta e editor da Escrituras, e sua esposa prestigiaram o evento.

O próximo lançamento será em Porto Alegre, no dia 29 de outubro às 19 horas, no Santander Cultural, dentro da programação da Feira do Livro da cidade, uma das maiores do Brasil. Aguardem mais detalhes.

Livro Expedição Natureza é destaque na Viaje Mais

Por: A. Saknussen

A revista Viaje Mais da Editora Europa destacou na edição deste mês o livro Expedição Natureza – Santa Catarina – da Editora Letras Contemporâneas e o livro Estrada Real – da Editora Empresa das Artes – como os dois melhores livros de fotografia entre os lançamentos.

Confira abaixo a noticia na íntegra.

Lápis do olho

Por: Fábio Brüggemann

Leia na íntegra o maravilhoso prefácio do escritor e editor Fábio Brüggemann para o livro Expedição Natureza – Santa Catarina.

Talha-mar " Rinchops nigra ", voando sobre a Lagoa da Conceição

O lápis do olho

Ao ver o material bruto que resultou na limpidez deste álbum, a primeira indagação que me surgiu foi: por que um sujeito resolve sair de casa, carregar pesados equipamentos, entrar no meio do mato, subir montanhas e escorregar no limo dos riachos para fotografar a natureza? Ao tentar respondê-la – se é que há resposta adequada e única – pensei nas imagens (que também só as vi em fotografia) dos desenhos rupestres feitos numa época em que o homem ainda desconhecia a palavra arte, porque não precisava de seu conceito. As paredes da caverna, de alguma forma, eram paredes da própria casa.

Avanço alguns séculos na história e penso no escritor Hermann Hesse, quando descreveu suas caminhadas pelo bosque próximo à sua cabana, e nas reflexões do filósofo norte-americano Henri Thoreau, quando refugiou-se no lago Walden para ficar junto à natureza e descrevê-la. Será que a necessidade destes escritores não foi a mesma dos homens na caverna e, também, aquela que faz um sujeito sair de casa para fotografar a natureza?

Os homens que pintavam cavernas grosso modo levavam a representação do mundo para dentro de suas casas. Fotografar a natureza talvez tenha igual sentido. Mesmo assim, por que essa gente precisa tanto trazer para dentro de casa uma representação do que existe fora dela? Será que é para confirmar a apatia dos homens de Platão, que apenas observavam a sombra do mundo de dentro da caverna? Será para mostrar sua capacidade de representar o mundo? Será para dizer que aquela porção representada, daquele ponto de vista, apenas aquele sujeito a vê? Ou será, ainda, movido por um desejo comunitário, para preservar um instantâneo da natureza e mostrar ao futuro que aquilo um dia existiu?

De qualquer forma, há uma ilusão nesse desejo, pois é impossível guardar a natureza. O que se guarda é apenas uma representação dela. Presumo, diante destas questões, que o ser humano precisa não apenas olhar diretamente para a natureza, ou vivê-la intensamente, mas também olhar para uma representação dela, com a intenção, talvez – como pensava Aristóteles –, de melhor conhecê-la.

O fotógrafo Zé Paiva – ciente de que a fotografia da natureza na qual ele caminhou e que registrou não é a verdade –, de todas as hipóteses acima apontadas, fotografa para preservar. Estando diante de rios, lagos, árvores quase fabulares (como a araucária), pássaros, pequenos insetos, bichos e plantas catalogadas como “em vias de extinção”, cachoeiras, homens e mulheres e também da beleza e da destruição deixada por estes homens e mulheres, Paiva tem a mesma vontade de cientistas como Fritz Müller, Fritz Plaumann e do padre Raulino Reitz que, graças a uma obstinação, mesmo que não tenham usado a fotografia, registraram para o futuro aquilo que viram.

E é curioso que um dos inventores da fotografia, o inglês William Fox Talbot, tenha chamado a recém invenção de “O lápis da natureza”. Passado todo este tempo, penso numa versão shopenhauriana, para supor que a fotografia é o lápis do olho, pois só se vê o que o olho quer, não o que a natureza pretensamente impõe. A fotografia de uma lagoa, como as muitas que Zé Paiva fez, será sempre vista de formas distintas se feita por diferentes fotógrafos.

Ainda nos primórdios da fotografia, Albert Bisbee, criador, em 1853, de um manual de daguerreotipia, dizia que “os objetos delineiam-se a si mesmos, transparecendo, assim, a verdade”. Hoje, esta visão de fotografia como verdade, ainda mais com a invenção da tecnologia digital, não se sustenta mais, pois ela não é a verdade e, em alguns casos, nem mesmo é uma representação da verdade. A fotografia é um indicador, um modo de dizer que a imagem de uma floresta não é apenas uma floresta, mas o que pode ter sido dela, além de outra indicação: a de que em um determinado momento histórico – mesmo que tenha passado apenas um segundo – alguém construiu uma imagem. Neste caso, um fotógrafo.

Talvez, por tudo isso, as fotografias ainda precisem de legenda, porque não basta olharmos a imagem de um bugio, como aquele que Zé Paiva fotografou, porque ainda restarão perguntas como: onde estava o bicho? Qual o nome do lugar? Posso ir lá? Tinha mais destes? Se fotografar é chamar a atenção para algo, ver uma fotografia é fazer perguntas a respeito deste “algo”.

A fotografia é, segundo Joan Fontcuberta, autor do livro El beso de Judas, fotografia y verdad, “uma ficção que se apresenta como verdadeira”. E dado esse caráter inevitável de ficção, resta, ainda, continua o autor, o “controle exercido pelo fotógrafo para impor uma direção ética a sua ficção”.

Zé Paiva, além de construir estas representações da natureza em belíssimos quadros e ser, como escreveu o poeta e ensaísta Péricles Prade, “um caçador de imagens edênicas”, tem este controle e impõe, decididamente, uma direção ética às suas ficções. Ele, ao nos mostrar belos indícios da existência da natureza, propõe também que seja preservada. Não apenas em nossa memória, ou para levarmos para dentro de casa, mas no espaço específico de onde ele a tirou.

Também se diz “tirar” para fotografar. Paiva tira, mas não trai aquilo que fotografa. Ele nos empresta seu olhar, mas a imagem que queremos ver mesmo será delineada em nosso olho, que processará, assim, a idéia de preservação, de beleza, de conceito de arte, de encantamento, mas também de desgosto por indicar ainda idéias de destruição de uma realidade que, talvez, em um futuro próximo, não sirva mais de modelo.

Este álbum é também um aviso.

Fábio Brüggemann
Editor, escritor e jornalista