Natureza Serrana

Este é o nome da exposição idealizada e executada pela ONG ambientalista Instituto Serrano com patrocínio da Fundação Boticário. A coordenação geral é de Jordan Wallauer e a direção de arte é do meu amigo Juan Rivas, designer e fotógrafo uruguaio radicado há muitos anos no Brasil e dono do fantástico Refúgio de Montanha Rio Canoas em Urubici, onde também é a sede do Instituto. Cedi algumas imagens para este trabalho e ainda não vi pessoalmente mas pelas fotos o resultado ficou excelente.

A proposta é mostrar os ecossistemas da região serrana do sul do Brasil de uma forma multimídia, integrando imagens, textos, vídeos e instalações. Uma prova de que arte e ciência juntas podem proporcionar uma experiência sensorial mais completa e sensibilizar o público de outras formas que as convencionais. Abaixo algumas fotos e um texto extraído do site do Instituto.
araucaria

“O acervo da Exposição Natureza Serrana é constituído por fotografias de paisagens, de formações geológicas, da vegetação e da fauna dos ambientes serranos do Sul do Brasil. Também são expostas amostras de rochas, de fósseis, de plantas e de animais, em especial uma secção de tronco de araucária preparado para possibilitar a identificação da idade da árvore e algumas peculiaridades de sua história de vida, e um ninho de ema ou ñandú. Aquários fazem parte de um experimento utilizado para demonstrar como os aqüíferos subterrâneos armazenam água; e da exposição de um perfil vertical de uma turfeira para explicar como, através de seu estudo microscópico, pode-se saber como era o clima da região em épocas passadas (desde 10.000 anos). Duas telas de cristal líquido (LCD) apresentam slides shows sobre aves dos ambientes serranos e sobre o Calendário Cósmico, uma condensação de 13 bilhões de anos em apenas 365 dias, proposta pelo astrônomo norte-americano Carl Sagan, livremente adaptada para a nossa realidade.”
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A casa vai junto

Este é o título da matéria que escrevi para o especial “Austrália e Nova Zelândia”, da revista Viagem & Turismo, da Editora Abril. Lógico que aqui não vou postar o texto da matéria, que aliás é o meu primeiro texto publicado profissionalmente. Quem quiser compra (está nas bancas) e confere de cabo a rabo. A maioria das fotos da matéria são minhas (quase não entra nenhuma por conta da crise). Algumas são de divulgação, como a foto horrorosa de uma campervan parecida com a que usamos… Bueno, deixa pra lá. No fim a matéria ficou bem legal e eu estou todo prosa me achando um escritor principiante (aos tenros 47 anos).

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Aqui eu vou aproveitar pra mostrar umas fotos do mesmo trecho da viagem que nunca vão sair numa revista de viagem, pelo menos no Brasil. São 3 P&B e duas cor, todas do mesmo lugar, o maravilhoso Parque Nacional de Myall Lakes, na costa norte de New South Wales, na Austrália.

Prá contextualizar: a matéria trata de uma parte de uma viagem que fiz ano passado para Austrália, onde encontrei meu filho Maurício, que morou um ano em Sydney. Viajamos um mês pela costa leste da Austrália e depois passamos doze dias em Bali. O que está na matéria é a parte que fizemos por terra de Sydney até Fraser Island, que fica no estado vizinho ao norte, Queensland. Viajamos numa campervan, um tipo de mini-motorhome sem banheiro, parando sempre que possível em Parques Nacionais. Em Fraser Island, a maior ilha de areia do mundo, alugamos uma Toyota 4×4, pois é o único jeito de andar na ilha. Depois disso subimos até Cairns, no extremo norte do litoral, pra 3 dias de mergulho na Grande Barreira de Corais, embarcados no Spirit of Freedom, um barco alucinante preparado para expedições submarinas com todas as mordomias. De volta a Sydney pegamos um avião para Bali onde além de curtir as praias e o surf, escalamos o vulcão Gunung Agung, o ponto mais alto da ilha, e fizemos uma intensa programação cultural. Recomendo, principalmente ao brasileiros que vão pra lá e geralmente não saem da península de Bukit.

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Seal Rocks, Myall Lakes National Park, New South Wales, Australia.

 

Seal Rocks, Myall Lakes National Park, New South Wales, Australia.
Seal Rocks, Myall Lakes National Park, New South Wales, Australia.
Seal Rocks, Myall Lakes National Park, New South Wales, Australia.
Seal Rocks, Myall Lakes National Park, New South Wales, Australia.
Myall Lake, Myall Lakes National Park, New South Wales, Australia
Myall Lake, Myall Lakes National Park, New South Wales, Australia
Lighthouse Beach desde Sugarloaf Point, Myall Lakes National Park, New South Wales, Australia.
Lighthouse Beach desde Sugarloaf Point, Myall Lakes National Park, New South Wales, Australia.

Lançamentos no Pampa

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Dia 21 de julho, às 18 horas, estarei lançando o livro Expedição Natureza Gaúcha em Bagé, na Casa de Cultura Pedro Wayne. Dia 23 de julho às 20 horas é a vez de lançar o livro em Rivera, no Uruguai, cidade que junto com Santana do Livramento forma a Fronteira da Paz. Lá o o evento será na Sala Cultural de Antel, com o apoio do Consulado Brasileiro de Rivera. Farei uma palestra-projeção e depois haverá um coquetel. Estão todos convidados e os que puderem por favor divulguem.

 

Casa de Cultura Pedro Wayne em Bagé RS
Casa de Cultura Pedro Wayne em Bagé RS

ESPM Foto

A ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing) em sua filial de Porto Alegre oferece um dos melhores cursos de fotografia do Brasil – o curso avançado de fotografia digital profissional. Trata-se de um curso de extensão de um ano. Na primeira parte são estudadas com profundidade questões como colorimetria e sensitometria entre outras. Na segunda parte do curso são oferecidas master-classes com diferentes fotógrafos, cada um na sua especialidade, tais como: fotografia de arquitetura com Leopoldo Plentz, de culinária com Clóvis Dariano, autoral com Orlando Brito, só para citar alguns. O coordenador do centro de fotografia da ESPM, que administra não só este curso como todas as disciplinas de fotografia ministradas nos diferentes cursos superiores da escola é o brilhante fotógrafo Manuel da Costa. A estrutura do centro impressiona: estúdio com equipamento de última geração e luz natural (com direito a uma clarabóia com controle remoto), salas repletas de Imacs, além de uma equipe super profissional.

No inicio deste ano tive o prazer e a honra de ser convidado para ministrar a master-class de fotografia de natureza. Aqui mostro algumas fotos das duas primeiras turmas, tanto do making-off como algumas que eu mesmo fiz nas nossas saídas a campo, ambas no Parque Estadual de Itapuã, em Viamão RS.

 

Eu e os alunos no Parque de Itapuã - foto de Fernanda Coelho
Eu e os alunos no Parque de Itapuã - foto de Fernanda Coelho

 

Eu e os alunos no Parque de Itapuã - foto de Fernanda Coelho
Eu e os alunos no Parque de Itapuã - foto de André Gross
Bromélias no alto da trilha da Fortaleza no parque de Itapuã, foto de Zé Paiva.
Bromélias no alto da trilha da Fortaleza no parque de Itapuã, foto de Zé Paiva.

 

Entardecer no Lago Guaiba, Parque Estadual de Itapua, Foto de Zé Paiva
Entardecer no Lago Guaiba, Parque Estadual de Itapua, Foto de Zé Paiva

Fotografe melhor

Página de abertura da matéria.
Por-do-sol visto do mítico Cerro do Jarau em Quaraí RS - página de abertura da matéria.

Tá nas bancas a última Fotografe melhor – Técnica e Prática – uma revista da Editora Europa, com uma matéria de dez páginas sobre o meu trabalho para o livro Expedição Natureza Gaúcha. O foco da matéria é no fluxo de trabalho. Eles publicaram inclusive algumas telas do Adobe Photoshop Lightroom mostrando a forma como eu uso o software para editar as imagens. O texto, assinado pelo Érico Elias, foi baseado em duas horas de entrevista comigo. Ficou muito legal. Vale a pena dar uma conferida.

Capa da revista
Capa da revista

HOME, um filme de Yann Arthus-Bertrand

O grande fotógrafo francês Yann Arthus-Bertrand, que já havia nos deleitado com o livro “A terra vista do alto” agora nos brinda com um documentário longa-metragem simplesmente maravilhoso. Além de belíssimas imagens aéreas de vários lugares do mundo um roteiro primoroso que prende do início ao fim. Mas não se iludam com a minha descrição pois o filme é muito mais do que isso, ele mostra também toda a destruição e desequilíbrio que causamos no planeta. Breve deve sair em DVD. Passou quase desapercebido no cinema infelizmente. Imperdível!

Dicas: o filme está em HD, dá pra ver em tela cheia com boa qualidade mas tem que assistir no site do youtube (clique no meio da janela abaixo). Infelizmente só tem com legenda em inglês. Bom filme!

[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=jqxENMKaeCU]

Salto Morato e Serra do Tombador

Cachoeira no alto do Rio Morato
Cachoeira no alto do Rio Morato

Durante o final de maio e início de junho fotografei as Reservas Naturais Salto Morato  e Serrado Tombador, ambas administradas pela Fundação Boticário de Proteção a Natureza FBPN. O trabalho foi feito sob encomenda do departamento de comunicação da Fundação, que irá usar as fotos para divulgar as reservas. Salto Morato fica no município de Guaraqueçaba, no litoral do Paraná. Foi a primeira reserva criada pela FBPN e fica no bioma Mata Atlântica. O nome deve-se ao Salto de mais de 100 metros de altura que é uma das principais atrações da reserva. Passei três dias e meio na reserva mas choveu muito no terceiro dia e não consegui fazer nada. No primeiro dia fotografei as duas principais trilhas: a do Salto Morato e a da Figueira. A figueira em questão é outro dos cartões postais da reserva pois suas raízes fazem uma espécie de ponte sobre o rio. No segundo dia fiz uma trilha conhecida como Casa do Puma, pois tem uma casa de madeira abandonada onde mora um puma. A trilha segue morro acima e chega no Rio Morato. Caminhamos pelo leito do rio até chegar no topo do salto e depois descemos o morro novamente por uma perambeira escorregadia já com uma chuva fina. No último dia dei mais uma caminhada por dentro do rio e fotografei as instalações da reserva, que aliás são de primeira.

Aquário, piscina natural no Rio Morato.
Aquário, piscina natural no Rio Morato.
Cana-do-brejo com opilião na Reserva Salto Morato.
Cana-do-brejo com opilião na Reserva Salto Morato.

A Serra do Tombador fica em Goiás, lá no norte do estado, no município de Cavalcante. Peguei um avião até Brasília onde aluguei um carro  e percorri cerca de 400 quilômetros até a Reserva. Passei por Alto Paraíso, onde fica o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, a cerca de 80 quilômetros de Cavalcante. Até a reserva ainda me esperavam mais 78 quilômetros de estrada de terra. Já era noite quando cheguei a Cavalcante. Pedi informações na cidade e me disseram que era fácil achar o caminho. A estrada era horrível, mais assustadora por ser a noite talvez. Depois de andar algumas horas a estrada piorou e quase atolei. Estava com um carro pequeno, não muito apropriado. Por sorte, no meio da noite deserta, cruzei com uma carro vindo no sentido contrário e eles me disseram que eu havia errado o caminho. Voltei atrás deles até a bifurcação que eu havia perdido. Passei pelo povoado de São Domigos e ai mais uma surpresa: um rio para atravessar. Voltei ao povoado e encontrei alguém na escola, que me disse que eu podia passar sem medo pelo rio. Segui adiante  e cruzei o rio. Mais adiante uma pequena placa da reserva ao lado de um pequeno portão de madeira que parecia não levar a lugar nenhum. Imaginei que a placa era apenas para marcar o inicio da reserva e continuei. Mais na frente outra placa. Segui em frente e surpresa: mais um rio. O pior é que desta vez o farol do carro iluminava uma mata em frente como se a estrada acabasse ali. Entrei um pouco com o carro no rio e vi que a estrada continuava mais para a esquerda. Não pensei muito e fui adiante. O carro saiu do outro lado soltando fumaça de alguma coisa que não devia ter molhado. Finalmente encontrei mais uma placa e uma bifurcação a esquerda. Entrei e encontrei o portão da sede. As casas estavam todas as escuras, eram mais de 11 da noite. Imaginei que todos dormiam e tentei dar uma buzinada para chamar alguém. Saiu um grito rouco e fraco do carro. Deduzi que a buzina tinha mergulhado no rio. Por alguma razão intui que a última casa era do gestor da reserva. Me encaminhei para lá e bati palmas. Dali a pouco apareceu o próprio, ainda meio assustado por ser acordado no meio da noite. Eu estava irritado pois achava que alguém deveria ter me avisado pra não vir a noite. Enfim, fui dormir e no outro dia pedi desculpas pelo mau humor da chegada, depois de contar minha epopéia.

Flor típica do cerrado, Serra do Tombador.
Paepalanthus, flor típica do cerrado, Serra do Tombador.

No Tombador o tempo foi de sol todos os dias. Durante o dia muito calor, à noite um friozinho leve gostoso pra dormir. No primeiro dia Marcelo, o gestor, me levou num mirante natural, um ponto da estrada onde se pode ver um panorama da reserva. A tarde descemos as cachoeiras do Rio Conceição. O dia seguinte passei todo no lombo de uma mula para ir até a trilha do Virá. No terceiro dia Marcelo me levou num cerrado rupestre de manhã cedo. A tarde percorri vários pontos perto da estrada, com direito a uma panorâmica do mirante e um arco-íris.

No sábado aproveitei para pernoitar em Alto Paraíso e no dia seguinte fui conhecer o famoso Vale da Lua. No inicio da tarde ainda passei no Portal da Chapada e fiz uma trilha suspensa dentro de uma mata ciliar. Peguei a estrada para Brasília pois meu vôo de volta era esta noite. O Parque Nacional ficou pra um próxima.

Arara-canindé.
Arara-canindé.
Arco-íris na Serra do Tombador.
Arco-íris na Serra do Tombador.

Lançamento do livro Fauna e Flora Brasileiras, com participação de Zé Paiva

Por: Flora Neves

O livro Fauna e Flora Brasileiras será lançado no dia 27 de agosto às 19 horas na Fnac Pinheiros, em São Paulo. Esta obra é o primeiro volume da Coleção Brasil da Editora Bei.

O livro reúne mais de 80 imagens que mostram um recorte dos seis biomas brasileiros. As fotos retratam 89 espécies da fauna e da flora que estão acompanhadas por texto explicativo bilíngüe.

A editora convidou o fotógrafo Zé Paiva para ilustrar o capítulo Campos Sulinos, com imagens de sua recente expedição pelo Pampa. As outras fotos do livro são do conhecido fotógrafo Araquém Alcântara.

Lançamento do livro Natureza Gaúcha na Sala Arquipélago em Porto Alegre

Por: Flora Neves

O livro Expedição Natureza Gaúcha é fruto de 6 meses de andanças do fotógrafo Zé Paiva pelo Rio Grande do Sul. De um total de mais de 16 mil imagens foram selecionadas 30 fotos para a exposição de lançamento, com curadoria de Manuel da Costa.

Manuel organizou a exposição harmonizando o discurso visual das imagens com um fundo azul tempestade, mesclou os tons e tamanhos das imagens, criando contrapontos entre texturas e cores. O tamanho das fotos variou entre 73 x 48 cm até uma panorâmica de 4,5 metros. As imagens foram impressas com excelência pelo Gariba – GRB tratamento de imagens – e emolduradas com cuidado pelo Daniel – Bella Vista Molduras.

O lançamento do livro dia 5 de agosto reuniu no Centro Cultural CEEE Erico Verissimo, um prédio histórico no Calçadão da Rua da Praia de Porto Alegre, mais de 200 pessoas, de fotógrafos a admiradores da natureza.

Para dar mais ritmo ainda ao lançamento ocorreu uma apresentação musical com o Dom Pedro Trio. Na verdade foi um improviso inspirado nas imagens, como define o fotógrafo. O trio era composto por Pedro Paiva, irmão do fotógrafo, no violão de aço, Douglas Dickel no acordeom e Marcelo Armani na percussão.

O coquetel teve apoio da Vinícola Velho Museu, que forneceu vinhos orgânicos certificados das uvas Gewurztrauminer e Cabernet. Os salgados indianos foram servidos pelo restaurante Suprem.

SERVIÇO:
Exposição Natureza Gaúcha, de Zé Paiva
Curadoria: Manoel Costa
Local: Centro Cultural CEEE Erico Verissimo, Sala O Arquipélago.
Endereço: Rua das Andradas, 1223. Centro, Porto Alegre-RS.
Visitação: 06 a 30 de agosto de 2008
De: terça a sexta-feira das 10h as 19h e sábado das 11h as 18h.